Segundo o observatório desenvolvia-se na América do Sul um sistema politico e económico que arrancaria da injustiça social todos os deserdados. Liderado pela Venezuela de Chavez, pela Argentina de Kirchener e pelo Brasil de Lula .
Rapidamente as prisões encheram-se de presos políticos . O estado tomou posse das empresas estratégicas e as rédeas do controlo da economia. Introduziram-se na Constituição alterações que quase perpetuam no poder os partidos revolucionários. Afundam-se num mar de corrupção.
Passados apenas 15 anos, a economia está de rastos, faltam os alimentos mais essenciais e o povo na miséria revolta-se. Nas eleições os revolucionários sofrem pesadas derrotas no meio de ameaças e de assassinatos.
Os mesmos partidos que apoiam esses sistemas na América do Sul são os que apoiam em Portugal, na Europa, o governo de António Costa. O PCP que dá conta do seu abraço fraterno e como sempre imputa ao imperialismo a causa da derrota. O Bloco de Esquerda faz de conta que não se passa nada enquanto vende o seu apoio ao governo em troca das politicas revolucionárias perdedoras.
Na Europa, desde há 100 anos, desenvolve-se o sistema politico social e económico mais avançado da humanidade e que envolve milhões de pessoas num nível de vida nunca visto. Em que a pobreza foi praticamente erradicada .
E todos nós vamos continuar a pagar a factura a observatórios que atacam a nossa forma de viver e a partidos políticos que gozam de liberdades que nos querem negar .Uns e outros têm como único objectivo derrubar o sistema que mais contribuiu para o desenvolvimento da humanidade.
O Observatório para a saúde pintou um quadro negro e ideológico sobre o SNS. Mas uma das mais reputadas empresas internacionais de avaliação (Boston Consulting Group) vem dizer que o nosso "SNS é um dos melhores do mundo." Tem problemas ? Claro. O primeiro deles todos é que dificilmente um país pobre pode ter um bom SNS.E isto é verdade para todo o mundo. Basta olhar em redor.
"Entre 2010-2012, Portugal foi o país da Europa Ocidental que aprovou o reembolso de um menor número de fármacos inovadores e o segundo que mais tempo demorou no processo daqueles que foram comparticipados, o que penalizou especialmente a disponibilização de medicamentos oncológicos", lê-se no comunicado."
É o que acontece quando o país está sob programa depois de estar perto da bancarrota. Se tivessem feito menos umas autoestradas em PPPs ruinosas, de certeza que sobraria dinheiro para pagar aos fornecedores do SNS.
A BCG deixa sete recomendações para melhorar o SNS. Uma delas é aumentar as verbas que são destinadas à saúde, outra passa pela alteração do modelo de financiamento dos hospitais públicos, através de modelos orientados para resultados. Também a relação com as farmacêuticas deve ser revista para promover a eficiência de preços, devendo fazer-se a "transição do actual modelo de preço fixo para um modelo de maior partilha de risco (isto é, baseado em ganhos mensuráveis em saúde)".
É sempre uma opção de prioridade esta questão de gastar dinheiro. Estamos abertos à mudança ?
O observatório que entre outros integra Carvalho da Silva e o economista José Reis, qualquer um deles reconhecidamente comunista, apresenta como solução haver mais estado. Percebe-se que com mais estado teremos mais despesa pública, mais impostos, mais funcionários públicos, mais observatórios e mais investimento público. E como o dinheiro dos impostos não dá para tudo teremos famílias com menos dinheiro, a consumir menos, empresas a pagar mais impostos e menos competitivas, trabalhadores no privado a quererem deixar as fábricas e os campos e passarem a ser funcionários públicos...
O famoso observatório pertence à Universidade de Coimbra pelo que é pago com os impostos dos contribuintes, os mesmos que em eleições livres, andam a votar maioritariamente nos partidos que defendem menos estado. Como a solução proposta pelo observatório resulta de estudos científicos ( de outra forma não seria nem observatório nem pertenceria a uma Universidade) quem está errado é o povo. Qual troika, qual MFI ? Temos aí o observatório que tem vasta experiência na situação. Só cá em Portugal já "observou" três...