O governo vai ter que pagar 23,5 mil milhões de obrigações de dívida toda ela contraída pelo governo de Sócrates. Olha se não fosse o PEC IV.
Quem o diz é o IGDP que tem como tutela um governo PS. Parece não haver dúvidas.
Toda a dívida pública de médio e longo prazo contraída junto de bancos e fundos de investimento que o atual governo do PS tem de pagar até final da legislatura foi herdada do executivo, também PS, liderado por José Sócrates, no poder entre 2005 e início de 2011.
Esta é uma das reformas mais importantes . Cortar o vínculo dos bancos em dificuldades com os estados. A comissão que está a tratar a matéria tem obtido grandes progressos e está agora a passar para a fase da implementação . Comissão que é constituída pelo BCE, e pelos reguladores dos países da Zona Euro.
O diagnóstico do problema é comum, mas a sua resolução tem esbarrado na impossibilidade política de avançar com as famosas "Eurobonds" - que consistem na emissão de dívida conjunta ao nível da Zona Euro, com responsabilidade partilhada entre os países - o que, indirectamente permite transferências orçamentais entre Estados-membros. As "obrigações europeias seguras" tentam responder às duas dimensões, disse Ricardo Reis ao Negócios. A ideia é ter uma entidade europeia a comprar um cabaz de dívida dos países da Zona Euro, emitindo depois a obrigação garantida por obrigações soberanas (OGOS) dividida em duas tranches, uma sénior (que seriam as "obrigações europeias seguras"), e outra júnior, com mais risco.
Evento de crédito é o incumprimento de obrigações. No Novo Banco pode corresponder a 18 mil milhões de euros. Os maiores bancos mundiais estão reunidos em Londres para atacar o Banco de Portugal e a sua decisão de passar para o BES mau certas obrigações.
Caso o Comité de Avaliação da ISDA determine que a decisão do Banco de Portugal originou um evento de crédito isso poderia levar a que as próprias obrigações que ficaram no balanço da entidade liderada por Stock da Cunha possam ser abrangidas. Ou seja, um investidor que detenha um CDS sobre as obrigações que não transitaram para o BES teria direito a activar este seguro, mesmo sem ter incorrido em perdas. Após a passagem das cinco séries de obrigações com um valor nominal de 1,94 mil milhões de euros, ficaram no Novo Banco mais de 50 séries de obrigações no valor de 18 mil milhões de euros, segundo dados da Bloomberg.
Uma tempestade perfeita. Neste caso o Novo Banco vai ao ar não há venda que o salve nem comprador que o queira.