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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Mesmo a Zona Euro a crescer é obra "saborosa", nossa.

Ao fim de todo este tempo, dos quatro anos de troika e de dois anos de geringonça o país continua na cauda da Europa. No ritmo de crescimento da economia, na segunda maior dívida pública, nos juros elevados que pagamos .

Há vinte sete países dos vinte e oito países da União Europeia que crescem mais do que nós, a sua dívida pública é muito mais baixa que a nossa ( a vizinha Espanha tem uma dívida de 98,7%) e isto há vários trimestres consecutivos. Chegou enfim a vez de Portugal que por arrasto está a viver um bom momento.

Mas o que os partidos do governo nos querem fazer crer é que a melhoria na notação financeira é obra nossa nada tem a ver com o ambiente positivo europeu. A tal UE que estava a desfazer-se e que tínhamos que abandonar .

O que se está a passar na UE e na Zona Euro é a maior derrota dos partidos da extrema esquerda e de grande parte do PS. Afinal, o Tratado Orçamental não impede o crescimento da economia e a austeridade abriu o caminho a um período positivo.

Quem não gosta nada deste momento "saboroso" são os partidos extremistas. O seu silêncio é eloquente .

 

Mas não foi uma boa notícia ?

A agência Fitch manteve Portugal no "lixo" o que foi saudado pelo Presidente da República e governo como uma boa notícia.

A notícia é tão boa que os juros subiram para 4,20% logo após o anúncio .

Juros em alta após Fitch manter rating 

As obrigações soberanas portuguesas estão em terreno negativo, depois da agência de notação financeira Fitch ter na sexta-feira mantido o "rating" de Portugal em BB+, com perspectiva estável. O mercado tinha já reagido no final da sessão de sexta-feira, uma vez que a decisão foi antecipada pelo presidente da República.

A "yield" das obrigações a 10 anos agrava-se 3 pontos base para 4,20%, numa altura em que a dívida dos periféricos segue estável face ao fecho de sexta-feira. Com os juros da Alemanha em baixa ligeira (2 pontos base), o prémio de risco da dívida portuguesa está a agravar-se 5 pontos base para 381 pontos base.

É uma trajectória ascendente imparável enquanto a dívida crescer e a economia se mantiver abaixo dos 3% . Está à volta dos 1,3% .

A Espanha a crescer 3,5% e a Irlanda 5% já deixaram a nossa companhia nos PIIGS o que prova que o problema é interno já que o ambiente externo é igual para todos.

 

Nacionalizar o NB pode mandar o país para o " lixo "

A Agência DBRS está encalhada. Ser a única agência que mantem Portugal acima do "lixo" dá à pequena agência Canadiana uma projecção que nunca teve. Mas com o agudizar da situação no país a DBRS anda à deriva. Primeiro disse que estaria "pouco confortável " se os juros da dívida ultrapassassem os 4% . Recuou no dia seguinte quando lhe fizeram notar que esse limite estava próximo. Depois veio dizer que o comportamento da economia também contava e agora crescer 1,2% já é "crescer " . A seguir descobriu que a CAIXA tem um buraco de 5 mil milhões e há um ano que o governo joga às escondidas com as fraudes que por lá estão adormecidas.

Mas com o que não contava é com o buraco de uns 4 mil milhões que apareceram no Novo Banco. Ninguém quer o NB a não ser que seja de borla. A extrema esquerda já veio com a receita habitual - nacionalizar. Olhando para a CAIXA não se vê a vantagem mas enfim. O pior é que a nacionalização vai contra o estabelecido pelo BCE e por Bruxelas. Sem autorização da UE lá se vai o défice e a saída do país dos "países com défices excessivos" e correspondentes vantagens.

Puxa-se a manta para a cabeça fica-se com os pés de fora. Estamos feitos.

Segundo a SIC Notícias, a agência canadiana considera que seria “muito difícil” aprovar o plano de nacionalização do Novo Banco pelo Banco Central Europeu (BCE) e por Bruxelas”.

Recorde-se que o Governo tem até agosto deste ano para vender o Novo Banco, tendo-se comprometido com Bruxelas em avançar para uma “liquidação ordeira” se não conseguir fechar o dossier até esta data.

Nacionalizar é que não mas PCP e BE insistem enquanto o PS já começou a recuar. Estamos feitos e a DBRS 

 sinaliza descida de rating nesse cenário.

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Para se manter acima do lixo governo aumenta impostos indirectos

A DBRS, agencia de notação financeira que nos mantém no programa do BCE, sentiu necessidade de explicar que nas muitas conversas que manteve com o ministério das finanças, lhe foi garantido que em caso de aperto o governo aumenta os impostos indirectos. Exactamente o contrario do que nos vai dizendo cá dentro.

 Convém lembrar que os impostos indirectos já foram aumentados e se fizermos as contas, o que nos foi tirado já e mais do que o que nos foi devolvido.

A DBRS diz saber que “é difícil politicamente fazer reformas no mercado de trabalho. Mas se a rigidez não for reduzida, será muito difícil para Portugal aumentar o PIB potencial no futuro, o que é crucial, e para criar mais empregos, o que é muito importante para a estabilidade geral”.

Mais uma vez o emprego e o investimento são as preocupações justamente o que foi esquecido nas contas do governo

 

Tal como PCP e BE queriam estamos a ficar igual à Grécia

As agências financeiras andam agitadas. Muito provavelmente a nossa notação financeira vai perder a única nota positiva que mantém o país no procedimento do BCE de compra de dívida. Se assim for será o inicio do caminho que só acabará no 2º resgate. Enfim, como tanto queriam PCP e BE ficaremos igual à Grécia que hoje se debate com uma greve geral.

Se ocorrer uma revisão em baixa, Portugal perderia a sua única notação de crédito em território de 'Investment Grade'. As implicações poderiam ser as seguintes: (1) o Banco Central Europeu deixaria provavelmente de poder incluir as obrigações Portuguesas no seu programa de compra de obrigações em mercado e (2) o sector bancário nacional deixaria provavelmente de poder usar as obrigações como colateral nas suas operações de refinanciamento, tendo que utilizar a linha de cedência de emergência de liquidez (com custos mais elevados). 

O que faz ter eleições europeias à porta

Em Dezembro a actividade económica melhorou 1,6%. A notação financeira tirou-nos da expectativa negativa. Os juros mantêm tendência de descida.

A Standard & Poor's retirou hoje Portugal de vigilância negativa, o que indica que nos próximos 90 dias não vai efectuar qualquer revisão em baixa da classificação de risco de Portugal, citando a coesão da coligação governamental e o facto de o défice poder vir a ficar abaixo da meta prevista.

Ora 90 dias dá até fins de Abril e saída da troika. Parece coincidência mas não é. De facto está toda a gente a ajudar como bem indicou ontem na "Quadratura do Círculo" António Costa, socialista e Presidente da Câmara de Lisboa.

A Alemanha não quis resolver de uma penada o problema da dívida da Grécia há três anos atrás e agora está a perceber ( com a ajuda do parceiro da coligação, os socialistas do SPD) que mais austeridade pode provocar sérias rupturas sociais. E a Presidência da Grécia na UE também lhe dá força para bater o pé, como se viu ao proclamar que não aceita mais medidas de austeridade.

E, melhor que tudo, é que estão aí as eleições europeias à porta e as previsões dão um sério e perigoso aumento dos partidos extremistas.

 

Portugal "estável ! Quem diria!

Portugal viu hoje a sua classificação melhorar enquanto cumpridor financeiro a longo prazo. Há muitos anos que a tendência era permanentemente descendente até entrar no "lixo" de onde agora saiu. Esta classificação terá consequências muito positivas ao nível das taxas de juro e da capacidade de financiamento do país e das empresas. É mais um sinal muito positivo.

A Standard & Poors melhorou hoje a classificação de Portugal como pagador de dívidas a longo prazo, na sequência do acordo dos ministros europeus para prolongar o prazo do empréstimo para assistência financeira.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/standard--poors-melhora-as-perspetivas-para-portugal=f791878#ixzz2MrWVbqC4
Os credores internacionais estão dispostos a estender os prazos de pagamento. "Como é habitual, a S&P anunciou quais seriam os desenvolvimentos que poderiam levar a uma subida ou agravamento do rating nacional. A agência anunciou nesta quinta-feira que subirá o rating da dívida portuguesa caso as exportações aumentem mais do que o esperado, ou caso o investimento atinja níveis significativos, de forma a auxiliar a criação de emprego e reforçar o contrato social.
É um processo dificil e moroso mas não há outro. O que é chocante é que o país tenha sido deixado nesta situação tão dificil. Os responsáveis pela situação deviam responder perante o país civil e criminalmente!