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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O que faz a diferença entre os países do sul e do norte da Europa ?

A cultura dos cidadãos. Partilhamos o mesmo sistema político, económico e social. No entanto, os países do norte da Europa são mais ricos e justos. E não caiem em crises por desleixo na governação ou por o estado ser cúmplice no enriquecimento sem causa de corporações e empresas. Há uma cultura de valores que é uma barreira que impede o abuso e que não é mais que a participação activa da sociedade civil. Formada por indivíduos cultos e para quem a cidadania é um valor e um dever de que não largam mão.

Ontem, encontrei por acaso, na sala de espera de um consultório, um "capitão de Abril " um dos "perdedores do 25 de Novembro" segundo as suas próprias palavras. Trouxemos à conversa o exemplo do General Eanes, "um dos vencedores do 25 de Novembro". E, ambos, reconhecemos que o ex-Presidente da República é caso único ou perto disso, de um homem de estado credível e que muito honrou a nossa vida política. Porque não há mais e elegemos sucessivamente gente medíocre, sem experiência e dependentes do poder económico?

É aqui que entra a falta de cultura cívica das nossas sociedades. Mesmo os "literariamente" cultos deixam-se embalar por intereses mesquinhos, partidários e corporativos. Quem está no poder não tem contrapesos como se vê na Justiça que não funciona ou na comunicação social que em vez de investigar publica recados.

Sem uma sociedade civil livre, culta e interveniente, os países como o nosso vão andar em crises sucessivas e nos últimos lugares de todas as tabelas que medem a liberdade, a justiça e a igualdade de oportunidades.

A história que se está a desenvolver envolve milhares de milhões de pessoas

O SUL que tem países acima do Equador é o novo conceito. É o conjunto de países que mais crescem. O NORTE é , agora, o Ocidente.

Pelo menos 40 países fizeram grandes avanços de desenvolvimento que ultrapassaram as expectativas nas últimas décadas, mas 17 nações tiveram resultados excepcionais. Alguns são gigantes económicos, como a China, a Índia ou o Brasil, mas há alguns pequenos países que são também casos exemplares de sucesso, como o Gana, a Tailândia ou o Chile.

São países muito diversos, com histórias e sistemas políticos muito diferentes, mas o que têm em comum são coisas como uma atitude proactiva no desenvolvimento, tirando partido das oportunidades estratégicas do comércio internacional, e o forte investimento no capital humano, através de programas de educação e saúde e outros serviços sociais básicos, diz o relatório.

As classes médias destes países têm aumentado progressivamente. Em 2050, o Índice de Desenvolvimento Humano pode subir 52% na África subsariana e 36% no Sul da Ásia. “A Revolução Industrial foi uma história de talvez cem milhões de pessoas, mas esta é uma história de milhares de milhões de pessoas”, declarou Khalid Malik, o principal autor do relatório de 2013.