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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Há tanta gente a mudar o discurso sobre Costa

Nicolau Santos há uns meses atrás entoava loas a António Costa e ao governo. Era o crescimento da economia, era o crescimento da Zona Euro, o desemprego que descia e os juros que baixavam. De um momento para o outro começou a duvidar do primeiro ministro.

Agora diz que o futuro é cheio de dificuldades para António Costa, 2017 e 2018 não vão continuar os bons resultados de 2016 e que, entalado entre Marcelo e as cada vez maiores exigências de PCP e BE, vai precisar de " nervos de aço".

O que Nicolau Santos começou a ver é que o crescimento da economia é o resultado das circunstâncias, não é estrutural, já está a reduzir. Que a dívida não desce e a redução do défice já está a ser criticado pelos seus apoios à esquerda.

A discussão da moção de censura mostrou isso mesmo. PCP e BE não se coibiram de criticar duramente o governo pela inabilidade, fragilizando-o para iniciar uma escalada de exigências com impacto no aumento da despesa e tornando mais dificil o orçamento para 2018.

Estamos naquela triste fase da parábola do leão moribundo até os burros lhe dão coices.

Leia aqui o que Nicolau dizia há bem pouco tempo

O orçamento/2018 é razoavelmente omisso

Como é que o aumento da despesa é paga ? Bem isso é razoavelmente omisso no orçamento.

Se ouvirmos políticos nenhum se atreve a criticar o aumento da despesa com salários e pensões não vá desagradar aos seus. Mas se ouvirmos economistas, jornalistas e outros todos eles fazem uma pergunta : e como é que se paga ?

Neste texto do Nicolau Santos temos um bom exemplo. Enumera um extenso lençol de aumentos da despesa mas quanto às receitas, não passa disto :

...as fragilidades são óbvias bastará que ventos contrários soprem do exterior ; a economia não cresce sem investimento seja público ou privado e também não pode ser esquecido o apoio às empresas : ora tudo isto está razoavelmente omisso no orçamento apresentado.

E se as coisas correrem mal outros virão a seguir apagar a luz , digo eu...

Então sempre é verdade ?

O insuspeito Nicolau Santos pergunta : como é possível que se esteja a repetir o quadro macroeconómico que nos levou ao pedido de ajuda internacional em 2011 ?

Há vários factores que concorrem para tal adianta o jornalista do Expresso. Primeiro a devolução de salários na Função Pública e outro tipo de rendimentos ( nomeadamente  pensões e reformas)  a par de algum desagravamento fiscal colocou mais dinheiro nas mãos das famílias e assim voltaram à compra de produtos importados . Contudo parte do dinheiro não é delas resulta de crédito bancário. Com efeito o crédito pessoal está a crescer 29%, o crédito para carros novos sobe igualmente 29% e para compra para carros usados vai nos 26% .

A poupança das famílias está em mínimos históricos, o crédito em risco vai nos 15% e a compra de automóveis cresce ao dobro na União Europeia. (14,4%).

Que isto é preocupante não há duvidas . O governador do Banco de Portugal já veio dizer que " a festa vai animada" e que no futuro o BdP vai ser um desmancha prazeres, "impondo restrições às bebidas no momento do bar aberto ". Pois bem, a pergunta é : até quando é que o governador do Banco de Portugal vai deixar o bar aberto, se considera que grande parte dos participantes na festa já estão bêbados ?

Não chega falar é preciso agir .

 

 

 

 

Nicolau PEC IV

Nicolau Santos, o conhecido e lido jornalista do Expresso, no sábado passado voltou ao PEC IV, cujo chumbo foi a origem de todos os males. O país avançava a grande velocidade para a bancarrota, com a maioria das instituições a lançar avisos, tal com agora, mas havia quem não quisesse ouvir.

Com este governo, segundo Nicolau, " a linha dura que continua a pontificar na Europa tudo fará para minar a solução governativa portuguesa e para inviabilizar o caminho que tem vindo a percorrer".

Diz Nicolau que é espantoso que o orçamento que ainda nem sequer foi aprovado seja já considerado um nado-morto. Ora, o que é espantoso, é um orçamento que já pouco tem a ver com a proposta inicial e que pouco se diferencia de um orçamento apresentado pelo governo anterior , e atacado por todos os lados, mereça de Nicolau alguma credibilidade.

Até porque aqui ao lado na vizinha Espanha, sem orçamento e sem governo vai para três meses, a economia cresce três vezes mais que a nossa.

Assim estivesse o nosso país ( e não é por acaso que em Espanha não se embarca numa solução à portuguesa) e ninguém, ou quase ninguém, faria o papel de Cassandra de que Nicolau se queixa.

Sim, foi o PS que governou desde 2011

O PS governou treze anos dos dezasseis anteriores a 2011 . Com impostos, subsídios e empréstimos. Carruagens de dinheiro. No fim deixou o país na bancarrota . Sem dinheiro e sem aceder aos mercados. Com uma economia profundamente deprimida, um desemprego gigante um tecido empresarial virado para o mercado interno e que não representava mais que 24% do PIB nas exportações. Um nado-morto.

Quer dizer, perante este cenário o que se pode dizer é que quem viesse a seguir tinha as grandes linhas da governação definidas. A margem para fazer diferente era estreitíssima.

Primeiro houve uma surpresa, depois uma revolta a seguir uma reflexão. Mas onde estava a alternativa ? Em França, o socialista Holland prometia meter a Alemanha nos eixos e assim suavizar a austeridade. A seguir era Tsipras na Grécia que ia por as pernas a tremer aos alemães. Em Itália o socialista primeiro ministro mais comedido fazia o melhor possível.

Solução, só fora da UE e do Euro e sobre o Tratado Orçamental nem vê-lo. Mas mesmo com a governação metida em baias e com as grandes medidas inevitáveis, os resultados chegaram. Temos uma economia a crescer, as contas externas estão como nunca estiveram e cerca de 300 .000 cidadãos encontraram emprego . Mas o melhor de tudo é que mesmo com salários e pensões cortados não faltaram às familias. Agora não percebem porque só se discute o programa do PS. É fácil. Ninguém acredita no que lá está escrito. O Nicolau Santos no Expresso é dos poucos que ainda está na primeira fase. A fase da negação.

 

Nicolau Santos esconde-se atrás de " altos responsáveis"

Perante a reacção do deputado do PSD que quer saber quem é que está a falar a verdade - Barroso ou Constâncio - no caso BPN, Nicolau Santos remete a resposta para a recente carta de apoio a Constâncio de "altos responsáveis e ex-governadores do Banco de Portugal". Assim, sem mais. Ficamos pois a saber que para Nicolau Santos a verdade está nos "altos responsáveis e ex-governadores do banco de Portugal".

É difícil perceber a posição de Nicolau Santos, porque o BdP era o responsável pela regulação e controlo da actividade bancária e, com todos os meios ao seu  dispor, não conseguiu descobrir as fraudes que, na altura, meio Portugal conhecia. Foi incompetência? Foi um fechar de olhos? Houve interesses inconfessáveis? Numa democracia não é a opinião de "altos responsáveis" do Banco que prevalece, até porque essa opinião pode interessar aos próprios. A quem serve o texto de Nicolau Santos?

 

Resposta de Nicolau Santos ao deputado Duarte Marques

Em relação à resposta do deputado Duarte Marques ao meu artigo "Abriu de novo a caça ao Constâncio", remeto para a carta conjunta que os ex-governadores e altos responsáveis do Banco de Portugal Miguel Beleza, Teodora Cardoso, José Silva Lopes, Artur Santos Silva e Emídio Rui Vilar assinaram e que é hoje divulgada no jornal "Público".

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/duarte-marques-responde-a-nicolau-santos=f863690#ixzz2xjursxv6

Três oportunidades. Três ameaças

Nicolau Santos que tanto discordou do ajustamento diz agora " que este desempenho pode levar a que os analistas e os mercados nos considerem mais próximos da Irlanda do que da Grécia". Três trunfos 1) fortíssima possibilidade de a recessão em 2013 ser cerca de metade do que estava previsto pelo Banco de Portugal  2) a evolução do desemprego mostra que a taxa não só sofreu a maior  baixa desde 1998, como a criação de novos empregos também foi a maior desde aquele ano 3) o fim do memorando com a troika em 2014 e que a Alemanha e os seus companhons de route desejam ardentemente apresentar como um sucesso. Tudo farão para que o acesso aos mercados após a Troika se faça com o apoio do BCE.

E as ameaças 1) que a recuperação europeia não se consolide nos próximos trimestres 2) que estes bons resultados não se confirmem na frente interna 3) e que algum evento internacional possa colocar novamente os mercados sobre forte pressão ( Gibraltar, Egipto).

E, claro, há muita coisa que mudou para sempre!

A segunda página " Baptista da Silva " do Nicolau Santos

Cair uma vez a gente perdoa, mais do que uma vez é que pode querer dizer que é incapacidade de locomoção. Vejam só este exemplo que podem ler hoje no Expresso:

"Fartos do discurso da culpabilização" - " o discursos da culpabilização quer que aceitemos a brutalidade da austeridade com resignação e um sentimento de inevitabilidade....mas o que precisamos é de um discurso que nos ajude a sair do pessimismo e do desânimo com que nos tentam sequestrar...desconfio que nunca será o actual primeiro-ministro a fazê-lo."

Logo de braço dado, encostadinho : "voltar aos mercados para quê?" Portugal está muito próximo de regressar aos mercados sem o chapéu de chuva da ajuda internacional ...como é natural o governo fará disso um enorme sucesso esquecendo os três anos de recessão a que sujeitou o pais, coisa que nunca tinha acontecido ( embora nos últimos 10 anos, praticamente, a economia nunca tenha crescido) ...o que faremos quando nos libertarmos da Troika, se estamos sem trabalhadores não mudamos a estrutura produtiva...e, esse é o resultado das escolhas do governo ( quando o governo tomou posse estávamos na bancarrota, tínhamos 10,6% de desempregados e, em vez de produzir bens transaccionáveis construíamos autoestradas desnecessárias e preparávamos o TGV...)

Logo por baixo, agarradinho : "O Patinho feio:" Há dez anos o que se ouvia é que a agricultura em Portugal acabou. Hoje somos um dos três maiores produtores de azeite mundiais. Temos a segunda maior produtividade mundial no tomate, 25% acima da média europeia. Na área dos sumos de fruta somos dos mais inovadores a nível mundial. A inovação em derivados do ovo é também um caso de estudo. Alguns vinhos nacionais estão entre os melhores do mundo A exportação de castanha ascende a 15 milhões de euros...e vários têm sido os prémios internacionais..."

"E a Nova Universidade de Lisboa" ...que reconquistará para Lisboa o seu protagonismo como uma das grandes capitais europeias da cultura e do conhecimento...polo de atração para milhares de jovens de todo o mundo...

Depois queixam-se que dão guarida aos Baptistas da Silva desta vida!

 

A Foto é da Bloguítica

 


O Passos e o Gaspar não ouvem o Artur?

No Público, Nicolau diz que não se pode inferir que o jornal e os seus jornalistas previligiem ouvir quem ataca o governo : Também disse não ter lido a crónica de Henrique Monteiro, ex-director do Expresso, na edição online do semanário, que comenta que “se o burlão fosse a favor de Passos Coelho e de Gaspar não teria o mesmo eco” e que “a imprensa tem, no geral, um enviesamento para a esquerda”. Ainda assim, fez questão de se antecipar “a eventuais afirmações que venham a ser feitas” nesse sentido, dizendo que “não as admite”. Os jornalistas estão, sim, “interessados em ouvir pessoas novas, de fora dos círculos habituais, que apresentem propostas, como parecia ser o caso”, disse.