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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Agora já somos todos neo-liberais

Eu por mim estou no mesmo sítio. Pela União Europeia e pela Zona Euro. Mas há quem há bem pouco tempo incendiava o controlo do défice, o pagamento da dívida e o Tratado Orçamental. Nada menos.

São os mesmos que apoiam as políticas do governo PS e que para consumo das suas clientelas de vez em quando exigem a saída da Europa.

As exportações eram uma treta segundo a contorcionista Catarina, mas são as exportações que puxam pela economia, o melhor resultado de todos : em 2007 crescerão muito acima do crescimento do PIB e das importações dos países que compram os nossos produtos. As exportações portuguesas continuam a ganhar competitividade.

Voltamos a convergir 17 anos depois o que tira argumentos à extrema esquerda que teve que meter a viola no saco. Crescemos à conta das exportações (9,6%) e do investimento (8,8%) tudo vinda da europa. Mercados importadores e dinheiro para investir.

Claro que o PCP nunca perde como sabemos desde que há eleições em Portugal. E o BE com o Siryza na Grécia a ser um aluno bem comportado e o Podemos em Espanha a perder influência, só lhe resta aderir ao neoliberalismo triunfante.

Eu, por mim, estou no mesmo sítio.

 

Um sapo do tamanho de um perigoso neo-liberal na CAIXA

O artigo de hoje, sobre a CGD

"um sapo do tamanho de um perigoso neo liberal"

O governo escolheu Paulo Macedo para liderar a CGD.

Este era o perigoso neo liberal que segundo o PS e as demais esquerdas, andou a dar cabo do SNS. Lembram-se?

Por mais que pense, não consigo entender esta escolha. Porque não foram antes buscar o Vara, ou o Santos Ferreira, ou o Penedos, ou mesmo o Ricardo Salgado, de quem o PS tanto elogia o trabalho e o legado que deixaram por onde passaram?

E no caso da CGD quer o Ferreira quer o Vara, como até já conhecem a casa, faria todo o sentido não acham?

Ou então, porque não convidaram o Louçã? É um "brilhante" economista e professor. Porque não a Mariana Mortágua, ou o Galamba? São ambos de esquerda, e também, segundo apregoam os seus correligionários, são "brilhantes economistas e gestores".

Porque não convidaram alguns entre os 10 "sábios" economistas, professores, /gestores, que elaboraram o "rigoroso", "competente" e "fidedigno" plano económico que o PS apresentou ao país durante a campanha eleitoral?

Esta seria uma excelente oportunidade de todos estes "brilhantes" economistas de esquerda, poderem colocar em prática as teoria de gestão, e de economia que tanto defendem, na CGD.

Faria todo o sentido que o actual governo nomeasse alguém entre estas personalidades que mencionei, pois são representantes do mais alto nível das teorias de gestão e economia que o actual governo defende.

Ou então algum outro competente gestor socialista, e demais esquerdas, com provas dadas, pois por certo devem existir entre as suas hostes. Ou talvez não!

Mas, vá se lá perceber porquê não escolheram nenhum dos que acima mencionei, ou outros do mesmo género, que no entender do governo, seria capaz de gerir e defender o interesse público, na CGD.

Mas também não havia necessidade de escolherem logo um gajo vindo da direitalha, perigoso neo-liberal, assumido capitalista, e que ainda por cima, segundo o PS e as demais esquerdas, andou deliberadamente a "destruir" e a "matar" o SNS.

Não havia necessidade. Ou será que até havia?

No poder os socialistas tornam-se neoliberais

É esta a opinião de uma certa esquerda. "Uma capitulação em toda a linha dos socialistas franceses perante o liberalismo". E o que há em comum nestas situações? É a negação da realidade além dos modelos, da acção concreta. Não se trata de resolver os problemas concretos, não deriva da arte realista do possível, mas sim de saltar o muro e fazer políticas de direita. O império dos mais fortes, o sacrifício dos mais fracos. São, como diria o velho Komintern de Estaline, sociais fascistas. O seu combate faz-se pela esquerda radical - foi o que fizeram os maoístas, até ao limite sanguinário de Pol Pot ou dessa barbárie que é a dinastia de Kim ll Sung na Coreia do Norte - ou pela esquerda folclórica, que resultou nos "temas fracturantes igualitários" e nos regimes populistas como na Venezuela...

Não aceitam a realidade nem mudam a "narrativa", apesar de esta se ouvir há mais de cem anos, sem nunca produzir algo mais que não seja fome, miséria, prisões, tortura e até genocídios dos povos a contrastar com a desvergonha dos líderes.

PS : a partir de um texto de Henrique Monteiro no Expresso

A FÓRMULA NEOLIBERAL para matar filhos - Prof Raul Iturra

 


.... para os meus netos saberem o que é o neoliberalismo, e Ai de quem enverede por esses caminhos… deverá tratar comigo….

 

Escrevia ontem sobre a fórmula do capital, criada por Marx, após as suas pesquisas sobre mais-valia e lucro. Para lembrar o leitor, pode ler o texto sobre a fórmula do capital em http://bandalargablogue.blogs.sapo.pt/520437.html .

A fórmula é bem mais simples. Marx distingue, dentro do mesmo texto citado antes, Karl Marx, in Das Kapital, 1867, páginas 300 e seguintes do 1º Volume, com o autor ainda vivo, entre capital fixo e capital variável.

Capital é um fator de produção que representa o potencial de produção, ou seja, o poder ou a capacidade de algo ser transformado em um bem ou serviço. Não representa um bem ou serviço no presente, mas o estoque de bens econômicos heterogêneos – máquinas, terras, matérias-primas – capaz de reproduzir bens e serviços (fluxo de riquezas). Seu conceito está ligado com o de investimento, por existir um custo de oportunidade.

Partindo desta definição mais geral, podemos dar exemplos de diversos tipos de capital, como por exemplo:

  • Capital humano representa o potencial de um ser humano transformar, interpretar e produzir. Está ligado a capacidades técnicas, cognitivas.

  • Capital pessoal, que é inerente às pessoas, protegido pelas sociedades, e trocar trabalho por confiança ou dinheiro. Conceitos parecidos são "talento", "criatividade", "liderança", "corpos treinados" ou "habilidades inatas", que não podem ser reproduzidos de forma confiável ao combinar qualquer das formas anteriores. Na análise econômica tradicional, o capital individual é normalmente chamado de trabalho.

  • Capital social representa o potencial de um grupo de indivíduos construir e manter redes sociais de maneira com que essa organização e intercâmbio gere melhorias no bem-estar social.

  • Capital natural representa o potencial de matérias primas brutas naturais serem transformadas em bens de consumo. Está diretamente ligado ao funcionamento de sistemas ecológicos.

  • Capital físico representa o potencial de máquinas, ferramentas e edifícios serem utilizados na produção de bens e serviços. Este tipo de capital, por sua vez, surge da interação da capital natural, humano, etc.

  • Capital financeiro representa o potencial de troca de poder econômico (garantido pelas instituições do Estado sob forma de, por exemplo, dinheiro, títulos) por outros bens e serviços. É uma forma de título de posse comercializado em mercados financeiros. O seu valor também é baseado na perceção do mercado nos ganhos futuros e no risco embutido.

  • Capital público, que engloba o agregado de todos os ativos pertencentes ao governo que são usados para promover a produtividade da indústria privada, incluindo autoestradas, ferrovias, aeroportos, estações de tratamento de água, telecomunicações, redes elétricas, usinas elétricas, prédios municipais, hospitais e escolas públicas, polícia, proteção ao fogo, tribunais entre outros.

Capital espiritual, que se refere ao poder, influência, disposição criado pela crença, conhecimento e prática espiritual de uma pessoa ou organização. Fonte: o livro citado e Paul Samuelson e William Nordhaus (2004). Economics, 18ª ed.

È esta a forma de converter em operários a crianças que pouco ou nada sabem da vida. No dia do aniversário do meu neto, não vou escrever de como matar filhos. A fórmula é conhecida demais pelos que pretendem governar Portugal- Trata-se, simplesmente, de retirar do saber os mais novos para que nada possa saber sobre os seus direitos.

Eu diria que a primeira atividade do neoliberalismo, é encerrar indústrias e manufaturas, se o lucro e a mais-valia no forem da intenção do proprietário dos meios de produção. Fato que acaba com o emprego da força de trabalho, reira o salário dos trabalhadores e os seus filhos devem emigrar um dia para ganhar o seu sustento em outros países, como tem acontecido em Portugal, com uma emigração de jovens preparados intelectualmente, ao longo dos três anos passados, desde que a troika que nos governa, decide, por meio dos bancos e dos decretos, o dinheiro para educar e comprar livros para estudar, desapareça. Mais do que o 30% de pais carecem de meios para educar os seus filhos, é a morte natural do saber. É matar cidadãos para fazer deles operários que trabalhem por um ordenado qualquer, ou por recibos verdes ou contratos a prazo, forma de trabalho proibida pela Constituição e pelo Código do Trabalho.

Nunca se sabe se as manufaturas tornam a abrir ou ficam permanentemente fechadas, em toda a União Europeia. Eis porque na imagem coloco a palavra closed e no fechado, por ser uma política que mata os interesses de uma vida igual e com pagamento justo pela obra feita.

Os pais não conseguem educar os seus filhos: não há dinheiro para as matrículas ou, simplesmente, há escolas sem professores, milhares deles sem colocação a esta altura do ano. A única alternativa, é aprender em casa, o que é um meio ilegal: o Estado, diz a Constituição desde 1976, garante a educação dos cidadãos. Mas, como o neoliberalismo não se importa, sendo para o Vice Primeiro-Ministro a poupança da economia e não a educação do povo, com um Nuno Crato que o apoia e uma Maria Luís Albuquerque, que o estimula. É o que denomino a fórmula de matar filhos, comentado mais acima, e que devo comentar noutro texto.

Raul Iturra

18 de Agosto de 2013

lautaro@netcabo.pt