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Os grandes negócios do Estado. O Estado já é proprietário da 72,5% do capital social da companhia aérea que, além de apresentar uma situação financeira largamente deficitária, apresentou até Junho um prejuízo de exploração de 586 milhões de euros.
A retoma da TAP depois da reestruturação que custará vários milhões, em despedimentos de pessoal e redução de actividade, só voltará lá para 2023. É só fazer as contas como dizia o outro.
Entretanto o Estado procura sócios privados que queiram partilhar este buraco sem fundo. Como não há privados que comprem companhias falidas metendo dinheiro irá acontecer à TAP o que está a acontecer ao Novo Banco. Comprar, compram, mas depois de o Estado lá meter uns 3 a 4 mil milhões.
A seguir vem a mesma situação que vemos hoje no Novo Banco. Ninguém sabe nada, ninguém deu por nada e foi o melhor negócio possível.
Paga contribuinte desgraçado.
O governo socialista e os seus compagnons de route da esquerda sempre com olho para o negócio reverteram a privatização da companhia aérea e cavaram mais um enorme buraco negro para os contribuintes.
Aos 1 200 milhões que o Estado lá meteu há meses, acrescem mais 582 milhões de prejuízo nestes meses de pandemia. E podemos assegurar que em 2021 e anos seguintes mais uns milhões largos vão ser pagos pelo Estado à companhia nossa de bandeira.
É este o balanço até Junho. É só fazer contas até Dezembro. Mil milhões por ano nos próximos três anos de prejuízo. É difícil fazer pior.
Agora, o desafio é redimensionar a TAP à procura que sairá desta crise e que a associação internacional do setor, a IATA, aponta para um prazo mais longo do que à partida se esperava. De acordo com a IATA, antes de 2024 não haverá recuperação ao nível dos valores pré-pandemia.
Estadistas com visão é o que é...
O que se sabe sobre os negócios da EDP com o Estado metem medo porque estes negócios ruidosos para os contribuintes não se fazem sem a cumplicidade de vários níveis da governação a começar pelo governo.
Ser nomeado para o governo para aquelas pastas e só aquelas, modificar a legislação, aprovar a legislação, fazer passar os acordos que ficam em segredo de Estado durante uma década, fazer-se nomear para a Administração da Empresa, encher os orgãos sociais da empresa de amigos e camaradas de partido, tudo isto não se faz sem cumplicidades.
Mas há gente que quer que o estado seja ainda maior, esteja em todos os sectores e de preferência monopolista, não escrutinável, porque o Estado é por definição a favor do povo e nada contra o povo.
Juntar todo o poder com o maior quinhão possível da riqueza produzida, subsídios e empréstimos. Para o estado o inferno é o limite.
Depois a culpa é dos privados que se sentam à mesa das negociações a defender o seu dinheiro. Todos sabem que o dinheiro em poder do Estado é de todos e não é de ninguém.
Todas as grandes batotas foram feitas de braço dado com o Estado.
Cerca de vinte nem todos por amiguismo e familygate mas a maioria foi pela mesma razão. Negócios. O Estado é do PS.
Graça Fonseca : Este é mais um caso para juntar aos que nos últimos dias têm vindo a público: a empresa do pai de Pedro Nuno Santos fez contratos públicos, assim como o marido da ministra da Justiça tem colaborado várias vezes com o Governo, incluindo com o Ministério da Administração Interna, além do filho do secretário de Estado da Proteção Civil, que celebrou pelo menos três contratos com o Estado já depois de o pai assumir funções governativas. O nome de Graça Fonseca junta-se agora ao leque.
Bem faz o governo é melhor mudar a lei já que o PS não muda
Uma rede familiar que começa no Conselho de Ministros e se alarga por autarquias, gabinetes governamentais, empresas e instituições mais diversas.
A este nível, chamemo-lo de superior, foram identificadas mais de 40 pessoas com relações de afinidade no governo de António Costa. Quando no topo da hierarquia não se respeitam as regras básicas de higiene política, claro está que toda a base da administração pública e local é contagiada. Este vírus é especialmente resistente porque ao longo do caminho foi sofrendo mutuações genéticas, à medida que foi entrando em contacto com outras patologias igualmente graves, como a partidarite aguda, a cunha, o amiguismo e o clientelismo.
O problema da TAP - sempre o disse - é que ninguém a quer a não ser que seja de borla.
Estiveram no negócio a representar o estado as grandes cabeças cá do sítio, os amigos geniais, mas quem ficou com a TAP de borla foi o empresário conhecedor do negócio, com outras operações aéreas na América do Norte e Sul que alavancam a companhia dita de bandeira seja lá isso o que for.
Cá vamos cantando e rindo...
É interessante, para não dizermos que tem graça, que a interferência do Estado nos negócios por via de um ministro da Economia leve a que se conclua que o problema são os negócios, e não a dita interferência estatal. O problema é que, apesar de absurda, a conclusão do PCP e do BE, que dão ênfase à perversidade intrínseca dos negócios e das empresas privadas (ao gosto pelo lucro), ao invés da interveniência do Estado em assuntos que não são da sua lavra, continua incólume – absurdidade que não choca se nos recordarmos do que o PCP ainda pensa de personagens como Estaline e do gosto disfarçado que o BE nutre por políticas que, em nome de uma liberdade geral e abstrata, limitam a pessoal e concreta.
Fazem-se relatórios para nos dizerem que a culpa é do calor, da falta de limpeza e de meios, mas ninguém manda fazer relatórios para responder a esta pergunta óbvia. Quem ganha com os incêndios ?
Depois do incêndio a madeira ardida é comprada por quem ? Quem é que faz negócio com os meios de ataque ao incêndio ? Quem compra, manda reparar, manda fazer a manutenção dos meios ?
E os meios da força aérea não podem estar preparados com "kits" que transformem aviões de transporte em aviões de combate aos incêndios ? O mesmo para hélios ?
Autoridades locais dizem ( sem que ninguém os ouça) que depois dos incêndios aparecem uns senhores muito bem intencionados a quererem comprar a madeira e as terras, assim transformando minifúndio em latifúndios a partir do emparcelamento das terras.
Mas já alguém viu algum governante deslocar-se ao terreno para ouvir os locais ? Já alguém se deu ao trabalho de seguir o circuito económico iniciado com um incêndio ? Ou é pura maldade ? Ou é o raio ( que os parta)?
Há mortes no dia de hoje, amanhã de manhã vamos ficar a saber em toda a extensão a hecatombe que decorre neste momento. E lá teremos mais um relatório que tem como objectivo silenciar, de preferência com resultados daqui a três meses e longe do período das eleições.
O que é preciso fazer para tirar de cima os políticos e dar meios e competências aos poderes e populações locais ?
E as mãos criminosas são assim tão poderosas que se tenha medo ? É que a troika ( de gente lá de fora) em três anos derrubou o " dono disto tudo", um governo estadista e vários gestores vencedores de prémios internacionais.
Ou estamos à espera que arda tudo para depois chamar alguém independente das negociatas para colocar as coisas nos eixos ?