Depois de satisfeitas as necessidades mais básicas o individuo começou a dar importância à sua posição relativa na sociedade.
"Uma família pobre num país desenvolvido típico tem hoje acesso a habitação, alimentação, electrodomésticos básicos e serviços de telecomunicações. Em termos absolutos, está bem acima do que qualquer família de classe média-alta poderia aspirar há poucas décadas."
.Esta é uma geração que na sua maioria nunca viveu a tirania da sobrevivência e cujos pais e avós apenas a sentiram de forma tangencial. É por isso uma geração que se pode dar ao “luxo” de ter a desigualdade como problema central nas suas vidas
Os portugueses reconhecem que o dinheiro é decisivo para satisfazer quase todas as necessidades básicas, mas, para além das chamadas “necessidades de sobrevivência”, apontam também como fundamentais questões como a segurança, a liberdade, a afeição, a participação e a identidade.
Esta é uma conclusão que já se pode retirar da primeira fase do estudo O que é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?, que está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores das universidades Técnica de Lisboa e Católica.
Este estudo ajudará a fixar o chamado "limiar da pobreza", a definir as políticas e a mensurar as medidas para chegar aos mais pobres.