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BandaLarga

as autoestradas da informação

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COM PROFUNDA PREOCUPAÇÃO

 

 

 

 

Ambrogio Damiano Achille Ratti, era o nome do Papa Pio XI, que governara a Igreja Católica Romana entre 1922 e 1939, ano em que falecera. Foi o Papa que teve que organizar a defesa dos fiéis católicos por estar o mundo no bordo de uma guerra que podia envolver muitos países que contavam entre os seus habitantes, pessoas de fé nos mandamentos de Igreja Católica, das cartas endereçadas aos membros pelo chefe da Igreja ou Encíclicas, ou cartas pastorais dos seus Bispos que governavam as dioceses en que eles habitavam. Católicos que obedeciam dois tipos de leis: as civis que governavam o Estado em que habitavam, do qual eram cidadãos, e as da Igreja a que pertenciam, neste caso, a Católica. As legislações eram diferentes: as do Estado se importavam com a interação social ente os súbditos do Estado e eram preponderantes para os cidadãos e passavam por cima de qualquer outra legislação que quiser mandar dentro da República, Monarquia ou principado. As da Igreja, competia a orientação do pensamento das consciências e das almas, assunto que corresponde tratar no Direito Canónico que governa as relações dos fieis e do hierarquia eclesiástica nas que o Estado no se imiscuía, não era do seu foro.

 

Mas, quando o mundo está en guerra, os Estados aceitam a orientação das Igrejas que trabalham dentro dos limites em que o Estado é soberano. Foi exatamente o caso que aconteceu com a ameaça de uma República laica, a Alemanha, que se armou para assaltar e entrar em outros países e abater as suas fronteiras, passando as de Europa, várias da África, a terem que obedecer uma única legislação, a do ditador da Alemanha, um assassínio que exterminou pessoas, aboliu fronteiras, passando todos os países da Europa, excepto a Grã-Bretanha e países declarados neutrais como a Suíça e a Noruega, países neutrais. Mas, o ditador, não aceitou essa declaração de neutralidade, apenas que não atacou as Repúblicas da Suíça, com uma parte, a alemã, sendo parte assim do país beligerante que protegia as partes francesas e italianos da República.

 

Pio XI tinha um Secretário de Estado, Eugénio Pacelli, que tinha sido Núncio Apostólico o Representante do Estado Vaticano, também neutral como Estado Civil, mas orientador das consciências pelo seu Magistério sobre as almas, que era o que o Bispo de Roma estava encarregado de fazer. Si o Estado Civil orientava as relações sociais, o Papado do Estado Vaticano tinha entre as suas mãos orientar as consciências y salvar as almas.

 

Pio XI não era um bom político, mas o seu antigo Embaixador na Alemanha, agora Secretário de Estado do Vaticano, conhecia a Alemanha como a palma da sua mão. Sabia de grande quantidade de católicos que em ela habitavam e não sabia o que fazer. Expos as suas preocupações ao Chefe de Estado, o Papa Ratti e pensaram numa carta endereçada apenas aos católicos alemães para orientar a sua consciência e a sua resposta para o recrutamento que a Terceira República Alemã o terceiro Reich, mandava para colocar dentro das forças armadas naturais, a todo cidadão do Estado Alemão. Estes, como Pacelli, sabiam que era para matar e assaltar países e os submeter a legislação alemã. Escreveram uma carta, que o Papa Ratti mandou redigir em alemão, a o seu Secretário de Estado e ser lida no Domingo de mais afluência de público, o Domingo de Ramos, parte dos rituais da Semana Santa, em que se comemora a morte de Cristo em todo país cristão, seja ele católico, copto, armênio ou ortodoxos Russos ou Gregos.

 

O tiro saiu pela culatra. Os católicos se sentiram orientados: deviam ser parte das forças amadas, sem saber nesse tempo de 1934, 14de Março em que a carta foi lida as fobias do chefe do terceiro Reich, contra judeus que pareciam controlar a banca alemã, uma escusa qualquer do ditador para os matar. Os hebreus eram de poder e possuíam os melhores bancos na Alemanha, na Polónia e outros países da Europa do norte, motivo pelo que não eram cobiçados por nenhum país em que tiveram bens. Aliás, eram de uma etnia muito unida que adoravam a sua própria divindade, Javé, desde tempos remotos. Essa disciplina era combatida pelo ditador do Terceiro Reich que a desejava para o seu próprio poo, o ariano ou etnia antiga na Alemanha e na Áustria, de onde ele procedia. Filho de judeus, homossexual por paixão, o ditador criou campos de extermínios de rivais na manipulação de indústrias e fábricas, e, entre eles, os católicos protegidos pelo Estado Vaticano, mandando matar uma boa quantidade de eles, como prova a historiadora hebreia que cito no meu texto o Papa Pio XII e o nazismo. Falecido Ratti, Pacelli foi eleito Papa como Pio XII e com esse poder, confrontou os arianos e usando as suas forças da Igreja Católica, salvou do holocausto a mais de 850 mel hebreus de vários países da Europa, como analiso no meu texto já citado Pio XII e o nazismo.

 

Importo-me com esta causa porque Pio XII estava entre os três Papas para ser canonizados, comentado no meu texto Canonização de João XXIII e de João Paulo II. O decreto, como digo no texto, estava já assinado por Ratzinger em 2013, mas o Papa Francisco o parou, o deteve. Ainda não sabemos esse motivo ou esse porque.

 

O que Pio XII fez, valeu-lhe ser declarado um justo entre as nações pelo povo de Israel, os antigos hebreus, como aforismo ou metáfora criada por Yad Vashem no seu Memorial do Holocausto em Jerusalém. Na Europa, por causa da sua discrição, nada referiu sobre a sua obra santa. Pio XII, quer como Secretário de Estado de Pio XI e de acordo com ele, após enrostar os aliados, mandou esconder judeus no Vaticano, e a partir de 1939, na sua residência de verão em Castelgandolfo e em todas as igrejas de Roma, emitindo, como Roncalli, certificados de batismo, fossem ou não conversos os judeus. Tratava-se de salvar as suas vidas, não eram tempos de homilias, era uma guerra livrada entre um Estado sem exército, ladeado pelo estado fascista da Itália comandada por Benito Mussolini, que após quatro anos de guerra, capitulou, entrando os nazis a mandar no país da Monarquia italiana Saboia, referido já no texto Pio XII, o Papa que se importou, que reitero neste ensaio para defender un Papa que devia ser canonizado pela sua obra em defessa dos perseguidos católicos, hebreus e ciganos.

 

Como Estaline fazia na antiga União Soviética e sentiu-se afrontado pelas comemorações a Pio XII pela sua obra, enquanto com ele, ninguém o comemorou, a pesar dos aliados da defessa da Europa, sabiam destes fatos, mas por ser necessário para acabar com Hitler, Churchill, Roosevelt, Truman que o sucedeu poer causa de morte durante a guerra, Eisenhower e Sir Bernard Montgomery, sabiam, mas calaram para acabar com a guerra. O único que falou foi o General Patton, quem tomara Berlim e queria continuar a seguir com a União Soviética.

 

Estaline faleceu ao acabar a guerra e Nikita Krushov o sucedeu. Foi este ditador soviético que mandou preparar uma peça de teatro denominada O Vigário, em que acusa a Pio XII, apos a sua morte em 1958, de ser o Papa de Hitler, peça de teatro comentada e denegrida pelo Rabino de Nova Iorque David Devlim, por Einstein e Golda Meier.

 

Peça que vamos tratar no próximo texto.

 

Apenas lembrar que Pio XII afrontou os aliados dizendo: defendeis soberania e limites geográficos, mas nada fazedes pelos judeus que não são queridos por vós na vossa Pátria PIO XII como Secretário de Estado e como Papa. Pio XII foi declarado justo entre as nações em Israel, enquanto na Europa, um ominoso silêncio é guardado , com católicos a acreditar que Pio XII era fascista, sem olhar para a sua obra. Ou por inveja a sua obra! Penso que esta segunda parte, é a mais verdadeira.

 

É também com profunda preocupação que vejo como se lava a roupa no Vaticano: sempre suja para vários, como o Papa santo, Pio XII.

 

 

 

Raul Iturra

 

12 de Maio de 2014.

 

lautaro@netcabo.pt

 

 

 

 

 

 

 

Do Sabugal antes do tribunal desertou Pinto Monteiro

O interior do país desertificado é parecido com os guetos nazis. Quem o diz é quem de lá saiu sendo dos poucos que lá poderia ter ficado. E poderia ter contribuído para a fixação das populações, tomando iniciativas, fazendo valer a sua voz junto do estado central, reforçando o poder local. Mas não, veio para Lisboa fazer a vidinha e a partir daqui passou a indignar-se.

Segundo Pinto Monteiro, a desertificação do interior não decorre da saída das populações que rumam a outras paragens à procura de uma vida melhor. Não, isso interessa pouco, o importante é a saída do estado. O estado mesmo sem populações deve continuar imóvel. É que sem estado, o Sabugal torna-se um gueto de Varsóvia.

A raiz do mal

O Mal absoluto... nada é decorativo ou desviante da maturação da formidável ideia de que o nazismo - tomado como casulo histórico de um Mal absoluto - é fundado na renúncia maciça de pensamento individual, logo de consciência, logo de culpa de cada um dos seus agentes.

Uma ideia que não serve apenas para esse momento histórico, mas nos guia em cada encruzilhada civilizacional que havemos de encontrar. "Hanna Arendt - de Margareth Von Trotta ".

Muitos de nós quando despertaram para os horrores do holocausto colocavam a pergunta. Como foi possível? Um povo instruído, que tanto génio tem dado ao mundo? A resposta veio no argumento mais apresentado pelos criminosos de guerra na sala do Tribunal. "Executava ordens superiores".(leia-se, da hierarquia do estado).O que queria dizer "não ter culpa individual", "não ter consciência do mal que fazia"...

À direita com o fascismo a narrativa era a mesma. "A bem da nação, nada contra a nação". Quem não pensava da mesma forma era eliminado. Salazar, Mussolini, Franco, Pinochet e tantos outros. Uma ideia colectiva imposta como única pelo estado e a bem de toda a nação.

À esquerda, com o comunismo, está também presente a ideia colectiva do bem, que serve a todos e a que todos, individualmente, se devem vergar, mesmo que para isso seja necessário assassinar em massa, prender adversários políticos, manter na ignorância e na miséria a maioria do povo. É tudo pelo bem colectivo da nação. Corta-se cerce a consciência individual do bem e do mal.

Em Portugal, estamos, hoje por hoje, a assistir a um fenómeno estranhíssimo em democracia. O estado, com as suas corporações, empresas e negócios, quer fazer passar a ideia que as desigualdades entre "público" e "privado" são um bem colectivo e, como tal, devem ser preservadas. Para isso recorre a "slogans colectivos" contra os quais a consciência individual não tem lugar. "Direitos adquiridos", escola pública, saúde pública. O individuo não pode escolher, sem que corra o risco de ser classificado como "contrário ao interesse público". Que nunca ninguém explicou o que é! 

Tolerância zero contra o monstro neonazi

Na Grécia houve muita complacência com os inimigos da liberdade. Agora descobriram que até nas chefias da polícia há gente envolvida. Na política há muito que se sabia a ponto da Aurora Dourada ter obtido um resultado importante nas últimas eleições. Mas a verdadeira natureza do partido neonazi rapidamente se mostrou com actos violentos e mesmo o assassinato de um membro de um partido de esquerda.

A fera não demorou muito a levantar a cabeça. Oxalá não seja tarde.

Há muito que a polícia é acusada de tolerar ou até mesmo de ser cúmplice dos grupos de neonazis que ameaçam e espancam imigrantes e activistas da esquerda radical, mas a morte de Pavlos Fyssas - esfaqueado na madrugada do dia 18 por um confesso simpatizante do Aurora Dourada - funcionou como o despertador que desencadeou uma operação de repressão contra o partido.

Com a democracia e o estado de direito enfraquecidos à esquerda e à direita os inimigos da liberdade espreitam.