Isto porque, lembra João Bernardes, quando um hospital tem falhas na dotação das equipas tem de transferir as grávidas, desencadeando pressão noutras unidades.
Esta situação ficou patente no verão, durante o protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna, que deixaram de exercer as funções especializadas pelas quais não recebiam acréscimo de remuneração.
O hospital Santa Maria, por exemplo, já assumiu a carência de enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia, não só porque houve profissionais que foram para o privado, mas também porque outros preferiram ir trabalhar para os cuidados de saúde primários.
Contudo, o presidente do colégio da especialidade admite que possam ocorrer problemas idênticos noutras unidades.
João Bernardes refere que as equipas dos hospitais têm dotações de profissionais definidas, que estão no momento a "trabalhar no limite, sem folga nenhuma".
"Temos que, junto das hierarquias e da tutela, alertar para que se resolvam os problemas porque rapidamente se pode transformar num problema maior", afirmou.
As cativações de Centeno em todo o seu esplendor mas lá andam a aumentar os salários e pensões e arrebanhar votos.
Esta é uma das mais importantes consequencias da política económica seguida nos últimos anos. Deixar falir empresas sem competitividade e inovação e no lugar delas nascerem empresas modernas e competitivas. Este fenómeno está a acontecer em praticamente todos os sectores desde 2013 e 2014, acentuando-se no 1º semestre de 2015 .
O extraordinário comportamento das exportações que passaram de 24% do PIB para 42% do PIB é também consequência desta autêntica revolução que está em marcha no tecido empresarial. E,é claro, mais e melhor emprego. Por cada empresa que fechou nasceram 2,5 entre Janeiro e Junho de 2015 . Nasceram 21 129 empresas neste período.
Como é que a economia cresce, o tecido empresarial se renova, as exportações crescem fortemente e nada disto dá mais emprego é coisa que só o António Costa e a Catarina Martins conseguirão explicar já que, o Jerónimo de Sousa, velha raposa, tem o cuidado de falar só na destruição .
Nasceram mais crianças em Portugal no ano passado. Desde 2008 que o número de partos vinha a cair facto atribuído à falta de confiança dos jovens casais. Adivinhavam um futuro pouco promissor. Agora que a tendência se inverteu é porque a confiança num futuro melhor voltou. Há mais emprego.
Lembram-se daquela discussão sobre o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa ? O director do agrupamento hospitalar do médio Tejo ( Abrantes - Tomar - Torres Novas) explica :
O gestor lembrou ainda que, para além da anestesia epidural, a actividade cirúrgica da especialidade de ginecologia do CHMT passou este mês a ser assegurada pelos meios clínicos existentes na maternidade da Unidade Hospitalar de Abrantes.
A concentração da actividade cirúrgica de uma mesma especialidade, apontou, vai contribuir para "um melhor serviço às cidadãs, acrescentando eficiência na prestação de cuidados" de ginecologia/obstetrícia.
"A medida traz ganhos evidentes, não só em termos de eficiência, como também de segurança para as utentes".
Os hospitais centrais de Lisboa também deviam funcionar em regime complementar de valências até que sejam encerrados e derem lugar a um novo e moderno hospital. Há mesmo quem defenda que os velhos hospitais ( S. José-Santa Marta- Maternidade Alfredo da Costa- Curry Cabral- Capuchos e provavelmente D. Estefânea) não precisam de ser substituídos por um novo hospital face à muito elevada oferta hospitalar existente em Lisboa
A confiança dos portugueses pode medir-se de muitas formas. Uma delas, e das mais significativas, é o número de nascimentos. As mulheres portuguesas, que são mães mais tarde, olham para a situação do país com a confiança necessária para terem filhos.
A saída da Troika e a diminuição do desemprego nos últimos meses, nomeadamente do desemprego jovem, ajudaram a criar um clima de maior confiança e a alimentar a "sensação de que o pior já passou" o que pode ter contribuído para mais casais decidirem avançar.
Um país que antes da crise andou sempre pelos 100 000 nascimentos por ano está agora nos 83 511. É significativo porque é uma inversão da tendência de decréscimo registada nos últimos anos. E o mais curioso é que 2014 começou muito mal com os primeiros meses a registarem um número reduzido de nascimentos. Quer dizer que as crianças nascidas em 2014 foram concebidas já com o ano de 2013 a finar-se, justamente quando as boas notícias começaram a chegar. No Outono e no Inverno, a média mensal superou sempre em algumas centenas a registada em 2013.
Também contribuiu para estes nascimentos o facto de o governo ter colocado na agenda política a demografia - com a Comissão nomeada pelo governo a delinear um vasto programa de incentivos de apoio à família. ( medidas fiscais, conciliação trabalho/família, medidas ao nível da Educação, medidas sobre a saúde).
A oposição que se acautele, se o seu sentimento de desconfiança lhes der para não ter filhos, ainda vamos ter o país povoado de bébés de azul e laranja. Enfim, digo eu.