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BandaLarga

as autoestradas da informação

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É comovente a preocupação do BE e PS em estancar os prejuízos privados nos CTT

Como já foi claramente explicado vender os CTT foi um grande negócio para o estado. Renacionalizar os CTT é tudo o que os privados que os compraram mais desejam.

É comovente esta preocupação do PS em estancar os prejuízos dos privados que compraram os CTT e que agradeceriam aos céus a indemnização que receberiam pela nacionalização, livrando-os dos sarilhos em que se meteram. E, se tivermos em conta que, muito provavelmente, o Banco Central Europeu nunca permitiria que a parte bancária dos CTT fosse nacionalizada, apenas se nacionalizaria a parte dos CTT que dá prejuízos. Belo negócio para os privados, que receberiam uma indemnização para se verem livres dos serviços postais, que dão prejuízo, e que ficariam com os serviços financeiros para si.

Claro que a desculpa dada para a renacionalização não é resgatar os privados que investiram nos CTT. A desculpa é a preocupação com o interior. E, com certeza, alguns dos que a defendem fazem-no com a melhor das intenções. Mas o interior precisa é de serviços públicos que não estejam condenados ao desaparecimento e de investimento em coisas úteis e sustentáveis. Não de inutilidades românticas do século passado.

O PS pela voz de António Costa já veio travar a ignorância do BE .

Se é uma pechincha porque não aparecem compradores ?

VENDER AO DESBARATO
Um empresário português diz que não se pode vender o Novo Banco ao desbarato. Estamos, portanto, perante uma pechincha. Uma pechincha que, olhando para os candidatos à sua aquisição, curiosamente quase que não apareceram. Pela segunda vez, lembre-se. Ninguém repara na pechincha sem risco?
O dito empresário, perante uma oportunidade única, em vez de se organizar com outros empresários para agarrar a pechincha, o que propõe?
Nacionalizar. Então, que raio de empresário, não quer deitar a mão a uma oportunidade única?
Este filme é muito antigo. Que venha, como sempre, o burro do contribuinte assumir o risco e os custos. Ter opiniões é gratuito, meter a carteira própria a sustentá-las é outra conversa. Já a carteira do contribuinte, coitada, está sempre a ser chamada para a conversa. Compreendo. O contribuinte aquele que tem menor capacidade de se defender.
Mas este caso é paradigmático. Mostra a cultura empresarial dominante em Portugal, sempre encostada ao Estado.