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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Carlos César : O caminho comum do PS e do MPLA

Francisco Louçã não manda dizer por ninguém .

Nos congressos do MPLA desfilava uma procissão de políticos portugueses a tecer loas ao cônsul. Mesmo sendo membro da Internacional Socialista e parceiro do PS, o partido do poder procurava aliados em quase todos os quadrantes. Em 2016, de 17 a 20 de agosto, em mais um congresso de consagração de Dos Santos (e no período em que o nosso atual ministro já cuidava do “melhor relacionamento possível” com o “mais alto dos patamares”), o PS fez-se representar pela secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, e pelo presidente, Carlos César, que enfaticamente brindou os anfitriões com um “o MPLA e o PS têm trilhado um caminho comum, um continuado diálogo político e uma colaboração concreta em áreas de interesse mútuo, incluindo no âmbito da nossa família política no seio da Internacional Socialista. Estou convencido que esse caminho de proximidade será cada vez mais produtivo e a nossa presença neste congresso e a nossa saudação neste congresso é justamente para aqui testemunhar a garantia desse caminho novo de proximidade, de afetividade, de colaboração e de luta comum”.

Um PCP bipolar

O PCP que aplaude a política do MPLA em Angola é o mesmo que critica a política da União Europeia. O PCP aplaude um regime onde há fome e morrem crianças por falta de vacinas, de água canalizada e de saneamento básico. Onde o Presidente está no poder há 37 anos seguidos. Onde se prendem jovens por lerem e discutirem um livro.

Que se pode dizer de um partido que aplaude ditaduras ( Angola, Coreia do Norte, Venezuela...) e se afirma contra o sistema democrático europeu ? Como é possível levar a sério um partido que apoia um sistema liderado por uma minoria cleptómana e deixa na miséria a esmagadora maioria do seu povo ?

 O PCP não mudou nem muda, é preciso, é obrigatório não esquecer. Muito principalmente agora que está no governo pela mão do PS.