Basta olhar pelo lado dos doentes
Aí está uma reforma em curso das urgências após a morte do jovem em São José. O objectivo é o mais simples possível. Envolver em rede os recursos disponíveis e optimizar a sua utilização. Há muito que é assim no privado mas no estado os serviços funcionam na óptica dos interesses corporativos instalados . Morrem os doentes.
Há por aí uns sonâmbulos que nos querem fazer crer que estes crimes nada têm a ver com as reivindicações de quem se julga dono do estado. Não dás mais ? Então não brinco. E como por encanto aparece uma cortina de argumentos a defender o indefensável. Até há aquela frase idiota dos sindicalistas : se a greve não prejudicar ninguém não tem efeito nenhum. A ideia é, pois, prejudicar os utentes, só que na saúde joga-se com a vida e com a morte. Mas a ligeireza com que se decreta a greve é a mesma. Pelos direitos de quem tem trabalho e vencimento certinho ao fim do mês.
Os políticos dão a cobertura necessária, ignorante e demagógica, como é o caso de Maria de Belém que até foi ministra da saúde. Cortou-se demasiado e, pecado dos pecados, nas horas extraordinárias...
A reforma em preparação obriga a que o SNS se organize de modo a garantir uma resposta pronta e coordenada". Isto é, "exige que se proceda a uma profunda reorganização dos cuidados de saúde hospitalares nas várias regiões de saúde do país, apostando nos princípios da cooperação interinstitucional, da organização em rede e da partilha dos recursos disponíveis no SNS".
E eu a julgar que este era o trabalho da gigantesca estrutura que supervisiona o ministério da saúde