Ganhamos tempo vamos usá-lo com juízo diz o João Vieira Pereira no expresso. Os 25 milhões de turistas que nos visitavam todos os anos não vão regressar de um dia para o outro. O mais provável é um crescimento gradual do turismo.
E o impacto não será só no número de turistas mas também na forma de viajar de avião. Menos passageiros por avião e menos aviões. Ir aos USA para uma reunião de 2 horas já não é preciso se calhar já se pode fazer via Skyp . Os preços vão crescer e os passageiros vão diminuir.
Mas agora vamos ter tempo e dinheiro, muito dinheiro que vem da Europa.
Em vez de um apêndice mal amanhado no Montijo podemos construir um aeroporto novo. É melhor, mais seguro e ajuda mais a economia.
E as grandes infraestruturas como o comboio de grande velocidade para Madrid e a Terceira Ponte sobre o Tejo podem agora avançar.
As oportunidades de uma crise.Oxalá não se repitam os erros do passado.
Na semana que passou ficou claro que a geringonça está mesmo morta: Bloco, PCP e PEV recusaram-se a acudir ao PS e ao governo, tendo aliás nos casos do TC e do aeroporto do Montijo contribuído para tornar a posição dos socialistas ainda mais complicada.
Mas, além disso, às negas da esquerda somaram-se as do PSD. Os sociais-democratas juntaram-se às ameaças do PCP e do Bloco de chumbar a intenção governamental de mudar o decreto que permitiria a transformação da Base Aérea 6, no Montijo, num aeroporto internacional.
As medidas compensatórias ( por exemplo, as receitas da construção de habitação que com o aeroporto não são viáveis) vai obrigar o governo a abrir os cordões à bolsa para converter as autarquias comunistas.
O Zé sabe bem que está tudo montado. Vai pagar mais pelo aeroporto do Montijo. As indignações ambientais reduzem-se a umas quantas obras que custam umas dezenas de milhões e aguentem-se passarada.
O PSD não vai dar a mão ao PS obrigando o governo a negociar com as autarquias da margem sul. Não é nada a passarada, nem os peixes, muito menos o "sapal", isso é tudo conversa de encher.
António Costa já disse que não tem Plano B que é como quem diz "digam lá quanto querem?" . Voltar à estaca zero também custa muito dinheiro. Vamos ter aeroporto no Montijo mesmo sabendo que não é uma solução definitiva.
Estes governantes estão cada vez mais previsíveis, medíocres e batoteiros. Já não sei se feliz se infelizmente o país não tem dinheiro. É que mesmo sem dinheiro gasta-se à fartazana em obras de duvidosa utilidade.
Há dezenas de anos que se discute o novo aeroporto e não se conseguiu melhor do que uma solução presa por uma lei desproporcionada.
O ministro até já tinha engrossado a voz " muda-se a Lei" mas depois viu que a lei a mudar é da autoria do PS, de um governo em que António Costa era ministro. Com as pernas a tremer o Pedro Nuno, perante seis autarquias que não se vergam, já diz que a ser assim a obra não se faz.
A única opção que não foi comparada com as outras foi exactamente a do Montijo, mas foi esta que foi escolhida. Surpresos ? Foi José Sócrates que escreveu nos jornais há dois dias.
"O debate sobre a alteração da lei não é sobre uma localização em particular, é sobre se a lei está errada ou se é correta. Entendemos que a lei é desajustada e desproporcional pelo poder de veto que dá, no limite, a um só município", afirmou Pedro Nuno Santos, que falava num debate de atualidade, no parlamento, pedido pelo Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV).
Mas foi o governo de António Costa que deu à VINCI o poder de escolher a localização do novo aeroporto no Montijo . Ora, é bem de ver que a multinacional está-se nas tintas para o interesse nacional. E agora ?
O PSD devolveu as críticas ao dizer que a responsabilidade de não haver aeroporto "deve ser acatada ao Governo e aos partidos que lhe dão suporte político há cinco anos". Na intervenção inicial, o social-democrata defende que o Governo "criou um problema a si próprio" por não ter feito nada durante quatro anos.
Como se trata de uma barracada monumental o governo irá oferecer mundos e fundos para que os seis autarcas renitentes da margem sul mudem de opinião. Faz lembrar o " Queijo Limiano" onde o pântano de António Guterres começou.
Este ministro Pedro Nuno Santos, que pôs as pernas dos alemães a tremer, é bastante desajustado e desproporcional .
Aeroporto de Lisboa, novo aeroporto do Montijo, aeroporto de Beja e agora um novo aeroporto comercial na Base de Monte Real. Embrulha !
O ministro das infraestruturas é assim, não só pôs as pernas a tremer aos alemães como agora avança com um novo cluster industrial ferroviário. A cada um conforme as suas necessidades de cada um segundo as suas capacidades disse o Pedro Nuno no congresso do PS. E põe em prática. Embrulha !
Para quando é ? Quem paga ? Não façam perguntas estúpidas.
Quando cá chegam pela primeira vez os turistas ficam deslumbrados com o aeroporto. So near...
Li algures que o actual aeroporto de Lisboa era para ficar onde é agora a Alameda D. Afonso Henriques onde está o Instituto Superior Técnico . Alguém com visão conseguiu afastá-lo para perto mas que a muita gente parecia longe.
Santana Lopes vem agora novamente com a hipótese Alverca. Bastava alinhar uma nova pista na vila Ribatejana, paralela à pista única do Humberto Delgado e, dessa forma simples, a rota de aproximação das aeronaves já não se cruzavam. E Alverca há muito que tem lá as oficinas ( OGMA) e a pista .
Mas tem o inconveniente de não ser "so near " e de ser preciso gastar uns milhões em acessibilidades . Ora as aves do Montijo são mais fáceis e mais baratas de afastar . E as acessibilidades estão já lá só precisam de uns acrescendos.
O argumento maior dos ambientalistas é a existência no Montijo do enorme aquífero de água doce que se estende até à Arrábia que pode ser fortemente poluído com a actividade aeroportuária. Um avião de 5 em 5 minutos. Um desastre.
Está bem, se calhar até têm razão, mas está tão " so near "
António Costa cá anda no ilusionismo. Como se percebe claramente, hoje, não vai haver aeroporto nenhum no Montijo .
O acordo que parece ser o da construção de um novo aeroporto é, na verdade, o da expansão do atual Aeroporto Humberto Delgado, que vai aumentar a sua capacidade no curto prazo, para passar este ano já os 30 milhões de passageiros.
O acordo entre o Governo e a ANA era fundamental para permitir a revisão do acordo de concessão com a gestora de aeroportos, era fundamental para permitir uma nova fórmula de aumento das taxas aeroportuárias, essencial para financiar as obras de expansão do Humberto Delgado os tais 650 milhões de euros. Esta é também a prioridade da ANA, leia-se da Vinci, claro, que percebeu há muito que não tem de fazer um novo aeroporto, mas tem de fazer obras para expandir o atual.
Ou ainda não tinham percebido ? É a grande vantagem de Lisboa. Apanha-se o Metro e 15 minutos depois estamos no centro da cidade . Não há caso igual.
Do que se trata é expandir o aeroporto da Portela já e depois logo se vê . É que com a ancora do aeroporto actual só a solução Montijo serve . E com as eleições à porta é preciso mostrar "obra" nem que seja no papel.
Ninguém quer admitir que não há dinheiro para um grande e novo aeroporto que custaria uma pipa de massa que o Estado não tem ( o tal estado do BE que dá lucro...) e que a Vinci tem mas não está para lá enterrar.
Já agora vejam o vídeo de aproximação ao aeroporto Sá Carneiro no Porto. Sobrevoar a cidade aqui já não é um problema ?