O Portugal moderno não sobreviveria fora da União Europeia
O que o comissário alemão disse de realmente importante não foi que " a probabilidade de Portugal ter um segundo resgate ser maior que zero ", porque já todos sabíamos isso. O que realmente disse de importante " é que Portugal com 10 milhões de habitantes, sem capacidade de investigação e inovação, sem dinheiro para investir e com um mercado interno tão diminuto não conseguirá sobreviver como país moderno, fora da União Europeia, numa economia cada vez mais globalizada,".
Aqueles que defendem a saída de Portugal da zona Euro e da União Europeia apressaram-se a atirar para a comunicação social a sua indignação mas não pela razão certa. A mentirinha a que já nos habituaram.
Na verdade até o orçamento 2016, que falhou redondamente, mostra que não é possível retomar o crescimento da economia apenas pelo mercado interno. Assim, o bom senso fosse suficiente para tirar as lições devidas. Sem exportações sólidas e contas externas positivas o país continuará a patinar. Como já hoje é possível ver com o que se espera para os resultados orçamentais. E sem os subsídios estruturais europeus .
O comissário europeu reforçou que “Portugal é um dos países que mais vantagens tem” em pertencer à União, referindo-se à diferença entre o que Portugal contribui para o Orçamento europeu e as verbas europeias que são deslocadas para o país” — e pediu compreensão.
Os partidos que querem Portugal fora da União Europeia têm essa pretensão por razões ideológicas anticapitalistas não por razões de bem estar do povo.