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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Com muita censura e pouca confiança

PCP e BE puseram-se ao largo e não socorreram Costa . Muitas das suas perguntas são iguais às do CDS .

Com o PCP a distanciar-se, António Costa voltou-se para o Bloco a dar a entender que preferia uma relação a dois do que um triângulo político, quando disse que “os votos do PS e do BE ainda não formam uma maioria absoluta” — era uma referência implícita ao facto de o PCP ter chumbado o banco de terras ao lado da direita. “Ainda” não formam maioria absoluta. Quem sabe se no futuro? Era um convite?

A resposta mais esperada do PCP foi quando Oliveira avisou que a “rejeição” da moção de censura “não pode ser considerada como motivo de confiança”, embora depois dissesse que estava a falar das “opções e decisões tomadas quanto à prevenção e combate aos fogos florestais”.

A geringonça está a ser consumida em fogo lento...

As razões das moções de censura apresentadas por PCP e BE

Claro que nenhuma delas é "aproveitamento político " ou "truque grotesto" como é agora a apresentada pelo CDS. Isso dança ao sabor da música dos grandes detentores da verdade. Os que se atribuem coerência e ética superiores a todos os outros.

"Não vale a pena dirigir a questão ao PCP e ao BE que, respectivamente, qualificam a iniciativa de “aproveitamento político” e de “truque grotesco”. Não vale a pena porque os registos da Assembleia da República permitem-nos averiguar aquilo que, efectivamente, estes partidos consideram de gravidade política suficiente para justificar a pertinência de uma moção de censura. Nos últimos 10 anos (2008-2017), o PCP apresentou 6 moções de censura, uma das quais através do PEV – 2008, 2010, 2012 (Junho), 2012 (Outubro), 2013, 2014. O que as justificou? As ofensivas brutais “contra o valor dos salários” (2012), o “ataque brutal aos direitos dos trabalhadores” (2008), “a destruição da vida de tantos portugueses” (2012) e o “sentimento popular de rejeição da política de direita” (2014). Nesse mesmo período, o BE apresentou 3 moções de censura – 2008, 2011, 2012. O que as justificou? A “defesa das gerações sacrificadas” (2011), a recusa do “Tratado Orçamental” (2008) e o “direito aos salários e às pensões” (2012).

Claro que arder metade do país e morrerem 110 pessoas não justifica nenhuma moção de censura. Basta comparar com as razões apresentadas por PCP e BE.

Ó Catarina, afinal não foi perda de tempo

Cumprir com a Constituição e com as regras da Democracia nunca é perda de tempo. O BE é que , como partido não democrático ainda não sabe. A Catarina, deslumbrada, anda excitadíssima, todos os dias arranja uma notícia, um novo principio que passa a valer sobre todos os outros. Quem não vai na cantiga é o tio Jerónimo que começou por dizer que não era preciso documento nenhum, depois que não percebia a tal questão do deficit e que o acordo para o PCP era para validar caso a caso.

Para o PS vir a público queixar-se que não há acordo nenhum quer dizer que lá no sossego das reuniões a barafunda é muita e grave. Quem é o primeiro a recuar ? 

"Não votaremos nem apresentaremos nenhuma moção de rejeição se não tivermos em simultâneo a garantia que temos uma alternativa acordada e consolidada com os restantes partidos políticos".

Já no dia 28 de outubro, Carlos César garantira que o PS "só inviabiliza a constituição de um Governo que seja liderado pela coligação PaF (Portugal à Frente) existindo uma alternativa sólida e consolidada de Governo". E acrescentou: "O PS não deixa o país sem Governo".

O PCP volta a dizer que palavra de comunista é para cumprir, mas acordo escrito e detalhado é que não há.

Momentos sublimes na AR

João Galamba (PS) . A ausência de António José Seguro no debate da Moção de Censura é uma vergonha.

Luis Filipe Menezes (PSD) : O PCP quer pedir a reestruturação da dívida à União Europeia que detesta

António José Seguro (PS) : a moção de censura é um frete ao governo

António Filipe (PCP) : a economia está entrar em nova recessão

António Braga (PS) : quem não percebe que o que está a acontecer de bom a Portugal se deve aos mercados não percebe nada

Moção de Censura do PCP apoiada pelo PS

«A mais grave situação nacional desde os tempos do fascismo torna indesmentível o retrocesso económico e social a que conduziu a política de direita executada nos últimos 37 anos por sucessivos governos, agravada nos últimos anos pela execução dos PEC e do Pacto de Agressão assinado por PS, PSD e CDS com a troica estrangeira do FMI, BCE e Comissão Europeia.»

Na posição do PS há algo que me escapa!

O PCP a entalar o PS

Com a moção de censura do PCP de sexta feira o governo volta às vitórias. Porque ao PCP não interessa derrubar governos, interessa continuar a fazer o seu papel de "protestador mor".  Por isso, com o PCP está tudo bem, agora com o PS é que está tudo mal. Apoiar a moção de censura e pôr-se a reboque do PCP é de "cabo de esquadra". O próprio Seguro já disse que a moção é "fazer um frete ao governo".

O BE podia ter sido o parceiro à esquerda do PS mas os extremismos dão nisto. O PCP luta pela sobrevivência, não esquece que todos os partidos irmãos europeus que chegaram à governação desapareceram. Temos assim que esperar que o PS volte a ter maioria absoluta. Não tem outra forma de chegar à governação o que é muito mau para o partido mas bem pior para o país. O interesse nacional não se reduz a estes jogos de ideologia .

O frete ao governo

O PS vai votar favoravelmente a moção de censura que o PCP apresentará na AR. Um frete ao governo segundo Seguro. A moção de censura não passará e o governo vai renovar a confiança da maioria que o apoia sem mexer uma palha. Mas o PS tem que ser coerente, também já apresentou uma moção de censura e por isso não pode evitar a armadilha que lhe monta Jerónimo.

Incapazes de tirarem as ilações dos resultados das Europeias de ontem ( que só pode ser uma coligação alargada à esquerda à volta de um programa credível) dedicam-se ao foguetório habitual. Desta vez é o PCP que toma a iniciativa ganhando a dianteira. Vamos ver coisas destas durante algum tempo. Enquanto dentro do PS se encontra forma de enterrar Sócrates,  afastar Seguro e apresentar alguém que possa falar com credibilidade em crescimento, em transparência e na petição para a reestruturação da dívida. Até lá Jerónimo vai obrigar o PS a fazer muitos fretes ao governo. 

Camaradas, na AR vai ficar tudo na mesma...

O PCP quer apresentar uma Moção de Censura se os partidos do governo tiverem um resultado inferior a 30%. As sondagens dizem que o PC vai crescer mas para 12% não mais, será que com este resultado ganham as eleições? A verdade é que na noite das eleições o PC apresenta-se sempre como um dos vencedores mesmo perdendo. O PS que não está nada interessado em derrubar o governo também diz que a censura está em cima da mesa. Mas na AR, que é onde se fazem as contas finais, seja qual for o resultado de Domingo, PC+PS não conseguem fazer aprovar uma Moção de Censura. Lá vão dar mais uma vez oportunidade à maioria de reforçar a confiança no governo.

A segunda moção de confiança em menos de um mês

O governo viu aprovado o seu programa de governação para os dois próximos anos. É a segunda vez em pouco mais de um mês que o governo beneficia da confiança da maioria democrática existente na Assembleia da República. A primeira foi um tiro no pé dos Verdes.

O que ficou mais uma vez demonstrado é que ainda não apareceu um programa alternativo, consistente e credível . PC e BE querem a ruptura com o memorando da troika, com o Euro e com a UE. PS quer o poder mais tarde com os problemas maiores e mais difíceis resolvidos.

Há sinais vindos da economia interna e vizinha que mostram que a inversão está a ser conseguida. Aqui ao lado em Espanha o desemprego está a baixar consistentemente e cá entre nós também. As exportações ganham quota.

Teria sido um crime decretar eleições antecipadas. Soares e Alegre já não se ouvem. Estão a banhos e à espera das autárquicas para lançar António Costa.

O verde boomerang

Uma verde moção de censura converteu-se numa afirmação de coesão. Numa moção de confiança. E as regras são estas. Se aprovada, a moção de censura levaria o governo à demissão. Não sendo assim reafirmou a confiança da maioria no governo.

Não se pode lançar um boomerang sem antes proteger a cabeça com um capacete adequado. E não se pode dizer agora que o governo não saiu fortalecido. São as regras do jogo.