Este orçamento mostra bem a falta de margem de manobra que resulta do "milagre" da execução orçamental levada a efeito pelo governo anterior.
É por isto que a reacção orçamental portuguesa em 2020 ao impacto da actual pandemia foi tão comedida face ao que verificámos ter acontecido nos países a que agora chamamos frugais. Repetindo os erros do passado, fazemos figura na Europa usando caminhos fáceis e previsíveis que aquela fingiu não perceber. Quando a política orçamental pode ser relevante e, no imediato, útil a suprir as falhas de investimento do passado, a margem de manobra escasseia. É este, em termos gerais, o drama do Professor Leão no Orçamento para 2021. O caminho que ajudou a percorrer deixou-o agora de mãos quase atadas.
O Sporting não tem estratégia global, não tem uma situação financeira viável, não tem uma estratégia de comunicação e não tem uma estratégia desportiva para o futebol profissional.
Que faz a direcção ? Dá 10 milhões de euros por um treinador inexperiente, sem curriculum e benfiquista assumido. A direcção procura um milagre.
Se Varandas acha ( e Rubem acha) que com esta equipa vai conquistar campeonatos é por lhe estar a escapar alguma coisa. Ainda hoje tivemos (mais uma vez) a prova que se contam pelos dedos de uma só mão os jogadores que têm categoria para jogar numa equipa com as responsabilidades leoninas.
Que procura Rubem ? Aos 35 anos ficar rico ? Ninguém lhe pode levar a mal. Tem tudo a ganhar nada a perder. Poucos esperam que Rubem seja a solução. Perde uma carreira ? Aos 35 anos ninguém perde uma carreira dando passos atrás porque curriculum é mesmo isso. Um passo à frente dois atrás.
Há treinadores jovens que tiveram sucesso ? Há, muito poucos, mas mesmo esses nunca numa situação tão difícil como a do Sporting.
O Sporting vendeu os seus três melhores jogadores - Das Bost, Rafinha e Bruno - e comprou vários sendo que destes só um entra na equipa como titular.
Só é necessário um gestor financeiro quando há dinheiro porque, como se vê, gasta-se rapidamente com decisões impreparadas e voluntariosas à procura de um milagre.
Com estes 10 milhões a equipa podia reforçar-se com um defesa central com provas dadas ou com um lateral direito, ou com um médio ofensivo, ( se Palhinha volta) ou com um avançado com golos marcados...
Como se vê há tanto por onde gastar o dinheiro que mal se compreende que se gaste num treinador que não marca golos nem os defende.
As más notícias continuam com o alerta de que a partir de 2019 a subida do preço da eletricidade, principalmente para o mercado grossista, vai disparar; de que o preço do petróleo está a entrar na “zona vermelha” . E os juros estão a subir embora felizmente ainda não seja preocupante.
Pode ter sido uma estranha coincidência. E até pode ser que amanhã as notícias cor de rosa voltem à economia. Só que se a tudo isto juntarmos ainda esta notícia, onde fica claro que fomos um dos piores países do mundo a sair da crise, só podemos ficar preocupados.
A recuperação da crise entre nós está a ser uma das mais lentas a nível mundial.
A realidade que sai das últimas projeções europeias é diametralmente oposta ao milagre económico. Se os números não estiverem completamente errados, Portugal terá sido ultrapassado em 2018 pelos países do Alargamento. República Checa, Eslovénia, Eslováquia, repúblicas Bálticas têm agora um rendimento per capita superior ao português. Não tinham há quinze anos. E eram países significativamente mais atrasados que Portugal há trinta anos. Mas as más notícias não param. Portugal desceu de 84% em 1999 para 78% do rendimento per capita europeu em 2018. Portugal está hoje mais distante da média europeia do que em 1999. E ainda há mais. Olhando os países que ainda estão atrás de Portugal em 2018, se as trajetórias de crescimento não forem significativamente alteradas, Croácia, Hungria e Polónia ultrapassarão Portugal na próxima década. Quer isso dizer que, dentro de dez anos, com enorme probabilidade, apenas a Bulgária e a Roménia serão mais pobres que Portugal. E veremos o caso grego.
Em entrevista ao jornal espanhol La Voz de Galicia, Marcelo comenta as notícias recentes sobre a economia portuguesa lembrando que houve um “primeiro tempo, a primeira fase do milagre, que foi o período crítico em que os portugueses souberam sofrer sacrifícios muito pesados sem os quais não teria sido possível a segunda fase do milagre”.
Houve “mérito, há que dizê-lo, do governo anterior, do dr. Pedro Passos Coelho. O milagre começou aí”, atira Marcelo Rebelo de Sousa. Mas houve, então, uma “segunda fase do milagre, que foi quando com o novo governo — com uma composição oposta da anterior e apoiado por partidos que tinham uma posição muito crítica das políticas anteriores — se receou que pudesse romper com a recuperação das finanças públicas, isso não aconteceu”.
Foi assim não foi como a esquerda apresenta a narrativa tomando para si os méritos que pertencem a outros.
Está-lhes no sangue mentir. Também diziam no tempo da Maria Lurdes Rodrigues que as manifestações juntavam 150 000 pessoas algo que as imagens de helicóptero desmentiam. Nem metade do Terreiro do Paço estava cheio. Mentirosos .
O desfile foi convocado no mesmo dia, 29 de Maio, em que os colégios privados conseguiram reunir cerca de 40 mil pessoas em Lisboa, em protesto contra a decisão do ME, que foi agora concretizada por via de um novo concurso público.
Neste domingo, os colégios voltarão à rua, desta vez no Porto. Cuidado, olhem que o Nogueira é capaz de outro milagre mas desta vez de desmultiplicação...
O vice-presidente do BCE diz que após três anos de reformas o país realizou um milagre. Mas por favor continuem, também disse. Ora estas considerações não se compaginam com o que todos ouvimos. Vem aí um desastre social.
O comissário explicou que o novo Fundo Europeu de Investimento Estratégico visa apoiar sobretudo o sector privado, dizendo esperar que Portugal seja um beneficiário deste fundo, quer para viabilizar novos investimentos, quer também para captar capital para as empresas.
"Por favor, se acharem que é a avaliação de risco que está a condicionar o vosso projecto, usem este fundo", apelou perante uma plateia de empresários, numa conferência aberta por António Saraiva, presidente da CIP, e que contou com António Pires de Lima, ministro da Economia.
Em entrevista ao Negócios, publicada na edição desta segunda-feira, 16 de Março, o comissário tinha referido que o plano Juncker "nasceu a pensar em países como Portugal".