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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O Estado sabe tudo sobre o contribuinte e nada sobre o migrante

A dimensão das agressões sexuais que aconteceram na Alemanha e parece que em vários outros países só é explicável à lux da ignorância. A que muitos teimam em chamar tolerância.

A maioria de nós ainda não percebeu bem o que aconteceu, quem o fez e como. A própria srª Merkel, que deve estar mais informada do que qualquer um de nós, já arrepiou caminho quanto à generosidade com que olhava para os migrantes. É claro que não podemos viver lado a lado com gente que não conhecemos, cujos modos de vida são diferentes dos nossos e com princípios de vida que não são os nossos. Acrescentando que os estados também pouco sabem estão reunidas as condições para que as coisas corram mal.

As notícias são esquivas, confusas e a conta gotas. Se a origem estivesse nos indígenas dos locais onde as coisas aconteceram as notícias seriam bem mais concretas e mais ruidosas. Até porque o vizinho do lado sabe, o familiar também e a polícia lá do bairro anda informada. O contribuinte não tem refúgio até porque trabalha para pagar os impostos, tem pouco tempo para andar a perturbar a vida de gente inocente.

Que quem nos procura seja recebido com generosidade e dignidade tudo bem, mas é necessário que os princípios de vida e a Lei sejam cumpridos. Sem isso andamos todos perto da lei da selva.

Entre a firmeza de Valls e a visão de Merkel

O primeiro ministro francês defende que a Europa tem que ser firme perante a imigração ilegal . Refugiados e aqueles que procuram uma melhoria económica, não são a mesma coisa . E não se pode esquecer que os que nos procuram nem sequer são os mais pobres de todos. Esses não têm sequer dinheiro para pagar aos traficantes . Quem não é refugiado da guerra e não tem emprego tem que voltar para o seu país de origem. Não é possível à Europa absorver todos os migrantes do mundo.

Por outro lado, a Europa não pode afundar-se na xenofobia de grupos nazis . A Europa dos direitos humanos não pode ceder nos princípios democráticos e humanitários que são a sua imagem de marca . E a demografia também não pode permitir-se enxotar população jovem numa sociedade envelhecida.

A inclusão de todos, que é o que se pede à Europa,  não é o que se pede ao resto do mundo . Os campos de refugiados da ONU que existem há setenta anos, estão aí para o provar.

Uma líder

Defender o Espaço Shengen . É nestes momentos que se conhecem os líderes. Os que percebem o que é o essencial.

Tem paciência para manteres o que não conseguires mudar ; tem a coragem de mudar o que tem que ser mudado ; tem a inteligência de perceberes uma coisa e outra .

Três frases que só uma líder é capaz de construir :

"Os direitos civis universais têm uma ligação próxima com a Europa e com a sua história, enquanto princípio fundador da União Europeia".

"Se a Europa fracassar na questão dos refugiados, se esta ligação próxima com os direitos civis universais se quebrar, então esta não será a Europa que desejámos".

"Se não chegarmos a uma distribuição justa (dos refugiados), então a questão do futuro de Schengen vai colocar-se. Não queremos isso", disse Merkel, referindo-se ao espaço de livre circulação europeu.

E um facto : A Alemanha prepara-se para receber este ano 800.000 refugiados, quatro vezes mais que em 2014 e mais do que qualquer outro país europeu.

 

 

A Europa não pode absorver toda a miséria do mundo

Não é popular dizer isto mas, mais tarde ou mais cedo, a realidade vai obrigar a Europa a tomar decisões dolorosos. Vai ter que decidir quem é que fica dos migrantes que a procuram e quem vai ser devolvido aos seus países de origem . Há questões políticas, de segurança e  económicas que requerem atenção. Repare-se no silêncio da extrema direita e da extrema esquerda perante as vagas de migrantes .

Os países mais expostos à migração fecham os olhos à passagem dos milhares  de pessoas que procuram os países mais ricos e com maior capacidade de absorção. Mas nem todos  fogem da guerra . Há os que nos procuram por razões de trabalho e no meio da multidão há os terroristas .

Os refugiados, os que fogem da guerra, têm direito a protecção mas os restantes têm que ser devolvidos aos países de origem . Todos os que não conseguirem emprego.

 Um bom exemplo a seguir, para encontrar soluções justas e douradoras, é a a acalmia dos países mais próximos de Espanha, do outro lado do Mediterrâneo. Secou o movimento migratório para Espanha o que nos mostra que a solução está nos países de origem. Paz, mais justiça social e mais Democracia.