Os países do norte da Europa privilegiam o mercado único europeu enquanto os países do sul preferem a união monetária.
Ou ambos têm o que querem ou não terão nada porque não há mercado único sem união monetária e vice versa.
A Alemanha só terá dimensão ao lado de gigantes como os USA, a China e a Rússia, liderando o mercado único europeu com 500 milhões de consumidores, para não falar na inclinação, quando sozinha, de fazer porcaria da grossa.
Comentando o diferendo entre o Tribunal Constitucional alemão e a União Europeia, devido aos entraves que o primeiro coloca à compra de dívida pelo Banco Central Europeu, Centeno disse esperar “que o primado da legislação europeia sobre a nacional seja também desta vez respeitado”. E embora tenha reconhecido que os países do Sul da Europa tendem a valorizar mais a União Económica e Monetária, enquanto os países do Norte privilegiam o Mercado Comum, sustentou que “não andam um sem o outro e sem eles as nossas economias não seriam nem de perto nem de longe aquilo que são hoje”.
Apoiar as empresas existentes e suportar o seu relançamento com vista a retomar o mercado único europeu . E investimento privado nas 2,5 milhões de Pequenas e Médias Empresas europeias que representam 50% do PIB europeu.
A Europa tem que retomar a cadeia de valor industrial que perdeu para os países asiáticos. Comprar europeu é comprar mais qualidade, dar emprego aos europeus e manter a Europa líder na inovação.
Segundo o documento, a estratégia de saída europeia da crise e o plano de recuperação tem de assegurar que a Europa mantém a sua liderança económica, promover a educação, a formação e a inovação e adotar medidas para as médias empresas.
Para a federação, a recuperação da crise “não será simétrica”, assim “é crucial” ajudar as zonas mais vulneráveis e atingidas, devendo a União Europeia (UE) “trabalhar imediatamente” para restabelecer a livre circulação de bens, serviços e trabalhadores.
A EFB é uma federação com 15 organizações empresariais familiares, que representam um volume de negócios superior a um bilião de euros.
O Reino Unido tem mostrado como sair da União Europeia é uma decisão perigosa e difícil de por em prática. Há três anos que o Brexit se prepara para entrar "em coma" e ficar a marinhar até encontrar condições para o RU se manter na UE.
O mercado de 500 milhões de consumidores vizinho não é substituível por mercados a milhares de quilómetros de distância. As empresas há muito que sabem isso e a população jovem também só os grisalhos e os políticos ( embora sabendo) têm dificuldade em recuar.
O argumento é forte, trata-se de cumprir o resultado do referendo o que na mais antiga democracia do mundo conta muito. Mas virá o dia em que as condições para reverter o "coma" levarão a novo referendo.
Mesmo com os seus 80 milhões de pessoas o RU é um mercado pequeno entre os gigantes como a China (1,4 mil milhões) Índia ( 1 bilião), UE (500 milhões), USA ( 200 milhões), Mercosul ( 400 milhões).
Estamos perante uma enorme lição para todos os europeus e para todos os povos que mais tarde ou mais cedo enfrentarão o mesmo problema. Unirem-se com os vizinhos regionais.
E não é só na economia. No ambiente, na defesa, na saúde, só grandes espaços criarão condições para o combate ser frutuoso.
A primeira ministra britânica diz que : "“O Reino Unido prepara-se para sair da União Europeia, mas isso não significa que o Reino Unido vai sair da Europa”, disse Theresa May, sobre o acordo de saída do seu país da comunidade europeia, que ainda está longe de concluído. Uma das questões pendentes é a inclusão, ou não, do Reino Unido no mercado único europeu e aos mercados financeiros.
A vez de Emmanuel Macron falar sobre esse tema surgiu quando uma jornalista britânica lhe perguntou se a França queria “punir” os britânicos por quererem sair da União Europeia. “Eu não estou em posição de recompensar ou punir”, disse. “Tenho uma exigência, que é que o mercado único seja preservado. Por agora, a decisão está do lado britânico.” O Presidente francês continua a explicar a sua posição, referindo que “aqui não pode haver um acesso diferenciado aos mercados financeiros” e rematou: “Se querem ter acesso aos mercados, be my guest. Mas isso significa que têm de contribuir para o orçamento [europeu] e aceitar a legislação europeia. É isso que acontece com a Noruega”.
O Reino Unido não pode querer sol na eira e chuva no nabal .
Os fabricantes ingleses de automóveis avisaram o governo do Reino Unido que pagar mais 10% de taxas para acederem ao Mercado Europeu não é opção. Seria desastroso para a indústria inglesa.
Recorde-se que mais de metade dos veículos fabricados no Reino Unido, em 2015, tiveram como destino os mercados da UE. Sendo que a empresa de consultadoria PA Consulting previu já que, no caso de um chamado “Brexit duro” – ou seja, em que o Reino Unido deixe pura e simplesmente de fazer parte do Mercado Único -, o preço dos carros no Reino Unido acabe por aumentar, em média, 2.300 libras (cerca de 2.900 euros). Sem esquecer os prejuízos decorrentes da necessidade de transferir componentes entre as várias fábricas espalhadas pelo continente.
A tempestade na economia inglesa vai, provavelmente, ser mitigada com medidas que deixem o Reino Unido de fora mantendo-se dentro . Claro que as cedências serão recíprocas e o Brexit será mais formal que real. Para já limpam-se as armas antes da guerra que se adivinha nos corredores e gabinetes de Bruxelas.
A implementação do Brexit vai deixar à mostra as vantagens de pertencer à União Europeia . Que sirva de lição a quem por cá, numa economia minorca, exige a saída , no altar da ideologia comunista e neocomunista.