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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Os ingleses vão abrir o seu mercado ao frango americano lavado com cloro

Nos USA a lei é muito mais permissiva no que diz respeito aos químicos usados nos produtos alimentares. Como hormonas, medicamentos e outros químicos.

Se a UE não for firme nas negociações parte desses alimentos serão consumidos no mercado Europeu. Pior qualidade mas de preço mais baixo. Um bom exemplo são os frangos que na UE são lavados com água corrente mas que nos USA são lavados com cloro.

Claro que os USA não aceitam o argumento da saúde para eles trata-se apenas de uma desculpa .

Há 40 anos trabalhei numa empresa de rações e produção de carne e nessa altura já se dizia " terramicina ou terra para cima" . E aplicavam-se umas injecções de hormonas para o animal comer mais e pesar mais no matadouro. Até que puseram  as vacas a comer rações com carne de vaca incorporada. O resultado foram "as vacas loucas".

Este é apenas um exemplo de como a "submissão" a Bruxelas é bem mais razoável do que a "submissão" a Washington. Quem nos quer vender aquela do "control back" já deve ter comido coisas piores...

Eu remediadinho vou continuar a comer " pita pica no chão". Ora bem.

A Grécia regressa três anos depois de Portugal

Foi uma romaria de políticos da extrema esquerda à Grécia . Ia ser, confrontar a UE, negociar a dívida com "hair-cut", com as pernas dos alemães a tremer...

Depois veio a realidade. Três resgates depois e muitos milhões de empréstimos a Grécia voltou aos mercados com sucesso, cumprindo rigorosas medidas de contenção orçamental .

E a sua economia já está a crescer arrastada pelo crescimento da economia da Zona Euro.

Claro que ainda há muito caminho a percorrer, o mesmo caminho que Portugal tem percorrido nos últimos três anos .

Cumprir o programa da troika, fomentar investimento e crescimento e preparar a saída, com novas emissões e uma almofada financeira. As viúvas do BE calaram-se há muito, zangaram-se mesmo com o seu ídolo Tsipras mas, agora estão a apoiar o governo PS que controla o défice e executa os termos do Tratado Orçamental.

Verdade seja dita que o PCP não alinhou na romaria antes lançou um manifesto para "uma saída de Portugal do Euro" que morreu à nascença.

Até à próxima crise ficamos assim. Uma UE mais coesa, uma Zona Euro com as suas conhecidas fragilidades corrigidas e podemos esperar mais vinte anos de paz e progresso.

Entretanto na Venezuela tida como o "novo sol" do socialismo os cidadãos morrem à fome ou às mãos da polícia.

O Reino Unido quer sol na eira e chuva no nabal

Qual vai ser a relação entre o Reino Unido e a União Europeia depois do Brexit ? A primeira ministra quer que as empresas inglesas tenham acesso ao mercado único europeu e ao mesmo tempo recuperar o controlo das suas leis e das suas fronteiras. O melhor dos dois mundos.

No entanto, Theresa May ressalvou que o governo britânico também espera obter "o melhor negócio possível", nomeadamente "que as empresas possam continuar a fazer negócio, que as empresas britânicas possam continuar a operar dentro da UE e que as empresas europeias possam continuar a fazer comércio com o Reino Unido e operar dentro do Reino Unido".

Este discurso é para inglês ver já que os partidos que estão contra a saída insistem em saber qual é estratégia de negociação . Estamos perante mais uma experiência no dificil caminho que a Europa percorre antes de todos.

Para ter acesso ao mercado comum as empresas inglesas podem vir para Portugal

Aí está uma oportunidade muito importante e bem vinda. As empresas que operam a partir do mercado inglês e que têm no mercado da UE  o seu principal mercado podem deslocar-se para cá. Já temos muitas empresas ingleses no país, uma relação comercial muito forte de longo tempo, conhecemo-nos bem, todas as condições para que corra bem. É necessário agora que o governo abra portas e tome medidas para tornar o país mais competitivo . No plano administrativo e fiscal.

Não haverá uma UE " á la carte" mas poderá haver uma operação "Noruega",  a mais sensata é a pertença ao Espaço Económico Europeu, dá aos países o pleno acesso ao mercado único europeu, embora não tenham voz na política da União Europeia (UE).

A opção Noruega também tem desvantagens. Comprometeria várias mensagens--chave da campanha pela saída. Ela não permitiria que o Reino Unido reduzisse a livre circulação de trabalhadores da UE. O país continuaria a contribuir para o orçamento da UE. Os míticos 350 milhões de libras por semana não estariam disponíveis para gastar com o Serviço Nacional de Saúde.

O Brexit dá o melhor de dois mundos

Continuar a ser europeu sem as regras europeias. Livrar-se da burocracia de Bruxelas mas continuar no mercado europeu.

"Para não esquecer que estamos melhor juntos para negociar e alcançar um novo acordo com a União europeia, baseado no livre comércio e parceria e não num sistema federal". Volta a afirmar, como já o tinha feito na conferência de imprensa, que nunca é demais salientar que "o Reino Unido é parte da Europa e sê-lo-á sempre".

Continuará, acrescenta, cooperação nas artes, ciências, universidades e ambiente. E dá uma segurança: "os cidadãos comunitários que estejam a viver neste país terão os seus direitos totalmente protegidos, e o mesmo se aplica aos cidadãos britânicos a viver na União Europeia". "Os britânicos vão continuar a poder viajar, trabalhar, viver, estudar, comprar casas ou assentar vida na União Europeia". E acaba por deixar a ideia de que haverá um tratado de livre comércio.

Mas livrar-se-á das regras europeias e da imposição de leis, diz. Também conseguirá, com o Brexit, que o Governo britânico volte a ter o controlo da política de emigração, baseando-o num sistema de pontos.

O melhor de dois mundos.

A proposta do PC e do BE é uma enorme mentira

A verdade a que temos direito. Na verdade quem quer sair da UE quer continuar a aceder ao mercado europeu de 400 milhões de consumidores. Mas para aceder ao mercado único os países têm que cumprir as regras de Bruxelas.

Se a Suiça quiser vender um medicamento na UE tem que o produzir segundo as regras de Bruxelas. Portugal que tem na Espanha, na França e na Alemanha os seus maiores compradores só pode continuar a vender nesses mercados se cumprir as regras europeias. É possível Portugal ter uma economia sustentável sem aceder aos mercados com quem tem as maiores e melhores trocas comerciais, tecnológicas e de conhecimento ? Não é, como bem se entende. 

Com Portugal fora da UE a perda de soberania para Bruxelas seria maior do que a perdida por estar dentro .Porque ou perdíamos os maiores e melhores mercados ( que até nos asseguram o destino da emigração) por falta de cumprimento das regras do mercado único ou   Bruxelas seria ainda mais exigente.

Criou-se a ilusão de que depois da saída da União, a Grã-Bretanha recuperaria a soberania ao estabelecer regras próprias e ao mesmo tempo tendo a possibilidade de gozar do acesso total ao mercado único. O processo do Brexit está a desconstruir essa ilusão. Espera-se que PCP e BE aprendam com quem discute os assuntos abertamente e não se fecha em ideologias bafientas.

Ou então digam claramente e sem mentiras o que pretendem. Um país comunista de costas voltadas para as democracias da Europa ?

Maior ilusão é difícil de imaginar.

 

O governo não manda na TAP privatizada

A TAP deixou de ser uma empresa pública com a privatização. Se fosse necessário Rui Moreira mostrou como é que as empresas públicas operam em mercados concorrênciais. Obedecendo a práticas não comerciais que geram prejuízos que os contribuintes pagam.

A afirmação é dirigida ao presidente da Câmara do Porto, que defendeu a necessidade de o Governo dar ordens à TAP para restabelecer as ligações internacionais a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro. Rui Moreira quer que o Governo interceda para evitar a suspensão dos destinos para o estrangeiro que a empresa considera deficitários, mas “como era de prever” o executivo vai deixar essa decisão para a comissão executiva.

A TAP privada vai sobreviver, pública morreria ou, então, empobreciam os contribuintes

Bater de cabeça novamente no mercado interno

Diz Daniel Bessa, ex-ministro da Economia de Sócrates : A perda de foco no mercado externo, decorrente da promessa de alargamento do mercado interno, será má, de todos os pontos de vista, a todos os prazos.

Manuel Caldeira Cabral ( actual ministro da economia) tentou controlar os danos em recente entrevista. Pronunciou-se contra o aumento do salário mínimo para os valores que têm vindo a ser admitidos. Afirmou que para as empresas, a oferta ( leia-se a sua competitividade) é tão importante como a procura ( leia-se o aumento do consumo interno que se lhes encontra prometido ). Contrariou nestes dois pontos da maior importância, o discurso dominante nos três partidos que formam a actual maioria de governo.

Saberia já as funções que iria desempenhar quando deu esta entrevista ? Deu-a de forma concertada com o primeiro ministro ou por iniciativa própria ?

O PS julga que com as mesmas medidas vai ter resultados diferentes. Claro que a curto prazo o aumento do consumo é bom, mas depois vem a factura . Nessa altura o PS, já fora do governo, vai voltar a dizer que é contra a austeridade.

 

Não há no PS quem corrija António Costa ?

O dinheiro no bolso dos portugueses é que ainda não deu sinal de vida. Entrar na segunda fase do ciclo económico sem promessas que podem estragar tudo é o verdadeiro perigo ou, como diz António Costa, começar a puxar pelo consumo interno. As empresas deixariam de reforçar as exportações e voltavam-se para o mercado interno. A mesma situação que nos levou ao desastre.

"Agora, “o grande desafio para as empresas que conquistaram espaço no mercado exportador” é não cederem à tentação de se “voltarem para o mercado interno”. Ou então, alerta Daniel Traça, ao invés de termos uma “economia mais competitiva e resiliente”, corremos “o risco de regressar ao anterior ciclo económico” de desequilíbrio."

Não há no PS quem corrija António Costa ?

 

Salvar a PT se e só se vier a ser desmantelada

O governo não tem que meter o bedelho na PT . Há mais duas empresas no sector que asseguram o serviço aos cidadãos. E há empresas que se apresentam como interessadas na compra. Haja quem queira vender e quem queira comprar. Bem diferente é se a intenção é desmantelar a empresa e vendê-la aos bocados. Aí, nessa situação, o governo pode e deve intervir. O simples enunciado desta hipótese afastará quem queira fazer negócios rápidos e não esteja interessado em se manter no mercado.

Se os actuais concorrentes quiserem comprar a PT há condicionalismos de mercado e de concorrência que impedirão o negócio . Esta hipótese levaria mais tarde ou mais cedo a problemas de posição dominante no mercado e à progressiva redução da actividade da empresa dominada.

Resta atrair interessados que olhem para a PT como uma empresa viável, que passou a fase "vaca leiteira" onde muitos se saciaram até ao tutano. Há muita dívida e compromissos que têm que ser respeitados. Mesmo assim, trata-se de uma empresa largamente implantada no mercado, com experiência tecnológica relevante e com recursos humanos competentes.

Basta pois, deixar funcionar o mercado e afastar o estado. Se a empresa estiver em perigo e só nessa situação, é que o estado poderá facilitar uma solução entre privados. Mas que não se caia na tentação de voltar a fazer o mesmo caminho que levou a PT à presente situação.