...eu não percebo como é que as mesmas pessoas que hoje têm tantas certezas sobre o futuro do Brasil tinham tão poucas certezas sobre o Portugal de 2009, quando José Sócrates tinha acabado de exterminar o espaço noticioso mais influente do país, estava a tentar comprar o canal de televisão mais visto de Portugal, tinha sob o seu controlo a CGD e o BCP (do BES ainda não se sabia a missa a metade), fazia o que queria na PT, era acusado de corrupção no caso Freeport, tinha atrás de si um rasto infindável de suspeitas nunca justificadas, perseguia professores por causa de anedotas, processava jornalistas por dá cá aquela palha, tinha os serviços secretos na mão, namorava Hugo Chávez e Khadafi, espalhava insultos e grosserias através de blogues amigos e ministros desbocados (hoje grandes referências institucionais da nação), manipulava informações via Câmara Corporativa, controlava a ERC de forma obscena, colocava o arquivador-mor na Procuradoria-Geral da República, e por aí fora.
Em 2010 o défice foi de 11,2% do PIB , é preciso não esquecer os tremendos sacrifícios necessários para o baixar para próximo dos 4% . E agora que estamos abaixo dos 3% é preciso fazer contas para percebermos qual foi a dimensão da contribuição de cada um.
É feio tomarmos como nosso o mérito que pertence a outros. Pelo menos a grande redução conseguida em circunstancias bem mais difíceis pertence ao governo anterior.
São precisos mais de cinco milhões de euros para que a memória não se apague. Se não for o turismo tem que ser o estado . É esta a posição da câmara de Peniche.
Ao abandono e a caminhar para a ruína que já se antevê em grande parte do Forte, há quem ainda acredite que o estado fará agora o que não fez em 40 anos. Mas não é o povo de Peniche que acredita e assim sendo não pode ser ele a pagar.
A memória só não se apaga se alguém pagar a reabilitação agora e a manutenção no futuro . Isso faz-se dando vida ao Forte, com actividades comerciais e culturais. O resto são apenas boas intenções e mais uma ruína a prazo.
.... para a minha neta mais nova, May Malen, que, nestes minutos, voa de volta para sua casa… acompanho-a com a escrita do avô …
Tenho a sensação que nós, adultos maiores, desejamos uma descendência, como tenho escrito noutros ensaios do nosso blogue, divertida, carinhosa, sem temor, que saiba rir e nos traga felicidade.
Certo está quem escreve, existir uma geração nova, entre os netos e nós, os avós. Essa geração é a que sabe como tratar os seus pequenos, não grita, acompanha-os nas viagens por sítios perigosos, se não estivermos, as duas gerações, de forma silenciosa, a medir essas aventuras. De forma escondida, a observar, não por felonia ou protecção, mas para quem experimenta se se pode sentir seguro das suas aventuras. Aventuras que têm algum perigo para quem, ainda, nem tem uma racionalidade alternativa e não pode optar, perigo por ainda não ter aprendido como andar pelos terraços sem resguardo material ou emotivo das duas gerações, a do meio, os pais, e a mais velha, os pais dos pais, ou avós. Um pequeno desvario: em língua portuguesa, o plural de dois sexos diferentes, é masculino, donde devia ser avô, mas nesta relação a definição converte-se em feminina. Não como no plural de pai e mãe, sempre masculino, a isso não é certamente alheio o facto de, até há pouco tempo, quem trabalhava para o sustento ser o pai, enquanto a mãe criava. Factos que têm mudado e para os explicar, é preciso saber semiologia ou gramática, que é como quem diz, a história das palavras. Penso que a história é assim:
Se nos referirmos a um elemento do sexo masculino e a um do sexo feminino, o plural será avós, ou figura de retórica que consiste no emprego de uma palavra por outra com a qual se liga por uma relação lógica ou de proximidade. Os estudos metonímicos, dão uma grande volta para explicar a origem da forma feminina de um casal de pais: Quando se trata exclusivamente de pessoas do sexo masculino (o pai do pai ou o pai da mãe), o plural é avôs.
Assim, para designar o plural dos indivíduos de ambos os sexos, manteve-se a forma avós. Para o plural feminino, manteve-se, como seria lógico, a forma avós.
Houve, portanto, uma convergência do masculino e do feminino na palavra avós.
Para que o plural constituído apenas por indivíduos do sexo masculino se distinguisse, foi criada a forma avôs, que vai ajudando a reduzir a ambiguidade existente em avós.
Uma cumprida explicação racionalista ou cartesiana para explicar um sentimento.
Parece-me que emoções e sentimentos, têm formas de definição, mas após o estudo do consciente e o inconsciente da pessoa. Ou de entender que nas formas culturais e costumeiras os sentimentos têm apenas uma explicação por imitação, como diriam Freud, Klein e Miller.
O interessante é procurar uma grande volta para fugir da tristeza da neta que não está comigo. Qualquer forma de fugir da ausência de uma imagem sempre presente nos meus anseios de carinho, é uma sintaxe que permite desenhar essas formas adoradas, amadas, queridas, que tratamos com doçura, porque a doçura vem de volta na corrida aos braços do pai e da mãe, e essa domesticação da ferazinha domada, como aconteceu com May Malen e este Avô que é mesmo Avô e não Avó, por não existir uma mulher ao pé desse velho senhor.
May Malen corria, fugia de mim, até ao dia em que não olhei mais para ela, nem lhe falei nem ri. A sua curiosidade passou a ser uma intriga: se este senhor não me largava, porque é que agora nem fala comigo?
Foi a maneira de a seduzir e pô-la atrás de mim, à minha procura e a colaborar comigo nos meus trabalhos, a ser a menina do avô. Descobri a forma de me amar: nunca lhe tocar. É muito britânica para trocar carícias de corpo, excepto se for por brincadeira como os seus pais fazem.
Finalmente, aprendi a ter netos, netas e a ser avô. Carinho material e brincadeira.
A geração do medo sabe como se comportar. A geração mais velha, com a morte à porta, quer beijos e carinhos. Especialmente se é latina…
Ganhei uma neta!
Raúl Iturra
Parede, 26 de Abril de 2011, enquanto o avião aterra em Heatrhrow, Londres, no mesmo sítio e altura em que conheci a sua mãe, a minha adorada filha, nascida longe de mim, enquanto este Grandpa vagabundeava pelo mundo, como um pobre exilado….
May Malen, tu és, tu existes, lembraste de mim, excepto se faço carícias…
Isto é ser avô. As avós têm outras complicações. Mas é para elas as referir.
May Malen cresceu, fez cinco anos, começa a escola para ela, mas continua a fugir do avô.
A seguir a May Malen apareceu um mais novo que a dezoito de Agosto faz três anos. Doce e meigo como a mana, mas britânico: sempre a fugir das carícias. Entretêm-se com os seus primos neerlandeses ou holandeses, Tomas de 14 e Maira Rose, de onze. Com os avós, nem por isso. Para os britânicos sou Pío-Pío, para os neerlandeses, Opa Daddy. Para nenhum deles, Avô ou Abuelo.
Em frente de mim, dentro do meu grupo social, tenho várias alternativas para cumprimentar no designado dia do amor. Antes de ir mais em frente, pergunto-me o que é o dia do amor? Porquê um dia apenas e não todos os dias do ano? Como diz um jornalista do Diário de Notícias, de hoje, 14de Fevereiro de 2011: O dia de São Valentim, como o Natal, é quando o homem quiser. Certamente, refere-se ao homem e à mulher, ao companheiro e à companheira, ao casal. No entanto, com a nova lei do matrimónio, ao mudar as possibilidades do tipo de acasalamento, os cumprimentos de amor podem, finalmente, ser endereçados por todos e a todos, respeitando-se, assim, as opções emotivas, as formas de amar.
Ora bem, parece-me, que comemorar o dia do amor, como escrevi ontem, é apenas um dia comercial que nos obriga, pelo costume e o hábito social, a oferecer prendas a quem diz que nos ama, e que nós amamos também.
Mas se amar é estar apaixonado, o amor, por outras palavras, são sentimentos que induzem a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atracção. Esse sentimento, é de todos os dias, ou não tem realidade na vida a dois.
Hoje em dia, existe o divórcio, como uma saída para dois que não conseguem viver juntos. O divórcio nem sempre é a melhor das fugas, às vezes é de mútuo consentimento, outras, um dos membros não suporta mais o outro e manda-o sair de casa. Este, que sai de casa, até ama no quotidiano, mas ser só um a amar, não tem valor nenhum, apenas causa tristeza, excepto se quem fica em casa, tem a força suficiente para saber ficar só.
O divórcio é uma lei que pode ser actuada, materializada, que pode acontecer. Se é de comum acordo, deve ser a melhor saída para quem já não consegue coabitar. Eu diria que até é recomendável: alivia o espírito, deixa-nos em paz connosco e de portas abertas caso o amor aconteça outra vez. Mas, na minha experiência de investigador sobre o matrimónio, raramente acontece de novo. Pode acontecer com as vedetas, que assim fazem propaganda à sua imagem, mas porque de propaganda se trata, dura um curto espaço de tempo. É verdade que nem sempre se ama eternamente a mesma pessoa, até pode cansar. Esse divórcio é a alternativa para uma insuportável vida em comum, mas, atenção, se há descendentes pequenos que observam, esses pequenos ficam mal e tristes, carregando um peso emotivo que não lhes corresponde: a união matrimonial não é deles, eles são o resultado dessa união. Dos descontentamentos da relação dos seus pais, eles levam a parte mais dura: amam os dois, são protegidos pelos dois, acodem aos dois, em caso de necessidade emotiva e ou material. Normalmente encontram apoio, a maior parte divergente: se esses pais não se entendem, é natural que os conselhos dados aos filhos sejam também divergentes. Parece-me necessário dedicar um texto especial a este comentário, o que farei amanhã, passado o dia dos namorados, que é apenas uma comemoração de um sentimento que pode ser ou não, conforme o respeito entre os adultos.
Os adultos podem ser adulterados, por outras palavras, ainda não cresceram no respeito e no amor, na sua afectividade. Este comportamento, observado pela infância, é imitado – as crianças aprendem por imitação do comportamento adulto – ou rejeita o sentimento que leva ao divórcio, ou ao progenitor que lhe parece ter causado a separação. Parece-me que são as melhores ideias no denominado dia dos enamorados, que de amor, infelizmente, a maior parte das pessoas apenas comemoram o nome. Em minha opinião, o divórcio é um sentimento e não apenas uma atitude ou acção: separação de cônjuges por meio de dissolução judicial do matrimónio. O que a lei não diz, é o sentimento que essa acção judicial causa, porque deve ser imparcial, igual para todos, sem sentimentos no meio, senão seria terapia e não lei…
Não estou contra o dia de São Valentim, estou contra a mentira que esse dia causa nos que amam e são remetidos para a solidão e essa é a pior das traições, especialmente se para ela não há motivo racional.
No entanto, o amor não tem racionalidade, é um sentimento. Como tenho falado com as minhas filhas e netas e com a mulher que me protege e diz amar-me, como eu a ela.
Nada mais há para acrescentar. Amar é um sentimento que se respeita ou que afastas as pessoas, por vezes, no limite, sem nunca mais se verem.
Espero que as minhas netas, ainda não púberes, encontrem um dia essa pessoa que faça da sua vida um sabor a mel, como as suas mães, as minhas filhas, sabem manter, cuidar, respeitar, e os seus maridos também.
Para quem acredite no dia de São Valentim, boas festas. Para quem vive São Valentim todos os dias, respeito e solidariedade…com paixão.
A globalização do genocídio das crianças, antes, ontem e amanhã.
Embora os nomes dos actores tenham mudado, os factos continuam iguais. Não sou adivinho. Apenas observo o que acontece no mundo. Tremo de indignação.
Gostava de ver risos, notícias de que a vida está menos cara, saber que foi editada uma nova versão de uma obra de Bach, que o leite é mais barato, que os ordenados aumentaram, que a inflação está controlada por ter aumentado o Produto Interno Bruto (PIB).... Que não é apenas o Presidente Chávez da Venezuela a recuperar o cargo, ou que a Rainha-mãe da Grã-Bretanha, foi um exemplo de vida cuja história me agrada ler; pregou um grande susto ao Fascismo na Segunda Grande Guerra, ameaçando o ditador nazi que havia de sofrer as penas do inferno, antes de este se matar em desespero, esse ditador que costumava dizer que Lady Elizabeth Bowes (Londres, Inglaterra, apesar de ser de Strahmore, Escócia, 4 de Agosto de 1900 - Clarence House 30 de Março de 2002), casou em 1936 com Jorge, Duque de Yorque (Windsor,14 de Dezembro de 1895 – Buckingham, 6 de Fevereiro de 1952) que, pela renuncia à coroa do seu irmão mais velho, David para a família, Eduardo VIII como Rei, passou de Duque de Yorque, a Rei Jorge VI, e a sua mulher, de duquesa de Yorque, a Rainha consorte, e mãe da actual Rainha), era a sua inimiga mais terrível no mundo inteiro… O próprio ditador planeou raptar os Duques de Yorque, antes de serem Monarcas, por considerar a Duquesa, mais tarde Rainha, a sua pior inimiga: ela onde quer que fosse, falava da vida criminosa do ditador nazi e pedia ajuda para resgatar as mulheres alemãs, especialmente judias.
Sabe o leitor que sempre tenho lutado contra o fascismo, especialmente na sua versão nazi, tal como ando sempre a tocar os sinos para chamar a atenção sobre o sentir das crianças. Escrevi neste espaço de ensaios, em Setembro de 2008, um conjunto de ideias sob o título: Crianças, os senhores do mundo esmagam os fracos. Em Fevereiro de 2000, chamei a atenção para um debate político socialista - capitalista: Prostituição das crianças. "Devolvam-nos o pequeno, tempos em que a criança Elián González era o centro do debate entre Cuba e os USA. Debate que levou a que o meu artigo fosse publicado em castelhano, em Espanha e na América Latina. Em Janeiro de 2001 escrevi As ditaduras e o saber das crianças. Tinha visto os filmes de Spielberg A lista de Schindler e O império do sol, bem como o de Roberto Benigni A vida é bela e o de John Irving: Regras da casa. Fui ficando horrorizado pela experimentação de novas formas de acasalamento humano dos adultos, sem pensarem nas crianças envolvidas e sem tentarem entender como o conflito entre adultos se repercute nos mais novos.
Eu tentei ajudar-me com conversas e leituras da obra de Daniel Sampaio. Procurei entender enquanto escrevia os meus próprios livros. Mas nada mudava. Lia os jornais, via a televisão e cada dia parecia pior.
O Afeganistão foi atacado porque o orgulho do Governo americano não perdoa a morte lamentável de 4 mil pessoas da Indonésia, Colômbia, Japão, Chile e de outros países, nas torres gémeas de Nova Yorque.
O Iraque fechou as fronteiras aos refugiados do regime imposto pelos norte-americanos no feudal Estado Afegão.
O Paquistão obrigou-se a mudar de ideias e a aceitar refugiados, enquanto atacava os que lá iam ficando.
Israel pratica uma política de recuperação das terras que entende serem suas, enquanto os Palestinianos as defendem por as habitarem há centenas de anos.
O resultado é simples: fala-se das mortes dos soldados, mas nada se diz das mães que amamentam os seus filhos e menos ainda, dos pequenos que vão ficando empilhados por não se saberem defender das balas.
Os soldados estão em guerra, as crianças a crescer, a entender, a definir conceitos, a conhecer. Quem? Os seus? Quais? Os seus verdugos? Os inimigos? Os seus compatriotas? Muito importante deve ser o Papa João Paulo II, mas se não soube resgatar a Igreja da Natividade, de quantas crianças, no seu tempo, terá perdido o respeito? Muito condecorado terá sido Colin Powell, enquanto precisava do seu tempo para falar com adultos sempre em guerra e semear a paz. Como actualmente faz Hillary Clinton, que o substituiu ao mudar a Presidência dos EUA para Barak Obama. É 67ª Secretária de Estado dos Estados Unidos, servindo na administração do presidente estadunidense, viaja para todos os países em as crianças estão em perigo e impor a paz.
A ilógica lógica social desculpa o genocídio, com uma ideia tonta, estúpida, tola e anti-social: se uma criança morrer, mais quatro nascerão, para que queremos tanta população? É o que oiço e vejo ou nas ruas aos novos casados, sem pimenta nem sal…tolas, porem. Será o que pensa Bush ontem e Obama no dia actual? Ou os Sheiks dos Emiratos Árabes? Quando será o 25 de Abril de 1974 das crianças, vítimas do lucro do capital, essa grande maioria de proletariado, essas que trabalham para a panela comum, como diz o meu velho e sábio antigo patrão, professor e orientador, no seu ensaio Domestic Groups, Addison-Wesley Module, 1994, Universidade de Chicago.
Estou cansado de escrever e de falar. Diana de Gales, a improvável Rainha de Inglaterra, ainda viva, lutou contra o genocídio dos mais novos, provando o seu valor, esse que deviam ter as crianças, andando entre as minas para mostrar que se deviam eliminar as bombas que feriam as crianças. Teresa de Calcutá e as suas freiras, a ONU e os direitos da criança. Para que? Para que continue o extermínio dos mais novos, causado pela vaga do pensamento fascista que nos faz tremer e chorar? O genocídio do séc. XX entra dentro do séc. XXI pelas mãos daqueles que elas nem imaginavam que podiam matar crianças e as suas mães. Haja um Deus para sermos perdoados. Pena é que não exista nenhum. Preferia não ter escrito o que referi. Não adianta... é preciso mais um Das Kapital. Esse modo de produção está globalizado e globaliza a matança dos mais novos.
O genocídio é um crime de lesa-majestade que não deve ter perdão, pois coloca crianças em perigo, fere-as, levando-as mesmo à morte, angustia-as ou incapacita-as para qualquer actividade produtiva, começando pelas delas.
Qual o lucro? Qual o benefício de matar crianças? É um crime sem perdão que merece a invasão dos países que baleiam crianças, sem os seus adultos se importarem. Adultos que devem ser punidos com pena de morte.
Se Teresa de Calcutá abandonou uma vida regalada para trabalhar com leprosos, se Diane Spencer escondeu a sua dor de consorte, esse desapreço bem conhecido da família do seu marido, esse suposto herdeiro à monarquia britânica, soube, também, ensinar os seus filhos, especialmente ao mais velho, William, os deveres de um ser humano e de futuro rei.
Pense o leitor perante dados contraditórios, e faça o favor de comentar…
No es solamente de Tres de Mayo que yo queria escribir. Son de mis memorias de Tres de Mayo, que era una calle en la comuna de Conchalí, en Santiago de Chile. Una comuna que fue creada en la primera presidencia de la República de Chile del entonces General Carlos Ibáñez del Campo que fue dos veces presidente de Chile en períodos diferentes. Había nacido en Linares, ciudad centro sur de la República, el 3 de Noviembre de 1877 y muero en Santiago de Chile, el 28 de Abril de 1960. Su primer mandato fue entre 1927 y 1931 y el segundo, entre 1952 y 1958. Era un Presidente que desarrolló la industria, especialmente la remolacha en sus tierras de Linares, para exportar azúcar que era muy bien vendida. Junto con otras industrias, Santiago comenzó a crecer y fue necesario crear una nueva jurisdicción, que en Chile se llaman comunas, palabra derivada de la forma de de los invasores españoles que llegaron a Chile en 1535 con Diego de Almagro, que no se quedó, para recibir una nueva oleada de invasores en 1541 con Pedro de Valdivia e Inés de Suárez, que se quedaron y formaron el Reino de Chile, que en si independencia de ser colonia de la monarquía española el 18 de Septiembre de 1810, pasó a ser una República gobernadas por Presidentes elegidos para cuatro años de mandato, sin repetición en el tiempo de Ibáñez, aún cuando hoy en día pueden concurrir a un segundo mandato de otros cuatro años.
Carlos Ibáñez del Campo era un adicto a la historia y la nueva organización la denominó Conchalí, palabra de la Nación Mapuche, los dueños de la tierra hasta que los invasores se las quitaran. Ibáñez se basó en el nombre de un antiguo Cacique Mapuche, para reivindicar el nombre de la nueva comuna que en la lengua Mapuche, el mapudungu o el habla de la gente de la tierra en castellano, que algunos denominan mapudungun, por equivocación. Conchalí en mapudungu significa luz amarilla en castellano chileno. Ahí comenzó la historia de una comuna que tenía por nombres de calle, hechos históricos, como gustaba hacer al Presidente.
Para acceder a las calles de las habitaciones, había que ir por la Avenida Fermín Vivaceta Rupio, arquitecto, profesor universitario y bombero voluntario, nacido en Puente Alto, ciudad cercana a Santiago, en 1827 y fallecido en San Bernardo en 1890, también en las afueras de Santiago de Chile. Por debajo de cada placa que llevaba su nombre, estas fechas aparecían, bien como su obra más importante, que fueron, entre otras, Entre los edificios que se encargó de diseñar están la Casa Central de la Universidad de Chile, la torre de la iglesia de San Francisco, los asientos de la Alameda de las Delicias, el Mercado Central de Santiago, la iglesia de los Doce Apóstoles de Valparaíso y el Fuerte Bueras. Este trecho está retirado de su biografía, que puede ser leída en http://es.wikipedia.org/wiki/Ferm%C3%ADn_Vivaceta
En Santiago habitó en la comuna de Conchalí, que por Decreto de Ibáñez, mandó honrar los héroes de cada comuna. Conchalí (mapudungu: Luz amarilla) es una comuna del Gran Santiago (Chile). Limita al norte con las comunas de Quilicura y Huechuraba, al oriente con Recoleta, al sur con Independencia y Renca por el poniente. Creada por el DFL 8.583, promulgado el 30 de diciembre de 1927 por el Presidente Carlos Ibáñez del Campo.
La superficie comunal es de 1.060 ha urbanizadas, con una densidad de 145,5 hab/ha
Actualmente Conchalí está estructurado sobre la base de sus ejes metropolitanos, que son: Avda. Circunvalación Vespucio (Las Condes, Recoleta, Quilicura), Avda. Edo. Frei Montalva (conexión sur-norte de Chile), Vivaceta, Independencia. Guanaco y Av. Dorsal (ésta última, parte del futuro anillo intermedio de la ciudad). La diagonal J.M.Caro cruza desde Recoleta a la Avda. Panamericana, estructurando internamente la comuna de manera irregular. La historia toda se puede leer enhttp://es.wikipedia.org/wiki/Conchal%C3%AD , de donde la he retirado, así como de los libros de Historia de Chile, como el de Francisco Frías Valenzuela y Sergio Villalobos, como de mi curiosidad de ir a la biblioteca de la comuna a mis diez años y leer los manuscritos que no he olvidado.
Mi curiosidad se despertó el leer siempre el nombre de la quinta en que habitábamos en Santiago de Chile. Para mí, lector adicto, Tres de Mayo era una pintura de Goya de 1808, cuando un grupo de patriotas madrileños se rebelaron contra los invasores franceses qua habían puesto en una deliciosa prisión en Bayona al Rey de España, Fernando VII Borbón, que se divertía inmenso porque era bien atendido por su captor Napoleón Bonaparte, quién sentó en el trono de España a su hermano José, alcohólico, que no sabía gobernar. El día 2 de Mayo, el Regimiento de los Mamelucos los asaltó y mató a muchos. Napoleón mandó un contingente armado y fusilaron a los cabecillas el día 3. Eso era 3 de Mayo para mí, y para mis vecinos, a los que pregunté porque quería saber, no sabían nada y nada explicaban, como nuestros padres que no eran una biblioteca ambulante, con justa razón: tenían muchos hijos para criar y enseñar.
Desde ese día, cada vez que he ido a Madrid, visito el Museo de El Prado para ver las pinturas al óleo de Francisco de Goya y Lucientes, mide cuatro metros de altura y tres de largura. No es la única pintura, está también la del asalto de Los Mamelucos a los franceses, del mismo tamaño. El fusilamiento de los patriotas madrileños hizo revotarse a toda la población, hasta que José Bonaparte cayó y huyó para Sicilia. Napoleón no tenía más tiempo para ocuparse de España y el Borbón gordo volvió de su adorado exilio para gobernar y recuperar sus colonias del Nuevo Mundo. Los godos, como eran llamados por los criollos o descendientes de españoles nacidos en el nuevo Reino, volvieron a toda velocidad a los reinos latinos, pero perdieron porque el sabor de la libertad los hizo amar ser gobernados por ellos mismos y después de cuatro años de guerra, la conquistaron, arrinconando a los godos en la Isla de Chiloé, la primera de la costa desmembrada de Chile, que está conformado por islas a los largo de cientos de kilómetros, hasta llegar al fin del mundo, Punta Arenas y Puerto Aysén, frente al Polo Sur, o Antártica chilena, que posee tantos kilómetros como el Chile continental.
Chile se describe normalmente constituido por tres zonas. La primera de ellas, conocida como Chile continental, comprende una larga y estrecha franja de tierra en la costa occidental del Cono Sur que se extiende a lo largo de 4270 km, mayormente desde la ribera sudoriental del océano Pacífico hasta la cordillera de los Andes, entre los paralelos 17°29'57" S y 56°32' S. Alcanza un ancho máximo de 445 km en los 52°21' S, a la altura del estrecho de Magallanes, y un ancho mínimo de 90 km en los 31°37' S, entre Punta Amolanas y Paso de la Casa de Piedra. Limita al norte con Perú, al noreste con Bolivia, al este con Argentina, totalizando 6339 km de fronteras terrestres, y al sur con el paso Drake. La segunda, denominada Chile insular, corresponde a un conjunto de islas de origen volcánico en el océano Pacífico Sur: el archipiélago de Juan Fernández y las islas Desventuradas, pertenecientes a Sudamérica, la isla Salas y Gómez y la isla de Pascua, geográficamente ubicadas en la Polinesia. La tercera, llamada Territorio Chileno Antártico, es una zona de la Antártica o Antártida de 1 250 257,6 km² entre los meridianos 53° W y 90° W sobre la cual Chile reclama soberanía, prolongando su límite meridional hasta el Polo Sur. Esta reclamación está congelada según lo estipulado por el Tratado Antártico, del que Chile es signatario, sin que su firma constituya una renuncia. Debido a su presencia en América, Oceanía y la Antártica, Chile se define a sí mismo como un país tricontinental. Chile posee una costa de 6435 km de longitud y ejerce derechos exclusivos, reclamaciones de diverso grado y soberanía sobre su espacio marítimo, llamado Mar chileno. Este comprende cuatro zonas que también integran el territorio chileno: el mar territorial (120 827 km²), la zona contigua (131 669 km²), la zona económica exclusiva (3 681 989 km²) y la correspondiente plataforma continental (161 338 km²). Robado a http://es.wikipedia.org/wiki/Chile El alpinista o andinista Francisco Vio Giacaman, a quien siempre le envío textos en otros idiomas, Panchito para mí porque lo conocí antes que sus padres se casaran, sabe mucho más de todo esto porque es un escalador andinista en las Torres del Paine, en sus treinta y varios años de edad, su compañera y los hijos que tienen, que me hacen abuelo otra vez.
Parte de las torres del Paine, llamada Los Cuernos. No es la imagen más adecuada, pero la internet hace de las Torres del Paine un comercio, en que la imagen no me cabe en estas líneas. Quieran disculpar.
Para entra a Tres de Mayo, es necesario adentrarse por la calle 14 e la Fama, debido a una batalla en el Fuerte Tucapel, en donde 14 invasores defendieron el fuerte y la conquista de Chili, palabra de la Nación Aimara del norte de Chile, que significa en la lengua de ellos: chili, el fin del mundo. Eran 20 españoles, pero las huestes de Lautaro los atacaron y tuvieron que huir, quedando apenas 14, llamados por los godos, de la Fama, porque no solo salvaron la vida: supieron pelear, al mando del capitán Francisco de Villagra, que corrió con los otros a Cañete, palabra quichua, importada del Perú otro fuerte español para conquistar nacionales mapuche. No sabían que Valdivia, el mismo, estaba prisionera de la batalla o, para los españoles, el desastre de Tucapel. Desastre, porque lo que aconteció en esa batalla, el 25 de diciembre de 1553, fue que Valdivia fue juzgado por un tribunal mapuche orientado por Lautaro, que vivió con el nombre de Felipe y su novia Wakolda o Guacolda en castellano, más de 20 años entre los invasores y aprendieron su lengua, sus formas de guerra, sus leyes y castigos, como tengo narrado en otros textos de Banda Larga, especialmente en mis textos La muerte de los conquistadores y Lautaro, un ñidoltoqui o rey de los toqui, siendo toqui el jefe que ellos aceptan solo en las batallas para ser orientados. La Nación Mapuche no tiene jerarquías, solo en caso de peligro, como la batalla de Tucapel. La Batalla de Tucapel (también conocido como el Desastre de Tucapel) fue una batalla decisiva efectuada dentro del contexto de la Guerra de Arauco entre los mapuches liderados por Lautaro y las huestes de Pedro de Valdivia en la loma de Tucapel, Chile el 25 de diciembre de 1553 ó el 1 de enero de 1554. Resultó en una derrota para los españoles y la captura y muerte de Valdivia. Acabó el mito de la invencibilidad española en batallas campales entre los mapuches. Historia que se puede leer en http://es.wikipedia.org/wiki/Batalla_de_Tucapel .
Fecha 25 de diciembre de 1553[1] ó 1 de enero de 1554[2]
Lugar Tucapel, afueras de Cañete, Chile
Resultado Victoria mapuche decisiva
Muerte del gobernador de Chile
Primer alzamiento general (1553-1557)[
Los españoles no quedaron en paz, mandaron venir un ejército del Perú y mataron a Lautaro seis años después de la muerte de Valdivia. Si así no hubiera sido, como digo en los comentarios de los textos anteriores, Chile sería Mapuche. Pero sin su ñoquitoqui, huyeron y la guerra acabó por un largo tiempo.
Es lo que me enseñó la calle Tres de Mayo, 351, nuestra habitación con quinta en Santiago de Chile…
La casa, más tarde que los años de la fundación de la Comuna de Conchalí, era administrada por un joven ingeniero que intimaba con el Presidente, quién le aconsejó que se presentara a votaciones, porque Ibáñez del Campo de había hecho presidente de la República, después de un golpe de palacio para derrocar a la ideología fascista que comenzaba a aparecer entre algunos. Así lo hizo, y fue elegido Presidente de Chile con Mayoría.
Como recompensa, años más tarde, ya Presidente otra vez, le ofreció esa casa que él gestionó y llevó a vivir ahí a su mujer con cinco niños pequeños que jugaban futbol en uno de los patios de la quinta, una Nana con su hijo para cuidar a los niños y usar las partes de mayor extensión para sembrar una chacra, en donde tenía batatas o papas como se las llama en castellano chileno, tomate, lechugas y otros bienes de consumo para la casa. El Ingeniero tuvo la idea de regalar una pareja de conejos a los niños, que crecieron y se multiplicaron en menos de dos meses y se comían la chacra, las viñas y la Nana que se entretenía con eso, dijo: yo trabajo para los patrones, no para los conejos, y la chacra y las viñas desparecieron y los conejos, de dos, pasaron a ser más de cincuenta, que tuvieron que ser encerrado en una gran jaula llamada gallinero, con los animales que ponían huevos. Como se comían el gallinero y los huevos, los conejos acabaron: eran el regalo de la casa del Ingeniero y la chacra y la viña fueron restablecidos. Por los niños, que jugaban sus partidos en uno de los patios de tanto sitio como había en la quinta. Tres niños y tres niñas se disputaban la pelota con un fox terrier que también llevaba la pelota a los arcos, como otro niño. Le habían puesto el Toqui, porque mordía si le quitaban la pelota.
Cansados del futbol, hacían obras de teatros o celebraba misas, vestidos con las alfombras de la casa. Hasta que el colegio comenzó para todos y tuvieron que dejar los juegos y las misas para el fin de semana.
El vecindario era desconocido, la quinta era suficiente para sus diversiones y los niños más los conejos y el Toqui, ya eran muchos y no hacían falta más, porque allí aparecía la que era regidora de la comuna, María de la Cruz.
Fue, más tarde Diputada del Partido de Ibáñez, que a veces aparecía por allí, el PAL o Agrario Laborista, que prometía pan, techo y trabajo. María de la Cruz fue la primera en ser una mujer chilena que no solo votaba, pero que también era activa en la vida política. María de la Cruz Toledo (Chimbarongo, 18 de septiembre de 1912 - Santiago, 1 de septiembre de 1995) fue una políticachilena. Fue la primera ciudadana a ocupar un escaño en el Senado de la República de Chile, la primera Senadora de la República.
Me parece que es bueno que el lector sepa que la mujer no tenía derecho de voto en la República, hasta que María de la Cruz y otras, desfilaron y protestaron hasta que fueron apadrinadas por el propio Congreso bicameral. La historia se puede leer en http://www.elquehaydecierto.cl/noticia/politica/el-voto-femenino-en-chile-un-derecho-adquirido-un-dia-como-hoy , el 13 de Abril de 1926. Era un derecho restricto, después el Presidente Aguirre Cerda quiso promulgar una ley para el voto universal de las mujeres chilenas, pero murió antes de ver su proyecto aprobado y pronto para la promulgación. Fu e solo en 1949, bajo la presidencia del Presidente Traidor, Gabriel González Videla, es que el Congreso de Chile aprobó la ley que el traidor promulgó. María de la Cruz fue una de las que lucharon por el sufragio femenino fue más allá: podían elegir y ser elegidas. Para la juventud de hoy, no parece novedad, porque hemos tenido hasta Presidentes de la República femeninas, como Michelle Bachelet, que este 27 de Noviembre concurre otra vez a las elecciones presidenciales. Estamos ciertos que va a ganar. Una de las más famosas mujeres políticas en Chile, fue Hortensia Bussi de Allende, que acompañó a su marido en todas sus campañas y en su muerte. Su fama ha sido sucedida y bien, por la hija de ambos, Isabel Allende Bussi, Senadora por décadas. Mal las mujeres tuvieron derecho a voto en 1949, entraron como hecatombe a todas las actividades de mando. María de la Cruz fue la pionera. Amiga de Ibáñez del Campo, hacía discursos políticos mejores que el Presidente, parco en palabras. El ejemplo había sido dado por Eva Duarte de Perón en Argentina. No fue Presidente, pero gobernaba. Había un dictado: Perón gobierna, Evita ratifica, habría sido Presidente, pero el cáncer se la llevó a los 35 años. La segunda mujer de Peón, Isabel, fue electa Presidente de Argentina. Pero Evita fue el ejemplo para Violeta Chamorro, Presidenta de Nicaragua y otra antes, Laura Chinchilla Miranda, Presidenta y mujer de una etnia de Costa Rica. La historia de mujeres Presidentes, se puede leer en http://www.adnpolitico.com/2012/2012/02/06/las-presidentas-de-america-latina.
Esto ha sido la calle Tres de Mayo, que ya tenía historia, pero el 351, la quinta, tenía su historia propia, como le he relatado. Al Ingeniero le ofrecieron un cargo gubernamental en la segunda Presidencia da Carlos Ibáñez, que el rechazó: tenía mucho trabajo entre su industria y como propietario latifundista, y una familia para criar. La política no era para él. Solo agregar que el Ingeniero iba a las marchas con su mujer y su hijo más viejo, este escritor, en el medio del pueblo que marchaba, con un pan llamado marraqueta, del cual el pueblo, siempre sin dinero, se alimentaba. Además, era el símbolo del Partido Agrario Laborista-PAL-, ensartado en un palo y gritando: queremos comer, queremos pan.
Esta es la historia de Tres de Mayo, la de Goya, la de la nueva comuna y la del Nº 351, la casa quinta. Paro aquí, hay más para contar, pero es para los historiadores. Solo resta decir que fue la parte más alegre de nuestra vida.