Vamos ver se os srs. Medina e Salgado se safam neste meio lamacento. Há anos que Lisboa está a saque e que a sua Câmara Municipal passou a colossal central de negócios, onde manda um edil-infante e um "Dono Disto Tudo", outro Salgado, o homem que mais tempo esteve no poder nos Paços do Concelho (primo de Ricardo), controlando o acesso a todas as encomendas.
Não sabemos se a Operação Olissipus será conclusiva, mas que estes últimos anos cheiraram a infestação, lá isso cheiraram: o negócio da Torre de Picoas - onde subitamente o grupo Espírito Santo podia construir; o estranho caso dos terrenos de Entrecampos; a entrega em bandeja do espaço dos bombeiros ao Hospital da Luz (Grupo Espírito Santo); a misteriosa passagem da Quinta da Matinha (terrenos que eram da família Espírito Santo) para um fundo cujos verdadeiros proprietários são desconhecidos; uma disforme derrama hospitalar à beira-rio; demolições integrais ou parciais de edifícios fundamentais, como a moradia da Rua S. João da Mata, dos palacetes da Rua das Trinas e da Rua António Maria Cardoso, do Palácio de Rio Maior nas Portas de Santo Antão; destruições no Largo de S. Paulo; a delapidação da Garagem Liz; a recente moscambilha do quarteirão da Portugália; a obstinação na caríssima e complexa obra de prolongamento do metro do Rato até ao Cais do Sodré, etc.
Só o PM em exercício podia pedir ajuda externa . Só o governo podia ser responsável pela quase bancarrota. E pela elevada dívida e altíssimos juros .
Mas a narrativa rapidamente atribuiu a responsabilidade à oposição que chumbou o PEC lV , a mesma oposição que aprovou os PEC l , ll, e lll sem resultados. E se a oposição tivesse chumbado desde logo o PEC l não teríamos conseguido salvar o país mais precocemente da Troika ?
E quando o governo de Passos Coelho começou a executar o Plano da Troika , desenhado pelo ministro das finanças , ( mais quem ? ) logo o PS e os poderes que continuaram nas suas mãos se levantaram num clamor. As Grândoladas , as reuniões na Aula Magna, as perseguições a ministros em exercício .
O PS e Sócrates rapidamente deixaram de ter qualquer responsabilidade e só agora com as evidências aparecem figuras a responsabilizar o partido e o ex- PM . Como é que o partido levou em ombros toda uma geração de políticos que destruiu uma parte muito importante da nossa economia e que mantém o país na pobreza ?
Ao salvar a pele, juntando-se ao BE e ao PCP, Costa fechou as portas às reformas na Administração Pública, na Justiça, no Sistema eleitoral, na Constituição, no SNS e na Educação . E assim o país jaz no fundo da tabela dos países europeus, sem desenvolvimento e deixando-se ultrapassar pelos países mais pobres, os ex - URSS .
O ajuste de contas vai (está ) ser feio . Sócrates já apontou o dedo ao mandante .
Transformam tudo no que tocam mas não é em ouro. E acreditar em "meninos de ouro" assusta, porque é uma forma manhosa de nos venderem homens providenciais. Eu, por mim, quando me falam em homens salvadores da pátria o mais que faço é tirar as mãos dos bolsos para me defender.
Primeiro foi António Guterres ( por quem tenho admiração) que deixou o país num pântano ; a seguir foi Sócrates que deixou o país na bancarrota; agora é Fernando Medina que chegou a presidente da câmara sem ganhar eleições ( tal como Costa chegou a primeiro ministro).
É altura de recolhimento e muitas preces. O último pecador foi Mário Soares e foi o melhor de todos.
Agora há indícios que os amigos de Sócrates também pagaram ao "Abrantes" blogger conhecido pela sua generosa defesa do ex-PM . E não querem ver - cruzes canhoto - que o filho do blogger é assessor do Presidente da Câmara de Lisboa ? É um azar do catano, levanta-se uma pedra e lá está um primo, um tio, um amigo, um filho de um apoiante pago. Porra é demais, convenhamos.
"Foi José Sócrates que recomendou António Peixoto para assessor político? Ou foi o senhor que recomendou António Peixoto para blogger?", questiona o líder do PSD Lisboa que quer também saber se "as qualidades evidenciadas por António Peixoto, enquanto adulador, foram tidos em conta para a sua contratação".
Quanto a Sócrates é o que se vê, por onde passa deixa rasto