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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Um orçamento eleitoralista insustentável com a economia a arrefecer

Distribuir dinheiro a tudo e a todos com o objectivo de chegar à maioria absoluta. Sabemos como nos casos anteriores o que aconteceu ao país. E para medidas iguais é idiota pensar que os resultados serão diferentes.

  1. Há, todavia, uma grande dúvida – Tudo isto será sustentável a prazo, quando a economia arrefecer?
  •          O período que estamos a viver é muito parecido com o tempo do primeiro governo de António Guterres, há 20 anos: também o Governo era minoritário; também a economia estava a crescer; também era "chapa ganha, chapa gasta"; também o Governo distribuía dinheiro por toda a gente para tentar a maioria absoluta.
  •          Depois, foi o que se viu: o PS não conseguiu a maioria absoluta; a seguir veio o pântano; e depois começou a crise que demorou estes anos todos.
  •          É bom agradar às pessoas e melhorar o seu nível de vida. Mas, se não houver conta, peso e medida, o que se ganha hoje perde-se amanhã.

 

É assim que se degrada o Serviço Nacional de Saúde

Marques Mendes :

RUPTURA NOS HOSPITAIS?

  1.      Está a aproximar-se um Verão Quente na Saúde em Portugal. Dentro de poucas semanas podemos começar a ter um verdadeiro pandemónio nos nossos hospitais. Tudo porque no dia 1 de Julho entra em vigor o novo regime de 35 horas para enfermeiros e pessoal auxiliar dos hospitais. O que é que isto significa?
  •        Primeiro: que este pessoal vai trabalhar menos 5 horas por semana;
  •        Segundo: que isto obriga, em princípio, à contratação de mais dois ou três mil trabalhadores;
  •        Terceiro: que o Estado, ao que parece, não vai contratá-los, por falta de autorização das Finanças;
  •        Finalmente: que, assim sendo, haverá consequências – encerramento de serviços; diminuição do número de camas e de atendimentos hospitalares; degradação do funcionamento dos nossos hospitais.
  1.      Só há uma conclusão a tirar: leviandade do Governo – ou antes ou agora.

a)     Se o Governo tomou uma decisão e não mediu as consequências, é um Governo leviano – porque não fez estudos, não fez contas e não fez planeamento;

b)     Se o Governo mediu as consequências, fez contas e agora não cumpre, admitindo os novos trabalhadores que são necessários, então volta a ser leviano;

c)      Em qualquer caso, uma coisa é certa: quem paga a factura é o doente. O Governo enche a boca com a defesa do SNS, fica bem na fotografia porque reduziu o tempo de trabalho mas depois, no terreno, os hospitais rompem pelas costuras. É assim que se degrada o SNS.

 

 

Um orçamento para eleições não para as próximas gerações

Marques Mendes junta-se aos muitos que apontam a imprudência do orçamento apresentado.

É um OE de "abrir a sério os cordões à bolsa". Praticamente toda a folga económica existente é gasta a satisfazer as clientelas da geringonça;
• É um OE virado para eleições. Para eleições em 2018, caso haja uma crise (improvável). Ou para eleições em 2019, fazendo com que o PS aproveite 2018 para se consolidar já em alta nas sondagens.

Devíamos ter aproveitado a "folga" económica para uma maior redução do défice e da dívida. Quanto ao défice, como disse Daniel Bessa esta semana, com este crescimento económico já devia estar a 0%. E quanto à dívida, há uma redução mas devia ser bem maior. Afinal, é o nosso calcanhar de Aquiles.
• Numa palavra: olhou-se para o imediato, não para o médio prazo; tudo isto é obra de políticos, não de estadistas; pensou-se nas próximas eleições, não nas próximas gerações.

É a economia, António

Distribuir, redistribuir , é tudo muito bonito mas não resolve problema nenhum relevante até porque é feito a favor de alguns e com o aumento de impostos de todos. O dinheiro é o mesmo só circula . A verdadeira mudança, a que pode resolver problemas é criar mais riqueza, por a economia a crescer. Ora isso é de uma pobreza franciscana . E os credores não vão em cantigas. Olhe-se para o comportamento dos juros.

JUROS DA DÍVIDA

 

  1.       Esta é, muito provavelmente, o tema mais delicado da situação financeira de Portugal. E, todavia, uma grande parte dos responsáveis políticos, a começar no Governo, continua a desvalorizar este assunto. Apesar de, ainda esta semana, os juros da dívida a 10 anos terem ultrapassado, de novo, a fasquia mítica dos 4%.

 

  1.       A verdade é que no espaço de um ano, um ano apenas, os juros da dívida portuguesa se agravaram de forma muito significativa. Vejamos só dois exemplos:

a)      Se compararmos a primeira emissão de dívida a 10 anos, realizada em Janeiro de 2016, com a primeira de 2017, a conclusão é clara e preocupante – o custo do nosso financiamento agravou-se em 43%

b)      Se compararmos, no mesmo espaço de um ano, o nosso diferencial para a Alemanha, a conclusão é também perigosa – em 2016, Portugal pagava juros 5 vezes mais caros que a Alemanha; em 2017, passámos a pagar juros 8,5 vezes mais caros. Num ano deixámos agravar a situação.

 

  1.       Tudo isto porquê? Sobretudo por duas razões:

a)      Baixo crescimento económico;

b)      Os elevados valores da nossa dívida em geral e da nossa dívida pública em particular.

c)      Ou seja, enquanto continuarmos com um crescimento anémico, estaremos sempre no fio da navalha.

Juros da dívida soberana em Portugal, Grécia, Irlanda, Itália e Espanha cerca das 08:50:

2 anos… 5 anos… 10 anos

Portugal

30/01……0,033…2,162….4,199

27/01……0,017…2,091….4,107

Grécia

30/01……7,512….n disp….7,133

27/01……7,433….n disp….7,106

Irlanda

30/01…..-0,474….0,163…..1,210

27/01…..-0,470….0,128…..1,150

Itália

30/01……0,020….0,937……2,296

27/01…..-0,006….0,861……2,221

Espanha

30/01…..-0,267….0,358……1,625

27/01…..-0,278….0,309……1,578

Fonte: Bloomberg Valores de ‘bid’ (juros exigidos pelos investidores para comprarem dívida) que compara com fecho da última sessão.

 

Marques Mendes falou sobre os juros ...

A SUBIDA DOS JUROS DA DÍVIDA
 

Em matéria de juros da dívida pública, Portugal não entrou com o pé direito em 2017. Bem pelo contrário. Os dados que existem são preocupantes:

 

Primeiro: Portugal emitiu esta semana 3 mil milhões de euros de dívida. Qual foi o juro? 4,2%.

O juro mais alto desde Fevereiro de 2014 (troika);

Muito acima da média de juros que Portugal paga (3,4%).

 

Segundo: ao contrário do que diz o Governo, este agravamento dos nossos juros não é apenas uma questão externa. Vejamos os três que tiveram resgates:

No espaço de um ano, os juros da dívida espanhola e irlandesa baixaram. No mesmo período, os juros da dívida portuguesa subiram e muito.

Ou seja, a conjuntura externa é igual para todos. Apesar disso, a Irlanda melhorou, a Espanha melhorou e Portugal piorou e muito a sua posição.

Em conclusão: há um problema de falta de confiança em Portugal. Cuidemos, pois, do essencial: pôr a economia a crescer e recuperar a confiança abalada.

É sobre isto que a oposição devia falar, mais do que sobre a TSU. Infelizmente, até a oposição está em silêncio.

Resistir é governar ? por Luis Faria

Caro Luís Marques Mendes, digo-lhe o seguinte: o governo e os seus acólitos estão a confundir capacidade de resistência com estratégia política. A esquerda acha que está a ganhar porque está a aguentar. Não porque esteja realmente a chegar a lado algum, ou porque tenha encontrado um caminho alternativo para a sustentabilidade das finanças públicas. Não há qualquer tempo novo para o país, nenhuma página foi virada, e muito menos a da austeridade. A única estratégia política de António Costa é resistir, gerir os problemas do presente e atrasar ao máximo os problemas do futuro. Soluções não existem, existem apenas adiamentos. As cativações não são um exclusivo de Mário Centeno. Todo o governo é uma imensa cativação, cativado à direita pelas regras da União Europeia e cativado à esquerda pelos pactos que assinou com o Bloco e com o PCP.

De facto, o diabo não chegou em Setembro, ou se chegou, anda por aí muito discreto e só à vista de quem olha para ele com atenção, porque o diabo está nos detalhes. Mas eu não me fiaria na virgem para o manter afastado para sempre ...

 

Para comprar uma casa pagam-se cinco impostos

Já é conhecido pelo " saque da Mortágua" o novo imposto sobre o imobiliário .

"Se surgir o Novo imposto sobre o património, poderá ser o primeiro grande erro estratégico de António Costa", diz Marques Mendes que considera que "se este imposto for por diante provavelmente vamos ter menos investimento e menos IMI".

"Para comprar uma casa uma pessoa paga cinco impostos: IRS pelos rendimentos que permitem comprar uma casa. A seguir para a compra da casa paga IMT (antiga Sisa) e imposto de selo. Depois para ter a casa paga IMI, todos os anos, e se este for por diante, paga um novo IMI mas ao Estado e não às autarquias. Isto é um assalto fiscal, não é justiça fiscal", diz Marques Mendes que apelida de violência.

Depois dos vistos Gold, mais um imposto. Depois de incentivos ao investimento de estrangeiros na compra de casa em Portugal, (investimento mínimo de 500 mil euros) e agora aplica-lhes mais um imposto, lembra Marques Mendes.

Vai afastar investidores nacionais e estrangeiros, diz.

Tal como os outros o PCP para manter o poder faz o que for preciso

Luis Marques Mendes :

SONDAGEM SIC/EXPRESSO

 

Dois dados muito importantes nesta sondagem:

Os portugueses não querem crise política nem acreditam que haja.

A haver eleições antecipadas, PS e BE seriam suficientes para formar governo e PCP tornar-se-ia descartável.

 

O que é que isto prova? Que não haverá crise política nos próximos tempos, designadamente a pretexto da aprovação do próximo Orçamento. Desiludam-se os que já pensavam em eleições antecipadas. E porquê? Por 2 razões claras:

Primeiro: Porque quem abrisse uma crise política, fosse o PS, o BE ou o PCP, seria penalizado. Os portugueses querem estabilidade e não crises.

Segundo: Porque em relação àquele que, em teoria, mais poderia provocar uma crise – o PCP – esta sondagem prova que o PCP nunca dará esse passo.

Porque o PCP é o que mais tem a perder com uma crise. Poderia perder votos para o BE e depois ser descartado da coligação (PS e BE seriam suficientes para fazer coligação). Ou seja: com uma crise o PCP perderia em toda a linha.

Mas dir-se-á: Como é que o PCP pode aprovar um OE restrictivo? O PCP é muito profissional, move-se por objectivos e não brinca em serviço. Se for preciso engolir um sapo (ou uma montanha de sapos) fá-lo tranquilamente como já o fez há 30 anos quando votou em Mário Soares. Só não sabe isto quem não conhece o profissionalismo do PCP.

 

 

 

A Grécia é um pesadelo para o PS

O Syriza tem apenas 2% das intenções de voto a mais em relação à Nova Democracia, viu criar-se um novo partido a partir das suas entranhas e a presidente do Parlamento prepara-se para constituir outro partido. Tal como o BE em Portugal, o Syriza está transformado em barriga de aluguer.

O que há em comum é o ego excessivo destes dirigentes que precisam de um partido só para eles. Incapazes de cedências e consensos deitam borda fora o menino com a água do banho.

Marques Mendes defendeu ainda que "a Grécia é um pesadelo para o PS. Para o social-democrata "por comparação com Portugal, todo o caso grego vai pesar bastante nas eleições", uma vez que "a aventura do Syriza só agravou a vida dos gregos" e "porque António Costa cometeu a imprudência de se deixar associar ao Syriza e agora paga a factura desse erro".

Não há bons ventos quando não se sabe qual o porto de abrigo.

Aceitam-se apostas

Qual é a muito boa notícia que Marques Mendes ontem deixou no ar para o principio da semana? É um relatório de uma instituição sobre a situação de Portugal. Eu aposto no crescimento da economia no 4º trimestre. Tudo aponta para isso. As exportações continuam a portar-se bem, os portugueses estão a consumir mais ( como se vê pela utilização dos cartões).

Por outro lado, ontem Frasquinho veio admitir que o deficit deste ano será cumprido e já por aí se ouvem vozes a querer gastar por conta a folga que o Orçamento ( 300 a 500 milhões) terá.

Outra descida no desemprego? Seria muito importante que a tendência se confirmasse. A União bancária Europeia tem luz verde para avançar? Aceitam-se apostas.