Explorar petróleo no fundo do mar a 5 000 metros da superfície é bem mais seguro para o ambiente do que as centenas de petroleiros que passam a 40 kms da nossa costa. E faz bem à nossa economia.
Há milhares de explorações de petróleo existentes hoje em alto-mar; só no mar do Norte, na Noruega e no Reino Unido são 184 (janeiro de 2018). Muitas delas em zonas turisticamente sensíveis, no mar de Ibiza, no golfo de Cádis, a 30 quilómetros da fronteira portuguesa, a 40 da Torre Eiffel, em Paris, em terra a 50 quilómetros de Amesterdão, a 45 de Cannes no mar, Chipre, ilhas gregas, etc. numa atividade que é mais segura do que conduzir um carro;
Portugal possui uma fileira do petróleo com alguma tradição e a refinaria de Sines, que é considerada uma das dez mais eficientes da Europa Ocidental. Encontrar petróleo em território nacional seria importante para o seu abastecimento, com a mais-valia a permanecer em mãos nacionais;
Com os royalties assim obtidos o Estado poderá melhorar salários e pensões, financiar o Serviço Nacional de Saúde e a Educação. Não é coisa pouca.
Exportamos mais peixe que vinho. Não sabia! O fundo do nosso mar vale um bilião. Suspeitava! A reestruturação da dívida vem a caminho. Que venha rápido. Não somos dos mais infelizes. Vê-se bem, embora quem ouça os "comentadeiros" fique a pensar que o país é um manicómio e que vai cair na miséria no dia a seguinte.
A ministra apresentou hoje no CCB a estratégia nacional para o mar. Aumentar, até 2020, a contribuição directa do sector mar para o PIB (Produto Interno Bruto) nacional em 50%», «aumentar o contributo para 2,9% a 3,8% do PIB», ou «recuperar a identidade marítima nacional num quadro moderno, pró-activo e empreendedor», são três dos oito objectivos da Estratégia Nacional para o Mar 2013/2020, que vai ser apresentada a partir das 09:00, no Centro Cultural de Belém.
Os Estaleiros de Viana do Castelo têm vindo a morrer lentamente. Ou não há trabalho, ou não há dinheiro ou não se cumprem os prazos e os contratos. A privatização está em cima da mesa e não me preocupo nada que um Russo seja proprietário do estaleiro até porque vive há anos em Cascais. "Há coisas que o Estado não tem vocação para fazer, não pode fazer e não sabe fazer. Ter o Estado a gerir um estaleiro naval é de um país atrasado no sentido de leitura da moderna actividade económica. O absurdo é tão grande que os Estaleiros Navais de Viana, pertencem ao Estado, são geridos pelo Ministério da Defesa, algo ainda mais inacreditável, e não conseguem relacionarem-se consigo próprios. Um dos últimos - e mais dramáticos - problemas vividos nos Estaleiros de Viana foi o do navio Atlântida que era para o governo regional dos Açores, parte do Estado português, e o episódio inacreditável da construção dos novos navios de patrulha oceânica do país. Não tenho reservas a que o próximo proprietário seja russo. Nós queremos é gente que trabalhe."
Os Japoneses descobriram no fundo do Pacífico uma reserva gigantesca de terras - raras cheias de minérios essenciais para o desenvolvimento de novas tecnologias.
Agora veja as nossas preocupações em relação ao nosso mar:" Tiraram o mar à Defesa e a Marinha não gostou"!
Na nova orgânica do governo o Mar passou para o super Ministério da Agricultura e do Mar, julgava eu que com toda a razão. O Mar é da Marinha para a defesa militar e é, de um ministério que tenha como objectivo desenvolver a exploração das suas riquezas. Ainda não vi a Marinha à pesca, nem a apanhar algas marinhas, nem vejo que os submarinos passem para o Ministério da Agricultura e do Mar.
Andamos há muitos anos a fazer trabalho de investigação para conseguir que as Nações Unidas nos reconheçam a propriedade da Zona Marítima próxima da Madeira e Açores e do Continente, o que seria a segunda maior Zona Marítima exclusiva do mundo logo a seguir à dos Estados Unidos.O que se tem encontrado no fundo do Mar, especialmente junto dos Açores, é potencialmente de uma grande riqueza, mas a verdade é que duvido muito que com a atenção que os vários governos têm devotado ao mar, alguma vez cheguemos a ter uma notícia destas, a não ser que alguém o explore por nós.
O saudoso Dr. Hernâni Lopes deixou muito trabalho feito no que ao Mar diz respeito, em estratégia e estudos muito sérios sobre os caminhos a trilhar, mas a prioridade nunca foi nenhuma. Discutimos TGVs, Aeroportos e autoestradas, mas sobre o Mar o mais próximo que conseguimos foram os submarinos e abater a frota de pesca.
Canalizar para o Mar meios e reforçar a sua importância entre os objectivos nacionais, traria grandes vantagens para o país, em postos de trabalho, investigação, novas tecnologias e criação de riqueza, mas isso requer políticas de longo prazo, estratégia, e capacidade de manter um rumo com fortes convicções e, não, governar ao sabor dos lobbies ou de objectivos de curto prazo.
Enquanto os grandes desígnios nacionais não forem claramente definidos e serem, para cumprir, seja quem for que acidentalmente esteja no governo, seremos sempre pobres. Veja a tecnologia que se está desenvolver para a exploração do fundo dos oceanos, seguindo o link, aí em baixo.
Nós temos trabalhado com um submarino não tripulado, desenvolvido pelos Noruegueses, se não estou enganado, que nos tem dado a conhecer novas espécies piscícolas, descobrir as famosas "fumarolas" no fundo do mar, e ter consciência das enormes potencialidades económicas que jazem no fundo do mar à espera de quem chegar primeiro. Que se saiba temos uma "Unidade de Gestão" que trabalha no reconhecimento da Zona Económica Marítima com o intuito de obter a certificação junto das nações Unidas.