Na TAP a música agora é outra disse ele
E é verdade, então não é, a prova é que o accionista privado não aceita as condições impostas pelo Estado para ajudar a companhia.
Segundo Neeleman a TAP não precisa do dinheiro do estado, tem bancos interessados em financiar , o que precisa é do conforto, da garantia do estado. Por outras palavras manter o estado fora da gestão corrente.
Rui Rio, para ganhar terreno, já veio dizer que o estado vai meter dinheiro logo, tem que entrar na gestão, tem que controlar a companhia. Uma posição completamente contrária à do accionista privado.
No estado actual da economia tudo aponta que a TAP se esteja a converter em mais um sorvedouro de dinheiro público, tipo Novo Banco. As empresas que potencialmente poderiam estar interessadas na TAP, nestas condições, não vão fazer fila para meter lá dinheiro. Onde é que se vai encontrar dinheiro a médio e longo prazo ?
O governo fez um negócio péssimo onde não manda nada e, agora, vai lá meter mil milhões. Numa empresa sem viabilidade à vista e cuja sustentabilidade depende de factores externos que o estado não controla.
A música seria outra, bem mais bonita, se o estado se tivesse mantido fora da companhia. Mas não, decidiu pagar tudo sem mandar em nada. E num país onde falta o dinheiro a "companhia de bandeira" é mais um poço sem fundo.
O dinheiro europeu ainda não chegou e já está a ser desbaratado.