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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Os médicos na China não morrem, desaparecem

Há conhecimento de médicos chineses que primeiro alertaram para a doença até então desconhecida, desapareceram.

Em março, depois de o novo coronavírus se alastrar um pouco por todo o mundo, a médica de Wuhan juntou-se a outros profissionais de saúde para denunciar as condições de saúde pública na cidade, numa entrevista à revista Renwu, depois de ter assistido à morte de vários colegas devido à Covid-19 e de ter criticado as autoridades por tentarem impedir alertas precoces do surto.

Já vimos isto em outras ditaduras. Os críticos não morrem, desaparecem. É mais fácil e mais eficaz. E há quem goste  a bem da Nação nada contra a Nação .

Três mil médicos do sector privado e reformados oferecem-se para ajudar o SNS

O que temos agora é o que sempre devia haver. Um Sistema Nacional de Saúde com SNS + Social + Privado . E sem urgências a transbordar quando há uma simples gripe e permanentes listas de espera com doentes a esperar meses e até anos para terem uma simples consulta ou uma cirurgia.

As listas de espera são uma vergonha que a extrema esquerda prefere ter a alargar a colaboração do sector público ao sector privado. Mas os doentes estão primeiro e, como em todos os países decentes do mundo, haverá um dia em que o país terá um Sistema de Saúde . A bem dos doentes e não de uma qualquer ideologia.

“A maior parte destes médicos trabalha no sector privado ou já está na reforma. Neste momento, não há sector público, privado e social. Há um sistema de Saúde”, sublinha Miguel Guimarães.

Também vão ser enviados ao Governo os nomes de outros 600 clínicos que se ofereceram para reforçar a Linha de Apoio ao Médico e de 800 enfermeiros para a linha SNS24. Segundo a Ordem dos Enfermeiros, 600 dos nomes já foram remetidos à Altice, o gestor privado do serviço.

Estamos à espera que a tutela ( Ministério da Saúde) faça agora a sua parte. Coordenar, indicar os locais onde irão prestar serviço e integrá-los em equipas . Esperemos que o isolado em Cascais não precise de reunir o Conselho de Estado.

Carta de médicos dos Hospitais Centrais Universitários de Coimbra

Texto da autoria de colegas do CHUC:

"Caros amigos,

Não somos entidades com nomes sonantes nem peritos em epidemiologia, somos apenas a arraia miúda, médicos que vivem diariamente num Serviço Nacional de Saúde (SNS) que no seu basal já trabalha no limite, e como tal, vemos com apreensão os dias que se avizinham.

Não estamos satisfeitos com o modo como a situação do COVID-19 tem sido conduzida pelas entidades competentes. Na tentativa atendível de não causar pânico, a verdadeira mensagem não está a passar e a nossa perceção é que pessoas fora da área da Saúde acham que o atual cenário “é um exagero”. Compreendemos em plenitude, não fossem tantas as vezes que a comunicação social nos anuncia a catástrofe iminente, que como ao proverbial rapaz os ignoramos quando há mesmo um lobo.

Assim, pretendemos deixar umas notas, que vindas de alguém que conhecem poderão ter o impacto que conferências de imprensa não têm conseguido.
Com base no cenário que vemos em Itália e que começamos a ver em Espanha (e na informação que vai sendo partilhada entre a comunidade médica) consideramos ser necessário dizer e reforçar o seguinte:

1- Mais de 80% das pessoas infetadas com o COVID-19 terão sintomas muito leves, semelhantes a uma simples constipação ou a um síndrome gripal ligeiro. Estes casos podem e devem evitar idas aos Serviços de Urgência. Não o dizemos por capricho! Não há qualquer tratamento a oferecer aos casos ligeiros, não há nada que se possa fazer num hospital que os impeça de agravar (e a vasta maioria não agravarão e passarão por si sós!). Breve, ir ao hospital não vos adiantará nada pessoalmente e pelo contrário porá em risco todos os outros utentes e profissionais.

2- Pelo menos 10% dos casos serão graves o suficiente para causar falta de ar e obrigar a idas ao Hospital. Alguns destes serão graves o suficiente para precisarem de ventilação mecânica (“ficar ligado à máquina”). Apesar de estes casos graves serem maioritariamente pessoas idosas ou com doenças que os fragilizam, também acontecerão casos de pessoas jovens saudáveis (se 0.2% dos jovens afetados precisarem de ventilação, no caso de 10.000 afetados serão 20 jovens em Portugal em estado grave). Nos idosos e pessoas com problemas de saúde, essa percentagem pode chegar aos 15-20%, o que significa potencialmente uma enormidade de doentes graves que o SNS não terá capacidade de assistir da melhor forma, que é o que se vê acontecer em Itália, onde ventiladores estão a ser recusados logo à partida, sem qualquer contemplação, a pessoas com mais de 60 anos.

3- O que podemos fazer? Tentar que em vez de termos 10.000 casos até ao final de Março, tenhamos esses 10.000 casos espalhados no tempo ao longo de 6 meses. Faz muita diferença um hospital ter no mesmo dia 10 pessoas a precisar de ventilador ou ter 50 pessoas a precisar de ventilador. É simples, não vai haver para todos. Como podemos atrasar então o surgimento de novos casos? Isolarmo-nos o mais possível. E cada dia conta no atraso que vamos conseguir!

4- Se és dono de uma empresa ou de um escritório considera fechar portas e colocar os funcionários a trabalhar tanto quanto possível de casa. Pensa assim, vais ter que fechar portas em duas semanas de qualquer forma, com uma grande diferença: salvaste vidas!!

5- Se podes trabalhar de casa, deves absolutamente fazê-lo.

6- Não vás ao ginásio, vai dar uma corrida (não em grupo!) e faz umas flexões em casa. Não vás ao café. Não vás ao restaurante. Escusado será mencionar esse ambiente fresco e arejado que existe em discotecas e bares noturnos. Almoço de fim de semana em casa dos avós? Cancelem. Jantar de anos da Filipa? Não vai dar, a Filipa compreenderá, mais não seja em duas semanas quando perceber a dimensão do problema.

7- As crianças, ao contrário do que se viu escrito em alguns locais, parecem ser bastante contagiosas. Apresentam também muito poucos sintomas quando estão infetadas. Ou seja, devemos evitar o contacto entre as crianças da família e respetivos avós e outros membros mais frágeis. Pelo lado bom e para tranquilizar: tanto quanto sabemos (e já sabemos alguma coisa após tantos milhares de casos pelo Mundo) não há qualquer caso de doença grave em crianças menores de 10 anos. Os sacanitas são rijos, mas muito contagiosos.

8- A máscara só é útil para quem já está a tossir e espirrar - para pessoas sem sintomas ajuda pouco. Importante mesmo é lavar as mãos frequentemente e evitar tocar na cara/boca/olhos. E manter distância social: não há apertos de mão, não há beijinhos e falar de perto é também má ideia (vá, todos conhecemos aquela pessoa que manda muitos “perdigotos”).

9- Não é demais salientar que durante esta época as outras doenças, acidentes e infortúnios vários não vão tirar férias. Continuarão a existir AVCs, ataques cardíacos, outras infeções, acidentes de viação, exatamente na mesma quantidade de antes. Com uma diferença saliente: quando esses doentes graves precisarem de vaga nos cuidados intensivos (que mesmo num dia bom já são insuficientes e difíceis de gerir), podem bem não a ter. A mortalidade do COVID não é só a mortalidade do COVID - com um sistema a trabalhar para lá do limite, todas as outras doenças que já antes matavam, matarão mais.

10- Terminamos com uma nota importante: o pânico é contraproducente. Ninguém tem necessidade de açambarcar setecentos rolos de papel higiénico. A sociedade como a conhecemos não colapsará. Mas isto não é a gripe A, não é a vespa asiática, não é a crise dos combustíveis, não é nenhuma das mais recentes catástrofes sempre anunciadas e felizmente nunca cumpridas. Desta vez é a sério (palavra de escuteiro) e cabe a cada um de nós fazer a sua parte para que seja o menos sério possível."

 
 
 

A maioria das mortes acontece por falta de ventiladores

O jovem português a estudar nos Estados Unidos apercebeu-se do problema e tocou a rebate. De um dia para o outro mais de 500 pessoas entre médicos e engenheiros juntaram-se e iniciaram a investigação para a produção daqueles equipamentos

“Comecei a aperceber-me que a maioria das mortes acontecia por falta desse material”, sublinha o estudante, que ficou particularmente impressionado com o caso de Itália. Naquele país, onde mais de mil pessoas já morreram infetadas com este tipo de coronavírus, o relato das equipas médicas tem sido impressionante: “A ventilação não-invasiva é apenas uma fase passageira. Como, infelizmente, há uma desproporção entre os recursos hospitalares, as camas de cuidados intensivos e as pessoas criticamente doentes, nem todos são entubados”, relatou ao Corriere della Sera um médico anestesiologista em Bérgamo.

Um médico espanhol, por exemplo, fez adaptações num ventilador para dar para mais pacientes, algo que tinha sido debatido no grupo de engenharia de hardware médica”, afirma. Outro resultado está no contacto que já tiveram com um jornal de pesquisa médica dinamarquês, com interesse em possivelmente “extrapolar uma das matérias que estava a ser discutida num dos canais” no âmbito da investigação científica.

Um país pobre não consegue manter um SNS universal e tendencialmente gratuito

Os médicos portugueses continuam a emigrar para os países europeus onde lhes são oferecidas condições dignas. 1 300 euros líquidos é quanto recebe um especialista no primeiro ano de serviço no SNS. Em França, o valor varia entre €2000 e €5000, na Suíça é de €5500 a €6000 e no Reino Unido ascende a €43 mil anuais.

Nem cá os privados os conseguem reter o que mostra bem que o argumento público/privado é uma mentira. Talvez a forma seja mesmo obrigar os médicos a fixarem-se ao SNS à boa maneira Marxista-Venezuelana-Cubana.

 

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Seis mil especialistas serão contratados para o sistema público de saúde (NHS) do Reino Unido durante o próximo ano. O reforço é uma promessa do atual primeiro-ministro em caso de reeleição e faz parte de um pacto global que prevê a entrada de 50 mil enfermeiros.

Por cá a degradação do SNS por falta de médicos e enfermeiros é uma realidade negra. As listas de espera engordam, os serviços de pediatria fecham e mais mulheres morrem antes e depois do parto.

Parece que a culpa é do governo anterior e dos hospitais privados e sociais.

Emigração

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Falências no SNS ? Falem com o Bloco de Esquerda

O BE canta vitória. Após prolongadas negociações conseguiu levar o PS a aceitar a retirada das taxas moderadoras e acabar com as Parcerias-Público-Privadas (PPP).

As listas de espera continuam cada vez maiores e há doentes a esperar mais de um ano por cirurgias. Coisa que não incomoda o BE. Afinal isto resolve-se afastando os privados do sistema. Ora não se vê logo ?

Quem não está de acordo são os médicos. Vão começar a responsabilizar a ministra da Saúde pelas falhas .

Exigir o aumento da capacidade de resposta do SNS, traduzida num investimento público cujo orçamento em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) seja semelhante ao que existe na média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), e exigir a aplicação prática da Carreira Médica, com abertura anual de concursos para todas as categorias e graus, e a progressão a todos os níveis na carreira.

Decidiu também "alertar a sociedade civil e o poder político para o facto de o SNS estar no limite da sua própria sobrevivência com todas as consequências negativas que poderá ter na sociedade civil e na democracia" e "denunciar a falta de respeito do Ministério da Saúde pelas estruturas representativas dos médicos, perante compromissos já assumidos pelo atual Governo e os processos negociais em curso".

É, pá, falem com a Catarina e com o Moisés...

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SNS : um nível de desprezo nunca antes alcançado

É assim que o Bastonário da Ordem dos médicos classifica a relação com a ministra.

A segurança clínica está a ser posta em causa, por deficiências várias, que começam no capital humano", afirmou Miguel Guimarães à imprensa no final de uma reunião, em Lisboa, com a ministra da Saúde, Marta Temido. "E nós temos dito muitas vezes que a principal característica do Serviço Nacional de Saúde são as pessoas. São os profissionais de saúde que fazem a saúde todos os dias, para que os portugueses possam ter melhor qualidade de vida", declarou.

Governar é atribuir prioridades e como se vê este governo tem-nas bem definidas . Enquanto compra votos entre os utentes dos transportes em Lisboa e Porto ( dinheiro que sai do orçamento e muito mais do que nos quer fazer crer) deixa degradar o SNS a níveis miseráveis.

"[Estas questões] têm a ver com a proteção do doente e têm a ver com uma das coisas que estamos, ou estávamos, ou vamos continuar a estar a negociar, que é o ato médico, com o Ministério da Saúde para proteger o doente", referiu, garantindo: "Mas vamos continuar a insistir, mas responsabilizando, desta vez, o Ministério da Saúde pela insegurança clínica".

E é assim não é de outra maneira...

Mas não é este governo que quer acabar com as matrículas no ensino superior ?

Um estudante pode pagar matrículas de formas diferentes. Por exemplo prestar serviço público.

O que está a ser proposto é que os jovens médicos sejam obrigados a prestar serviço no Serviço Nacional de Saúde como forma de pagar o curso. Mas quem propõe esta medida são os mesmos que andam a propor propinas zero para os alunos do ensino superior.

Para mim é claríssimo que os alunos do ensino superior devem pagar em todo ou em parte o seu curso. Vão ganhar mais na sua vida profissional do que aqueles que não tirando curso superior lhes anda a pagar o curso.

Pedir um empréstimo bancário para pagar a matrícula e pagá-lo durante a vida profissional é o que se faz em vários países. Abre acesso a todos os que estudam a sério sem discriminação económica.

O que não parece razoável é os economistas terem que trabalhar na Administração pública, os juristas, os sociólogos e todos os que se licenciam nas universidades públicas. Ora é mesmo isso que se propõe para os médicos.

Há um problema com a falta de médicos ? Há, mas então encontre-se uma solução equitativa como se faz nos países que não se governam por ideologias idiotas.

Os médicos cubanos que não são médicos

Mirian Abreu partilhou uma publicação.
1 h

Na antiga União Soviética (URSS) existia uma figura no serviço público de saúde denominada "Feldsher", ou Feldscher em alemão, cujo significado literal era "aparador do campo".
Os feldsher soviéticos eram *profissionais da saúde*, formados em "saúde básica", que intermediavam o acesso do povo à medicina oficial, em especial nas áreas remotas, rurais e periferias soviéticas, sendo uma espécie de práticos de saúde, ou paramédicos como são chamados hoje em dia, e exerciam cuidados básicos em clínica, obstetrícia e cirurgia às populações dessas regiões.

Sua inspiração e nome derivavam dos *feldscher alemães* que surgiram no *século XV* como operadores de saúde (cirurgiões barbeiros) e com o tempo se espalharam ao longo do que foi o império prussiano e territórios eslavos, compondo a linha de frente também nas forças militares, sendo uma espécie de força militar médica nesses exércitos eslavos e saxões.
Em vários países foram adotados como profissionais da linha de frente, atuando sempre nos *cuidados básicos* e em alguns casos chegando a se especializar em alguma prática específica, como *optometria, dentista e otorrinolaringologia*.
Na Rússia começaram a se popularizar a partir do *século XVIII*.

Diferentemente dos médicos, os feldsher possuíam uma *formação mais curta e limitada*. A duração do curso era em *4 anos* e envolvia basicamente treinamento em *ciências básicas* e treinamento simples em *ciências médicas clínicas, em especial medicina interna, serviço de ambulância e emergência pré-hospitalar* e sempre tinha um espaço para *treinamento militar*, em campo de treinamento do *exército*, pois os feldsher estavam na linha de frente da nação, nas fronteiras. Eram *8 anos de colégio mais 4 em treinamento prático*, considerados, portanto de *nível técnico*. Era um treinamento um pouco melhor que a de enfermeira, cujo foco era mais os cuidados básicos de saúde e técnicas/procedimentos de enfermagem.

Os *médicos soviéticos*, ao contrário, levavam pelo menos *10 anos de colégio mais 7 anos de faculdade com carga horária total* pelo menos *duas vezes maior* (estudavam todos os sábados). Apesar do tamanho valor de formação, seus salários eram ridículos, pois o regime socialista os considerava "servos do povo".

O *sistema cubano* de ensino médico *reproduziu*, a partir do encampamento da Revolução Cubana pela URSS em 1961, esse *sistema de formação em saúde*.
Os *médicos cubanos, de verdade, ficam lá em Cuba*, em sua maioria.
O que Cuba "fabrica" aos milhares, todos os anos, com projetos como a ELAM e demais faculdades, em cursos de 4 anos, *não são nada além da versão cubana dos "feldsher" soviéticos*.
São *paramédicos* treinados para atuar em *linha de guerra, campos remotos e áreas desprovidas em geral*.

A diferença é que Cuba "chama" esses feldsher de "médicos", inflando artificialmente a sua população de médicos. Com essa jogada, *Cuba possui um dos maiores índices de médicos por habitante do planeta*.
E isso permitiu outra coisa ao regime cubano: *Usar esses feldsher como agentes de propaganda de sua revolução* e seus interesses não apenas dentro, mas *fora de seu território*.

Ao longo de *décadas* o regime cubano vem fazendo uso do empréstimo de *mão-de-obra técnica, paramédica, porém "vendida" como médica, para centenas de países a um custo bilionário que fica todo com o regime cubano*. Literalmente, como na URSS, os feldsher são "servos do povo" (no caso, leia-se "povo" como Partido Comunista de Cuba).

Ao invés de pegar os médicos nacionais, recém-formados ou interessados, e criar uma carreira pública no SUS e solidificar a presença do médico nesses povoados, ela resolveu importar feldsher cubanos a um preço caríssimo, travestidos de médicos, ao que seu marketing chamou de "Mais Médicos". Diante da recusa inicial, simulou-se uma seleção de nacionais, dificultada ao extremo pelo governo, para depois chamar os feldsher.

O objetivo aqui é claro: O alinhamento ideológico entre os regimes, o uso de "servos do povo" para fazer propaganda do governo, encher o bolso dos amigos cubanos de dinheiro e evitar a criação de uma carreira pública que poderia ser crítica e demandadora de recursos. Como não podiam se assumir como fedlsher, jogaram um jaleco, os chamaram de médicos e os colocaram para atuar como médicos de verdade.

Por isso as “cubanadas” não param de crescer. Por isso os erros bizarros, os pânicos diante de pacientes sintomáticos. Os cubanos não são médicos, são feldsher - agentes políticos com treinamento prático em saúde - que vieram ao Brasil cumprir uma agenda política e, segundo alguns, eventualmente até mesmo militar.

São paramédicos. Isso explica as "cubanadas". Se houvesse decência no Ministério da Saúde brasileiro, ele retiraria o termo "médico" desse programa, e seria mais honesto."

Francisco Eduardo Costa Cardoso - Professor titular de Neurologia da UFMG

Há médicos a mais ou a menos conforme dá mais jeito

Ainda há bem pouco tempo o que se dizia é que há médicos a mais. Normalmente é quando aparece alguém a queixar-se que com elevadas notas não consegue entrar em medicina. Ou quando os médicos e enfermeiros emigram.

Mas quando se sabe que no SNS os doentes têm que esperar 16 meses para fazerem uma TAC aí a razão é haver médicos e enfermeiros a menos.

É claro que há mais razões. Uma delas é as máquinas estarem obsoletas e precisarem de ser substituídas. Outra razão é não se aproveitar o parque de TACs instalado, seja público ou privado . Este subaproveitamento é horizontal nos hospitais do SNS e nos hospitais privados porque a solução é sempre a mesma. Sofre o doente.

Há 15 anos apareceram os TACs que faziam "cortes" de 3 mm, um ano depois apareceram as TACs que faziam "cortes" de 1 mm. É claro que os médicos querem, e bem, o melhor. Mas esta pressão contínua mostra também que o estado nunca conseguirá sem o complemento do investimento privado responder à procura. Mais do que comprar sob pressão há que planear e organizar. Porque a pergunta é esta. Todo o parque instalado em Portugal está no limite ? As TACs, as Ressonâncias magnéticas, as Angiografias digitais, as PETs ?

A tragédia é que ninguém sabe responder a esta pergunta absolutamente essencial. E para os partidos da extrema esquerda é preferível os doentes sofrerem a o SNS fazer contratos de associação com os privados. Podem ganhar dinheiro e isso é, como está provado, o maior dos males.