O PS e o governo justificam o novo máximo da receita fiscal com o nível da actividade económica. Como de costume é meia verdade. A carga fiscal de 35,7% sobre o PIB é mesmo histórica por ser a mais alta de sempre. Apesar de recair sobre um nível económico em alta.
Vai-se todo este dinheiro e mesmo assim corta-se no investimento e degrada-se o serviço público em vários sectores . Tudo porque a economia não cresce o suficiente e durante o período necessário. Já está a decrescer e até 2023 vamos continuar a empobrecer na cauda da Europa.
Não há razões para aplausos excessivos. Estamos novamente enrodilhados na teia habitual.
Apesar da devolução da sobretaxa do IRS a carga fiscal atinge os 37%, novo máximo histórico em Portugal. A extrema esquerda diz que não há aumento de carga fiscal. Um país dois sistemas
As confederações patronais alertam o Executivo socialista para os “riscos” inerentes à execução orçamental como é o caso de desvios no cenário macroeconómico e a capacidade de contenção da despesa. E sinalizam “preocupações” quanto a medidas fiscais previstas no OE/16 como a interrupção da descida do IRC, a redução do prazo de reporte de prejuízos de 12 para 5 anos, alterações à eliminação da dupla tributação e ainda quanto ao aumento de impostos sobre o consumo.
Neste caso, os alertas incidem no aumento do ISP apesar dos benefícios fiscais para as empresas, e a tributação sobre o sector automóvel que, segundo as confederações realçam em comunicado conjunto, “é fustigado” pelo Orçamento do Estado deste ano. CAP, CIP, CCP e CTP criticam “forte aumento da carga fiscal”.