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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Costa despediu Centeno por este ter pago ao Novo Banco

António Costa despediu Mário Centeno por este ter transferido para o Novo Banco uns largos milhões para compensar os prejuízos de 2019. Dizia o Primeiro Ministro que sem auditoria nem pensar.

Agora Costa defende o contrário e não o faz por menos. O país não pode incumprir um contrato assinado pelo Estado sem irreparáveis consequências nos mercados financeiros internacionais. E pisou todas as linhas vermelhas para que a transferência se efectuasse junto de todos os partidos incluindo o Chega. 

Já estamos habituados a esta prática do Primeiro Ministro. A culpa nunca é dele. Não nos fogos e nas mortes de mais de uma centena de cidadãos ( ele que foi ministro da Administração Interna e  principal mentor da política em vigor). Não por ter derrubado um muro à esquerda porque precisou de salvar a pele após uma derrota eleitoral vergonhosa. Não porque cativou verbas do orçamento levando o SNS a uma situação de défice de tesouraria permanente com listas de espera onde só há pobres, idosos e doentes. Não porque reduziu o horário dos trabalhadores da função pública sem cuidar de saber se com isso também reduzia os serviços públicos prestados.

Já não é habilidade nem génio como alguns salivavam. É apenas um político com uma longa carreira política confrontado com o seu fim . Paz à sua alma.

Centeno tem razão : não há dinheiro para os professores

Não há dinheiro tornou a dizer na Assembleia da República o ministro Mário Centeno. E tem razão.

Os partidos que propõem o pagamento integral têm que explicar onde se corta na despesa ou onde se aumentam os impostos. Andam todos à cata de votos mas se o governo cede vem aí o pântano. 

O PSD e o CDS só têm que deixar a solução do problema para o PS, o PCP e o BE que comeram a carne mas não querem roer o osso. Desagradar aos professores que representam um mar de votos.

Reiterando alguns números, Centeno explicou que em velocidade de cruzeiro, daqui a alguns anos, a recuperação dos mais de nove anos de serviço dos professores teria um custo permanente de 635 milhões de euros (800 milhões de euros em todas as carreiras), com 35 mil professores (cerca de um terço do total) a chegar ao topo da carreira até 2023.

Ministro das Finanças : PCP e BE estão a mentir sobre o Novo Banco

Em entrevista Centeno diz que a "realidade é exactamente o contrário do que diz o BE". Com a nacionalização ( exigida pelo PCP e pelo BE) os contribuintes seriam chamados a pagar os créditos mal parados do Novo Banco. Com o Fundo de Resolução, o Estado faz um empréstimo ao sistema bancário por 30 anos e ao mesmo juro que o estado paga aos investidores. Os contribuintes não pagarão um euro.

Feita a venda ao fundo Lone Star, já em 2017, Centeno argumentou que “hoje, esta injeção de capital, mais uma, vai ser feita, mais uma vez, em parte, recorrendo a um empréstimo do Estado”. Mas, ressalva o ministro das Finanças, “não é o Estado que está a injetar dinheiro no Novo Banco, é o Fundo de Resolução — que, no futuro, o Fundo de Resolução vai pagar este empréstimo ao Estado, em 30 anos, com as contribuições do setor bancário”.

O PCP também anda a dizer que se o Estado paga então, a gestão deve ser do estado. Mas o ministro das Finanças diz que o estado não paga.

Professores ? O orçamento é para todos os portugueses

A entrevista do Professor Mário Centeno ao Público não deixa margem para dúvidas, tal como António Costa já deixara claro há dias. Não há dinheiro .

Portanto, o tema dos professores não é determinante no quadro do OE?
O OE é um exercício complexo e para todos os portugueses. Temos, em nome de todos os portugueses, de propor um orçamento que seja sustentável, que olhe para o futuro e mostre a continuação do caminho que temos vindo a seguir até aqui. Ninguém iria entender que não fizéssemos exactamente isto e, portanto, não gostaria de singularizar num só tópico. Temos um orçamento, repito, que é para todos os portugueses e que tem de ser sustentável.

E, como é óbvio, sendo o orçamento para todos os portugueses não é possível nem sustentável ( os aumentos salariais ficam para sempre) gastar todo o dinheiro disponível com os professores.

Qual é a parte que não entendem ?

Centeno o cordeiro de Costa

Se a anedota que corre na CAIXA acabar na demissão da administração o que é que sobra para o ministro das finanças ? A demissão , já que o verdadeiro culpado, António Costa, protegeu-se como sempre faz.

Embriagados pela estrela que tinham descoberto deram carta branca a António Domingues que usou e abusou da falta de capacidade política do economista Centeno. Este, por sua vez, teve a cobertura de António Costa em forma de Lei dirigida especificamente para o caso . Como não podem sair os dois sai o politicamente mais fraco, Centeno.

Mas, Costa, como bem anda a avisar o eterno braço direito de Sócrates, está a sofrer um grande desgaste político com a situação e a sua margem de manobra ficará muito reduzida . Quem é que acredita num primeiro ministro que não é capaz de governar a CAIXA ?

É muito provável que Centeno não tenha outra opção que não seja sair do governo - como o jornal SOL anuncia em manchete e que o primeiro ministro se apressou a carimbar de disparate . É, claro, que é preciso que Centeno se mantenha até que todos saibam o que é que a Caixa tem . Além disso também é necessário que o orçamento passe em Bruxelas.

Depois de mais uma vez salvar a pele Costa remodela o governo . Está oferecido o cordeiro no altar da desonestidade política de António Costa

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Reestruturar a dívida ? Basta PCP e BE deixarem o governo

Máro Centeno respondeu bem. Renegociar a dívida só no quadro europeu e em negociação com os credores. E, também disse, que só assim se mantém a credibilidade. Só não disse que basta o PCP e o BE deixarem de apoiar o governo para as taxas de juro baixarem de 3,6% para menos de 1%. E baixar as taxas de juro é o primeiro passo para a renegociação da dívida.

A dívida cresce todos os meses desde a entrada deste governo em funções e, nesta matéria, é o próprio governo a admitir esta verdade que dá cabo do país. Mais dívida com taxas de juro altas ( apesar da ajuda do BCE) é o desastre anunciado.

Este é o elefante no meio da sala entre PCP, BE e PS.  Para PCP e BE reestruturar a dívida é não cumprir os compromissos com a União Europeia e os credores. Para o PS reestruturar a dívida é ganhar a confiança e a credibilidade que o governo perdeu quando chamou o PCP e o BE para a solução governativa. Basta ver o gráfico das taxas de juro desde o início deste governo e, menos esperado, o aumento da dívida.

Basta o PCP e o BE assumirem uma "política patriótica e de esquerda". Saírem do governo.

Isto é verdade se exequível

Carta de Mário Centeno a Bruxelas :

“Nenhuma política de recursos humanos pode produzir resultados económicos eficientes se não tiver mecanismos de incentivo”, defende Mário Centeno, lembrando que a Administração Pública tem perdido capacidade de atrair os melhores pelo facto de as carreiras estarem congeladas desde 2006.

Centeno concluiu, por isso, que a política de redução salarial conduzida por Gaspar foi “economicamente ineficiente” e diz que os cortes orçamentais se devem concentrar “nos consumos intermédios” e não nos ordenados dos funcionários públicos.

E os sindicatos deixam que os funcionários públicos sejam pagos segundo o mérito ? E as centenas senão milhares de centros de custo existentes na administração pública são capazes ou estão interessados em reduzir os seus custos operacionais ?

É que seria necessário introduzir o "Orçamento Base Zero " para que o desperdício acumulado em anos e anos no orçamento fosse retirado, o que implicava a reestruturação da administração pública de que todos falam mas ninguém tem coragem de levar à prática.

Espero sentado.

 

 

 

 

 

 

 

Os milagres de Mário Centeno

Com a crescente influência do PCP junto do governo de António Costa veremos um combate desigual. PCP contra a União Europeia . O resultado, felizmente, é previsível mas o país perde tempo e crescimento. Os sinais mais evidentes partem do ministro das finanças que aposta em milagres para equilibrar as contas.

O governo espera que os estímulos orçamentais se traduzam numa forte aceleração da economia, para 2,4% em 2016 e uns miraculosos 3,1% em 2017, um valor que não é atingido há quinze anos. Estas perspectivas terão que ser em breve revistas, quer devido à referida desaceleração internacional, quer devido ao reconhecimento de que as metas orçamentais exigidas pela UE não permitem os estímulos sonhados pelo PS. Para além disso, mas em relação a isso não espero que haja já um reconhecimento deste facto, despejar dinheiros públicos pela economia não se deverá traduzir tanto em crescimento, mas sobretudo em importações.

As decisões já tomadas e outras que parecem em vias de o ser, como a reversão de privatizações, a marcha atrás na reforma do IRC e a subalternização da Concertação Social, espelham uma atitude anti-empresarial, que só pode ter como consequência um recuo no investimento previsto, movimento de que já há sinais evidentes, sobretudo naqueles que contactam de perto com investidores.

Ora como é óbvio para quem quer ver a economia só arranca com investimento privado e aposta nas exportações. É bem mais dificil e o governo vai pelo caminho mais fácil e que já nos levou à bancarrota