Somos uma sociedade livre, somos responsáveis pelas próprias decisões, seguimos o que queremos e o que gostamos.
Vivemos numa sociedade livre, mas parece que iremos suspender essa liberdade por um par de meses. E essa perda é para garantir que os cidadãos alcancem os bens de que necessitam. Se vivêssemos numa economia planeada este seria o nosso dia-a-dia: comprávamos o que alguém decidia que comprássemos, na quantidade que achariam adequado, no local em que alguém decidiu. Mas não vivemos. E por isso a mudança nas nossas vidas vai ser muito dura. E será mais dura porque temos memória e sabemos como é boa a vida que tínhamos há um mês atrás!
Muitas empresas irão soçobrar, muitos trabalhadores irão ficar desempregados. Há que garantir que continuam a ter acesso aos bens necessários, ou seja, que têm poder aquisitivo nas suas contas de depósito de forma muito rápida. Isso consegue-se salvando as empresas com injeções de liquidez imediata (não com linhas de crédito de acesso retardado e difícil) ou com dinheiro direto para as mãos dos trabalhadores. Porém, há que o fazer sem arrastar o problema para o sistema financeiro de modo a fazê-lo implodir.
Temos que ganhar a guerra na frente sanitária sem perder a guerra na economia.
Acredito que esta lição com a Joacine manterá o partido mais longe das utopias . Porque o LIVRE é importante para a democracia vejo com boa vontade a decisão de retirar a confiança política a quem não sabe o que quer dizer "confiança", "partilha" e "lealdade".
Não é mais possível navegar nas águas sujas da vaidade, da prepotência e do racismo. Não é o que se espera de uma deputada de uma Assembleia da República que tem como foco discutir e encontrar soluções políticas para os problemas do país.
A primeira condição para que uma deputada possa realizar o seu trabalho que os eleitores esperam dela é que ame o país e esteja disposta a contribuir para o bem estar da população. Se assim não for deve ter a coragem de se afastar.
Mas como está à vista desde sempre, Joacine não se afastará porque a solução de problemas não é a sua praia. Incentivar o racismo ( sem o qual não tem palco), injuriar a bandeira nacional e a nossa história, levantar problemas com os países africanos é a sua função.
CHEGA, porque é assim que se abrem avenidas a ideologias menos consensuais.
Quem criticou a deputada foi de imediato apelidado de racista não fosse a senhora negra. Mas do que se tratava é que era e é demasiado evidente é que a senhora não tem preparação para exercer a função. Bem para lá da sua gaguez.
Vai agora o partido "LIVRE" discutir uma moção no congresso no sentido da deputada pedir a demissão a Assembleia da República e, no caso da deputada não aceitar, ser-lhe retirada a "confiança política". Vamos ouvir os militantes :
"Portugal não escapa, a degradação dos serviços públicos que se agravou apesar do governo da 'Gerigonça', a chegada da extrema-direita ao parlamento e a perigosa cooptação que esta tem feito de temas como a corrupção, entre outras questões prementes em que é necessário que o LIVRE tenha não apenas uma palavra a dizer, mas em também se assuma como uma voz que deve ser ouvida."
E a isto "acresce o facto de as intervenções da deputada no hemiciclo evidenciarem falta de preparação, circunstância que encontra parte da explicação no facto do gabinete parlamentar assumir uma postura dissidente em relação aos órgãos do partido, com destaque para o Grupo de Contacto [direção executiva do partido, que Joacine ainda integra]".
Mas estar de cócoras perante o ódio desta gente parece ser de bom tom. Não contem comigo
Ninguém a conhecia a não ser os amigos lá da rua. Não se conhece obra mas chegou à primeira posição na lista de candidatos a deputados de um partido com vastas hipóteses de meter um deputado por Lisboa.
Depois de eleita soubemos que sofria de uma gaguez extrema ( nada abonatório para uma deputada), era racista e sofria de um ódio que não escondia. E como é que uma pessoas com estas características chega a deputada?
NO PS e no PSD há os chamados caciques que arregimentam centenas ou mesmo milhares de militantes mas que, como o partido tem uns milhares de militantes, influenciam, mas pouco.Num pequeno partido como o LIVRE umas centenas de militantes arranjam-se lá no bairro e influenciam decididamente o resultados das listas de candidatos.
Viu-se no dia das eleições logo após conhecidos os resultados.
E quem é o burro ? É o fundador (fundadores) do partido que vão nesta conversa da democracia directa sem filtros. Andaram a trabalhar anos para oferecerem de bandeja um lugar elegível a quem não oferece mais-valia nenhuma.
A senhora agora nem sequer cumpre o programa do partido e o presidente diz que vai meter tudo na trilha. E, faz como, se a senhora foi mandatada como já fez questão de sublinhar? Vai usar meios não democráticos? Fica sem deputada ? Vai engolir uma deputada independente ?
Será que a senhora assinou algum documento em que aceita defender as posições políticas do partido na assembleia?
Sim, é verdade, não gosto dela nem um bocadinho e não lhe perdoo que, por causa da sua imensa vaidade e ignorância, se possa perder uma voz democrática no Parlamento.
Rui Tavares começou por implementar no partido uma matriz ideológica socialista, mas, com a eleição directa de Joacine para cabeça de lista em Lisboa, o discurso mudou para radical.
É que o ativismo radical, de que Joacine Moreira se reclama seguidora, é uma ideologia provocatória que se baseia na subversão de todos os consensos, por meio de práticas como o desafio, a vitimização, a encenação e, no limite, a desobediência civil. E se tal é legítimo em ditadura, quando as liberdades estão condicionadas, deixa de fazer sentido em democracia, onde estas são garantidas.
O ativismo radical de Joacine Moreira subverte estes princípios salutares, com o objetivo de impor exclusivamente a vontade das minorias, condicionando todos os que não se revêm nas suas ideias, acusando-os prontamente de racistas, preconceituosos, homofóbicos, e por aí fora.
A Europa pode dar refúgio a quem foge da miséria e da guerra mas não pode dar refúgio ao ódio.O ódio é uma dor que não tem refúgio.
O que vemos é gente que procurou acolhimento nos países europeus cheia de ódio contra quem os acolheu.Mas o ódio não é bom conselheiro e não apaga feridas nem dramas.
Eu votei na INICIATIVA LIBERAL e amigos meus votaram no LIVRE. Movidos pela vontade de abrir caminhos a novas ideias. Diga-se que para além do Liberalismo sempre me ter atraído, a personalidade do João Cotrim Figueiredo também ajudou à decisão, ao contrário da número um da lista do partido da esquerda que, diga-se de verdade, não me convenceu que trouxesse diferenças substantivas em relação ao BE de onde nasceu.
Esses meus amigos estão estupefactos com a virulência do discurso e o ódio da mensagem da senhora deputada que se considera uma vítima. Profundamente marcada pela gaguez e pela cor da pele, a senhora quer-nos impor uma e outra. Ora, a senhora ainda não percebeu algo de muito claro.Tem tanta legitimidade quem gosta dela como quem não gosta.
A senhora deputada é que não pode destilar ódio contra quem a acolheu e fez dela deputada.Somos nós as vítimas.
Tal como muitos outros têm defendido não é boa ideia ir tirar dinheiro à Segurança Social. E o primeiro argumento é que ninguém pode assegurar que no futuro esse dinheiro volta. A economia não cresce há 15 anos e os políticos não têm uma varinha de condão para criarem postos de trabalho.
E todos estão contra a redução da TSU incluindo muita gente do PS. Ir buscar mais dinheiro através de um imposto sobre as empresas que criem pouco emprego. Chama-se diversificar as fontes de financiamento, não sabemos é se esse imposto social não empurra essas empresas para fora do país.
"A sustentabilidade da Segurança Social é sacrossanta para o Livre/Tempo de Avançar e somos contra formas de experimentalismo que reduzam as possibilidades dessa sustentabilidade. Por essa razão, temos estado contra a possibilidade de diminuição da TSU prevista no quadro macroeconómico do PS".
Vão ter que encontrar uma solução negociada porque o problema existe e não desaparece só porque é dificil. Cortar nas pensões a partir de um certo limite ? É uma hipótese mas todos têm que meter a cabeça no cepo.
Tem sido o drama do PS. À sua esquerda não há como fazer coligação. O PCP não quer a não ser que o PS deixe de ser quem é. Ora isso é impossível e o PCP sabe-o melhor do que ninguém. Depois é só dizer que o PS não quer fazer uma política de esquerda.
O que não está bem explicado é porque não teve o BE o papel que podia ter tido no arco da governação. Se o PS quisesse teria sido uma possibilidade ? Como não conseguiu foi lá (ao bloco) tirar uma parte. Ana Drago, Daniel Oliveira, Joana Amaral Dias e o LIVRE. Todos ao colo do PS e por sua iniciativa . Se todos juntos valerem 5/6% podem ser a chave isto se o PS cumprir a sua parte. Ganhar folgadamente mas sem maioria absoluta. Estimular o aparecimento destes partidos foi uma estratégia bem delineada por António Costa. É o contraponto do que se passa à direita com a coligação PSD/CDS
O problema é que a "pequenada" tem uma virtuosa opinião acerca de si mesma pelo que, cada um deles, tratou de criar o seu próprio partido. E agora o PS tem que preencher os apetites não de um mas de três ou quatro.
A meu ver, a ideia de um "Governo da esquerda junta" não tem pés para andar entre nós. Primeiro, os partidos à esquerda do PS não nasceram para governar mas sim para serem contra o governo (qualquer que ele seja), nem querem sujar as mãos a governar. Basta analisar as suas propostas para verificar que, a serem postas em prática, o País não tardaria a entrar em bancarrota e a economia em pantanas. Segundo, são mais as coisas que dividem os partidos à esquerda do que as coisas que os unem. Além disso, as divisões entre o PS e os outros respeitam aos próprios fundamentos da economia, do Estado e da sociedade: economia de mercado, democracia liberal, disciplina orçamental, integração no Euro e na União Europeia. Por conseguinte, a ideia de um governo de união de esquerda não pertence à ordem da realidade política mas sim à ordem da ficção política.