Há amúos e interpretações várias sobre a lista de países que o novo presidente angolano apresentou como sendo os mais importantes, deixando de fora Portugal.
Mas quem são os tais países importantes ? Como é fácil de ver são os mais poderosos e os mais ricos.
"Angola dará primazia a importantes parceiros, tais como os EUA, República Popular da China, a Federação Russa, a República Federativa do Brasil, a índia, o Japão, a Alemanha, a Espanha, a Franca, a Itália, o Reino Unido, a Coreia do Sul e outros parceiros não menos importantes, desde que respeitem a nossa soberania", disse João Lourenço.
Portugal está na lista "desde que respeite a soberania" o que é uma forma de confirmar o que a oposição angolano proclama. Segundo a UNITA, Portugal "verga" sempre aos interesses angolanos mas a verdade é que o ex-vice-presidente angolano está a ser julgado pela justiça portuguesa.
Eis as razões apresentadas para a não revelação pública dos maiores créditos concedidos pela CAIXA . Se não houvesse aquele montante monstruoso de imparidades , se tudo fosse transparente, talvez estas razões fossem razoáveis .
O argumento para pedir a nulidade do acórdão do Tribunal da Relação que determina o levantamento do dever de segredo da CGD.
“Basta pensar em matérias como o acesso ao crédito, questões concorrenciais, segredo comercial, e mesmo da intimidade da vida privada dos cidadãos e das empresas”, sublinha o Banco de Portugal no mesmo documento.
Ora, tudo isto estaria muito bem e seria de considerar se a reputação do banco público não fosse o que é , se em vez de andar em negociatas milionárias financiasse as Pequenas e Médias Empresas e a economia . Mas do que se sabe é tarde para esconder o rabo do gato escondido.
Banco de Portugal diz que publicação de créditos da CGD trará “ameaças graves”
Alberto Gonçalves (Observador ) : Estratégia A Minha Pátria é a Banca Portuguesa. Excepto quando se encontra à disposição de indivíduos devidamente credenciados pela oligarquia, a CGD é uma instituição sensível que deve ser tratada com consideração e pinças. Perder tempo com irrelevâncias, mesmo que as irrelevâncias incluam, entre habilidades sortidas, as intrujices cometidas pelas mais altas figuras do Estado, é matar a Caixa, é descurar os “enormes desafios que o país enfrenta” (cito um patriota aflito) e é, vendo bem, um acto de traição.
A gente lê e não acredita . Aqueles cinco mil milhões que já foram sete mil milhões e que faltam na CAIXA, não devem ser tornados públicos porque como diz o Banco de Portugal teria consequências gravíssimas .
Mas, então, o banco público que anda a fazer negócios de braço dado com governos e empresas do regime, nem sequer é obrigado a revelar os devedores milionários ? A gente fina que se entretém com dinheiro público fazendo negócios manhosos ? E ninguém discute esta questão ? A balbúrdia na CAIXA é mesmo para abafar os negócios finos ?
É que a CAIXA, contrariamente ao que nos querem impingir (é pública, é nossa) não financia a economia através das Pequenas e Médias Empresas. Isso já é público . São, pois, as grandes empresas e os grandes devedores com as suas imparidades ( uma forma fina de falar em assaltos à mão armada ) que constam na tal lista .
O que é que o Banco de Portugal sabe que o país não sabe ? Quem são os grandes devedores e quem é que autorizou os empréstimos milionários que agora são imparidades ? Têm medo de quê o Banco de Portugal, o governo, a Assembleia da República, o Presidente da República e a Procuradoria Geral da República ?
Porque é que a lista dos devedores milionários da Caixa Geral de Depósitos assusta um país inteiro ?
Mais de cem nomes de políticos, gestores, jornalistas que terão recebido luvas do BES. Por estes dias há muita gente a dormir mal. Mas se a investigação continuar nas mãos destes jornalistas estou convicto que um dia saberemos quem consta na lista. As pressões serão muitas para abafar o caso.
A existência de “mais de uma centena de nomes que constam nessa lista de várias páginas”, que “incluem várias pessoas influentes”, “políticos”, “pagamentos durante vários anos a gestores do BES e da Portugal Telecom”, “ex-gestores, autarcas, funcionários públicos, gestores, empresários e jornalistas” que receberiam compensações regulares ou avenças pagas pela ES Enteprise, empresa do GES que tem sido investigada pela justiça portuguesa por suspeitas de funcionar como um saco azul.
E nós andamos a ver passar os comboios como se a influência do então "dono disto tudo" fosse tão natural que não precisasse de comprar ninguém.
E quantos vão ? O bom senso à medida que arrefece aventureirismos trás a público a fractura que percorre o PS. Agora é a líder da lista de Coimbra nas legislativas que diz duas coisas óbvias mas muito importantes. 1) - a Coligação ganhou as eleições deve formar governo 2) Passos Coelho deve perceber que muita coisa mudou.
A recém eleita deputada considera que uma maioria à esquerda “não se apresentou aos eleitores” e, por isso, “não é legítima”. No entanto, afirma que esta é uma altura de compromissos, criticando PSD e CDS pela falta de entendimento com o PS.
A professora catedrática Helena Freitas considera, por isso, que assumir uma coligação à esquerda “seria uma traição ao eleitorado, e ao próprio eleitorado do Partido Socialista”.
O pó vai assentando só António Costa na sua ambição não vê o que quase todos vêem . Mas seria bom que acordasse para bem do país. O país está melhor mas não tanto melhor que possa desperdiçar tempo e credibilidade.