Na ferrovia o governo com a verdade nos engana
O governo e a CP estão em velocidade acelerada a negociar o contrato de serviço público.
Trata-se de uma medida importante quando se está em contagem decrescente para a entrada em vigor da liberalização deste transporte na União Europeia.
Esse contrato, que detalha regras e e critérios objetivos da operação (como tipo de operação, transparência financeira, obrigações de serviço público e compensações) é necessário a partir de 1 de janeiro de 2019 para definir os termos em que a exploração de comboios pode ser feita em qualquer linha, troço ou região.
Tal como na rodovia, na qual empresas privadas prestam serviços, também na ferrovia as empresas privadas vão prestar serviços em concorrência com as empresas públicas .
E sabendo isto, nós começamos a compreender porque é que não há investimento público nem privado na ferrovia ( a liberalização ainda não tem os critérios aprovados), a degradação do serviço actual prestado é uma realidade indesmentível e decide-se alugar equipamento a Espanha que só chega em ...2013 .
Mas o primeiro ministro com aquela desfaçatez que lhe é tão própria diz, que nunca se investiu tanto na ferrovia como agora.
É mesmo para que o investimento volte à ferrovia que a liberalização chega devagarinho.