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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Já há muita gente a pagar a austeridade

Empresas em lay off, trabalhadores a receberem só uma parte do salário. Já há gente a pagar a austeridade.

À medida que a poeira assenta verificamos que as medidas de apoio à quarentena e as medidas de relançamento económico estão já a ser pagas por uma desvalorização salarial (através do lay-off) e do desemprego. Vai seguir-se um muito provável aumento da carga fiscal sobre o trabalho. É que o apoio da União Europeia continua condicionado à austeridade orçamental. As palavras mudaram mas as políticas permanecem.

O tão propalado e necessário aumento do investimento em saúde já está comprometido pela regra de contratação da função pública "sai um, entra outro" que não permite o reforço de efetivos.

Cortar salários - Costa a fazer o mesmo que fez a Troika

O lay-off na prática faz o mesmo que fez a troika. Corta salários e dá dinheiro às empresas.

Se as empresas com o lay-off pagam apenas 30% dos salários a que título é que se mantêm a facturar se pagam 100% dos salários ?

Já vimos esta política de corte dos salários a ser aplicada recentemente, nomeadamente pela 'troika' [durante o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro]. Foi exatamente a mesma coisa, cortar os salários à maior parte das pessoas empregadas em Portugal", referiu.

Ricardo Cabral crê que desta vez o choque "será ainda maior, dependendo da adesão a estes programas, nomeadamente ao 'lay-off' do Governo".

Ricardo Cabral deu o exemplo "uma empresa que consegue pagar os salários mas tem um incentivo do Estado a dizer para pôr os trabalhadores em lay-off pagando só 30% dos salários", considerando que "na prática o Estado está a dar dinheiro aos acionistas para pôr os trabalhadores em lay-off".

Paralelamente, o professor na Universidade da Madeira (UMa) lembra que "ao reduzir os salários, o choque inicial que afetou a atividade da empresa propaga-se para os trabalhadores, que por sua vez ficam com menos rendimento e vão alterar o seu comportamento", reduzindo a despesa, criando "um choque se que propaga pelo resto da economia".

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