"É a primeira vez que se vê um número tão razoável de membros da mesma família na elite ministerial", frisou Costa Pinto, que acredita no "despertar da vocação política em termos familiares", que depois criam dinastias.
Mas o que acontece neste Governo vai muito além das dinastias políticas, como acontece nos Estados Unidos com os apelidos Bush e Clinton. "O que se passa com o PS é diferente. Não falamos apenas de dinastias nos cargos cimeiros da governação; falamos da captura do governo e do Estado por famílias inteiras que têm como currículo um cartão do Largo do Rato", explica Pereira Coutinho.
António Costa ou perdeu a vergonha ou perdeu o controlo dos boys e girls.
Alguns socialistas não gostam de Marques Vidal por causa do caso José Sócrates e da Operação Marquês. Outros não gostam por causa dos casos Armando Vara ou de Maria de Lurdes Rodrigues. Outros ainda pediram “uma vassourada no Ministério Público” quando a PGR constituiu arguidos três secretários de Estado do Governo PS por causa das viagens da Galp. Há quem não goste porque o inquérito criminal às PPP, que envolve ex-governantes de governos de Sócrates, está em fase de conclusão e já se sabe que haverá arguidos. Outros embirram com a Procuradora por causa da operação Tutti Frutti que investiga várias adjudicações de obras por parte de autarquias controladas pelo PSD e PS. Há depois aqueles que não gostaram da investigação aos CMEC e muito menos gostaram das investigações a Manuel Pinho e ao dinheiro que terá recebido do saco azul do Grupo Espírito Santo. Mas isto na política e na Justiça é como na arquitetura, gostos não se discutem, lamentam-se.