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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Uma coligação forçada pelo medo e não por adesão a um projecto

Em Portugal o PS coligou-se com o PCP e o BE com medo da direita e, em França, ganhou o movimento de Macron por medo de Le Pen. Joana Mortágua, diz e bem que em nenhum dos casos há uma adesão a um projecto . Cá e lá os horizontes políticos são poucochinhos segundo a bloquista. É o medo que faz andar a geringonça. Projecto nenhum.

O que a deputada se esquece de dizer é que em França o projecto, ou a falta dele, foi a eleições, apresentou-se ao eleitorado e ganhou. Não enganou ninguém. Já cá, o PS escondeu a ambição de formar governo com os partidos da extrema esquerda, assim enganando o eleitorado .

O PS, o PCP e o BE ao apresentarem-se ao eleitorado sem nunca terem mencionado a possibilidade de uma coligação,( que passaria, necessariamente, por um projecto a três) mostraram bem que o que os movia era o medo de perder. 

António Costa não vai gostar desta crónica de Joana Mortágua.

 

O "trumpismo" já mora aqui

Já não interessa a verdade interessa a narrativa . Quiseram destruir a escola pública mas PISA veio confirmar que a educação nunca teve tão bons resultados. Quiseram destruir o Serviço Nacional de Saúde mas é agora que não se paga a fornecedores . O BE pela voz de Joana Mortágua não apresenta um só argumento acerca dos resultados na educação. A narrativa é : tiraram dos testes os piores alunos, narrativa que os responsáveis pelo PISA em Portugal (  peremptoriamente desmentida ) já vieram negar : 

Sim, o comportamento de Trump eleva a falta de vergonha a um novo nível, mas esse nível está só um degrau acima do que Sócrates instituiu em Portugal e a esquerda abraçou – o desprezo pelos factos, convenientemente substituídos por “narrativas”. Para Joana Mortágua, Nuno Crato foi um elitista destruidor da escola pública e não lhe interessa que os factos desmintam a sua convicção. De resto, nunca é demais lembrar, a deputada do BE não está sozinha: o nosso ar político, entre 2011-2015, foi envenenado de alertas diários sobre a destruição do Serviço Nacional de Saúde ou do sistema educativo. Acusações que, hoje, as avaliações internacionais não só negaram como evidenciaram uma realidade precisamente oposta: onde se alertou para o desastre houve, afinal, melhoria. Mas, naturalmente, isso agora não importa nada.

Abrir a ADSE a mais pessoas é bom para todos.

É bom para o SNS porque descongestiona os hospitais públicos, encurtando os tempos de espera,  melhorando a qualidade dos serviços prestados e reforça a sua sustentabilidade financeira. É bom para os hospitais privados porque alarga a sua base de utentes. E quem contribui para a ADSE, mesmo que opte por ser atendido no privado, continuará a suportar, por via dos impostos, os custos do SNS.

E pelo lado do utente dá-lhe liberdade de escolha um direito que a extrema esquerda rouba aos cidadãos. Mas a Joana Mortágua não pensa assim. Para ela o verdadeiro problema é que os doentes escolham os hospitais privados e possam ter lucro.

“A abertura da ADSE a outras pessoas que não funcionários públicos (e respectivos familiares) “não faz sentido”, porque “estaria a alargar o acesso de utentes aos hospitais privados com prejuízo claro para o SNS”. Por isso, “a ADSE deve manter-se como um sistema fechado aos funcionários públicos e às suas famílias”.

Ou seja, para o Bloco de Esquerda a ADSE é um benefício para os funcionários públicos que deve ser alargado e reforçado mas que deve simultaneamente continuar vedado aos restantes cidadãos portugueses, presumivelmente pertencentes a uma casta inferior que não merece a liberdade de escolha e pode ser sacrificada no altar ideológico do SNS.

Curiosamente – ou talvez não – esta gritante situação discriminatória não parece também levantar quaisquer problemas no âmbito do enquadramento constitucional português, não tendo até ao momento sido vislumbrado pelas instâncias competentes qualquer conflito com o amplamente celebrado princípio da igualdade.

É esta a igualdade e a fraternidade que a extrema esquerda defende. Deixem-nos falar que quanto mais falarem mais mostram a cegueira ideológica que os tolhe.

 

 

Vá lá não foi a Mariana foi a Joana

Segundo a Joana Mortágua o acesso aos hospitais privados deve ser um privilégio exclusivo dos funcionários públicos via ADSE. É que o alargamento da ADSE a outras camadas da população prejudica o SNS empurrando os doentes para os privados.

 

Catarina Martins dá um murro na Joana Mortágua

Quem fala pelo BE é a Catarina e a renegociação da dívida não está em cima da mesa, como adiantou a Joana irmã da Mariana. As clivagens são mais que muitas e a Catarina ainda vai ver que os seus 10% não dão para tudo. Que diabo não são mais que 10% dos votos.

As reuniões são muito profícuas mas não sai de lá nada. Veja-se o tio Jerónimo como já fala para dentro do próprio partido a acalmar a facção estalinista . Agora é a Catarina a tentar meter as ovelhas no redil . É claro que a tal renegociação da dívida é bandeira para deixar cair mas era tão fácil há um mês atrás...

Tanto a porta-voz do BE como o líder comunista recusaram clarificar duas dúvidas: se o acordo com o PS é válido por um ano ou para toda a legislatura; e se exigem a reposição imediata dos salários na função pública e dos valores cortados nas pensões e ainda a eliminação da sobretaxa de IRS.

Isto é tudo muito bonito mas é preciso saber se o défice não fica acima dos 3%