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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Longa vida ao Euro

E não foi preciso sair do Euro para superarmos a crise. Foi com o Euro, uma moeda que não está especialmente desenhada para uma pequena economia periférica, que recuperámos o rendimento e o crescimento e logo à custa das exportações. Até parece ironia. As pitonisas que defendem a saída do Euro prometem crescimento por via da desvalorização da moeda obtendo assim competitividade exportadora. Mas não explicam os efeitos devastadores nas taxas de juros ou nos custos da inflação. Foi com o Euro que as empresas portuguesas aumentaram as exportações para níveis inimagináveis há 10 anos! 

O Euro trouxe-nos disciplina orçamental e uma forte ajuda quando os mercados de capitais cessaram o financiamento dos défices públicos.

O Euro trouxe estabilidade às taxas de câmbio e um estímulo inimaginável por via das taxas de juro negativas.

O Euro é uma uma moeda que bate o marco alemão de há 20 anos em solidez, resiliência, reconhecimento e estabilidade no mercado internacional.

O Euro foi até hoje uma aposta ganha e espero que continue a unir politicamente os que estariam agora a lutar entre si.

A Europa de hoje deve-se ao Euro !

PS : João Duque - Expresso

O governo quer acreditar que as eleições chegarão antes da descida mais violenta

A descida já começou para já, suave . O PIB cresceu apenas 2,1% em termos homólogos no terceiro trimestre do ano, o valor mais baixo dos últimos dois anos. Porque a procura externa se contraiu . Os mercados que importam o que produzimos ou nos visitam como turistas, com a sua redução vai-se o crescimento do PIB português. Tudo porque o dinheiro dos portugueses se escoa no consumo de produtos importados ou sai alegremente para os bolsos do estado em impostos indirectos.

E o Orçamento do Estado para 2019, que poderia ser um bom instrumento para estimular o investimento e compensar, com medidas anticíclicas, a descida das exportações, foi mais uma vez usado para pagar as palmas que a bancada apoiante do governo lhe dedica no Parlamento.

Iremos colher o resultado do que andaram a semear. Não vai ser a crise internacional que vai trair  o Governo ou a sua política económica. É esta que vai arrastar montanha abaixo

PS : Expresso- João Duque

Rapar o tacho na Santa Casa

Ele há coincidências extraordinárias diz-nos o Prof João Duque no Expresso. O investimento da Santa Casa no Montepio é de 200 milhões por 10% do capital . E adivinhem qual é o saldo de disponibilidades e de depósitos existente na Santa Casa : 198 milhões . Até parece que alguém perguntou : olha lá quanto é que há aí no tacho para rapar ?

Levantar todos os depósitos da SGML para os aplicar num único investimento de elevado risco, com uma elevadíssima materialidade para a própria e sem qualquer afinidade estratégica com ela é de uma insensatez que arrepia só de imaginar.

E, claro, que os 10% de capital não valem nem de perto nem de longe os 200 milhões. Vê-se pela fila inexistente de investidores entusiastas.

Este negócio não lembraria ao mais ganancioso, gordo e careca capitalista. Mas lembrou aos socialistas.

O António Costa sabe do negócio mas segue-o à distancia. Pois, Vieira da Silva, sabes bem o que a casa gasta.

E, para já, os jornais estão cheios de Vieira da Silva, da sogra e da mulher. Costa, como sempre, está de férias .

 

 

Os licenciados continuam a emigrar e por isso deixam de ser desempregados em Portugal

Quando olhamos para o crescimento do emprego, percebemos que  os sectores de actividade que mais cresceram no último ano foram o das actividades imobiliárias, que cresceu +18,7%, o do alojamento, restauração e similares, que subiu 18,1%, e o das actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas que aumentou 15,9%.

Todos eles a uma distância galáctica das taxas de variação do emprego altamente qualificado do sector das actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares que caiu -1,5%, ou do sector de informação e comunicação que desceu 4,1%.

Além disso, o emprego que mais cresce é o do trabalho por conta de outrem em regime de contratos a termo e não só de contratos sem termo. É a economia a procurar na flexibilidade que lhe resta fazer face às incertezas do futuro.

O número de postos de trabalho para licenciados caiu 6 mil ! Leu bem : caiu 6 000. Como é possível com tanta Web Summit, com tanta start up de base tecnológica, com tantos milhões, não estejamos a ser uma economia de licenciados ?

Não é este o emprego que eu quero.

Prof : João Duque 

Isto assim não vai longe

Se as exportações não estivessem a crescer, o PIB tinha aumentado 0,5% em 2016 e 0.9% em 2017. Deixem-se de ilusões. E se assim fosse adeus controlo do défice.

E são exclusivamente as empresa e o sector privado que exporta, incluindo aqui o turismo e a entrada de não-residentes permanentes, incluindo os vistos gold que tem induzido muito do investimento em construção via reabilitação urbanística.

Por isso, quando vejo tantos a querer distribuir o crescimento que as empresas e o sector privado exportador está a gerar sem se preocuparem primeiro com a sua defesa e florescimento sei uma coisa : isto assim não vai longe.

PS: João Duque- Expresso

 

A seca e os incêndios

Os sinais são preocupantes e até indiciadores de termos atingido um máximo de taxa de crescimento trimestral para este ano.

O investimento, sem crescer mais, não permite aumentar as exportações ( que têm sido realizadas com base em capacidade instalada e não em capacidade acrescida ) e o aumento de rendimento disponível, alavancado pelo crédito ao consumo em que aposta o governo, vai arrastar mais importações e mais desequilibro no endividamento nacional .

O Turismo, que tem sido o motor desta primavera económica, vai agora iniciar um menor crescimento a que não é alheio um entupimento da capacidade aeroportuária.

Os incêndios vão levar a quebras de actividade já nos próximos trimestres e a seca com impacte na produção agrícola.

Ou os investidores ganham confiança na governação portuguesa, que não vejo suceder, e reagem com um aumento de investimento em bens de capital, ou os próximos trimestres podem ser o definhar face ao inicio do ano.

PS : João Duque - Expresso)