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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Em Itália e Espanha tendência sustentada de menos casos

Itália já pensa em aliviar as restrições. Em Espanha vamos no terceiro dia de redução de casos.

O uso de máscara generalizado, uma aplicação de rastreio, a multiplicação dos testes de diagnóstico e a assistência especializada ao domicílio estão entre as medidas evocadas este domingo pelo ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza.

O país, o que mais mortes associadas à covid-19 regista em todo o mundo, tem verificado nos últimos dias uma tendência sustentada de redução do número de novos casos de infeção e, no sábado, anunciou a descida, pela primeira vez, do número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos.

Em Portugal pode ver aqui um conjunto de gráficos que dão uma visão global da situação. Estamos duas semanas atrasados em relação a Espanha e Itália  ainda é cedo, mas parece que o nosso país também apresenta sinais positivos.

E uma boa notícia :

Por sua vez, a diretora-geral da saúde detalhou que os casos de internamento em cuidados intensivo são sobretudo pessoas idosas. Questionada sobre os mais jovens, Graça Freitas adiantou que nas idades pediátricas as “notícias são de facto muito boas” uma vez que se tem verificado “uma capacidade enorme de recuperação” nesses pacientes.

 

Em Itália os casos diários estão a diminuir

Tal como na China em Itália, após um inicio exponencial, as medidas de isolamento social estão a dar resultado.

Pelo segundo dia consecutivo, houve um decréscimo no aumento de casos e de mortes, depois de 6557 casos e 793 mortes no sábado e de 5560 casos e 651 mortes no domingo.

O número de infetados na Alemanha é superior ao de França - 18 323 -, mas o de mortos é muito inferior (45), segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Um caso que está a intrigar o mundo e que, de acordo com a Deutsche Welle, pode ter várias explicações: o facto de o seu sistema de saúde estar mais bem equipado do que os vizinhos europeus, com 25 mil camas de cuidados intensivos completas com suporte respiratório é uma delas. França tem cerca de sete mil e a Itália cerca de cinco mil. A população alemã ronda os 80 milhões, a de Itália os 60 e a de França os 66.

Entretanto a Alemanha e a Áustria estão a receber doentes ventilados de Itália e França.

Vamos ver em Espanha - que tem 10 dias de atraso em relação a Itália - se o comportamento da infecção é o mesmo e começa a diminuir.

Ventiladores: Quem vive e quem morre

Não basta apelar aos hospitais privados, sociais e militares para libertarem ventiladores .É também necessário libertar equipas de técnicos especializados.

Há hospitais públicos a libertarem ventiladores nos blocos operatórios bem como nos cuidados intermédios. O mercado não  dá resposta atempada para novos ventiladores já com listas de espera. Há salas disponíveis nos hospitais. Adiar cirurgias e camas nos cuidados intensivos. Os doentes que necessitam de ventiladores por outras razões ( AVC, ataques cardíacos, etc) estão a ser transferidos para regiões livres do coronavírus.

Em Itália os médicos e enfermeiros trabalham em ambiente próximo do ambiente de "guerra". O nosso rácio de camas em cuidados intensivos é 9 por 100 000 habitantes em Itália são 12. Temos que aprender com o que se está a passar naquele país. Hoje veio a boa notícia que na região de Milão - onde primeiro apareceu o vírus - não há novos casos. Parece que para nosso sossego está a acontecer o mesmo que aconteceu na China. A pandemia duas semanas depois está a abrandar.

Os hospitais privados dispõem de unidades de cuidados intensivos, que podem funcionar como apoio de rectaguarda que poderá ser muito útil na altura do pico da procura, corrobora João Carlos Winck. E há outra circunstância que deixa o médico mais sossegado: há muitos enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos habilitados a tratar em casa doentes menos graves, sem insuficiência respiratória.

Em Itália foi feita uma lista de critérios para optar entre "quem vive e quem morre".

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O descontrolo de Itália e a eficácia de Macau

Em Itália temos todo um país em quarentena em Macau uma população que não apresenta infectados. A que se deve a diferença ?

É chegado o momento de ir mais longe, muito mais longe. O exemplo de descontrolo de Itália, onde foram tentadas medidas mitigadoras antes de chegar à quarentena de toda a população, em contraste com o que aconteceu em Macau, onde medidas de isolamento total redundaram em fraquíssimas taxas de infecção, tem de servir de ensinamento.

Paralisar um país nunca será uma medida fácil, mas permitir que o SNS entre em total ruptura, perante o aumento previsível de casos, conduzirá a prejuízos muito semelhantes e, mais importante do que isso, a uma perda de vidas que poderia ser evitada.

O momento zero em Itália

Um cidadão chinês foi a Itália ser operado num hospital na zona de Milão. O cirurgião que o  operou desenvolveu uma grave pneumonia sete dias depois.

Foi tratado com a ajuda de um ventilador cuja entubação e manipulação infectou o pessoal médico e de enfermagem. O desconhecimento do vírus fez o resto.

Este está a ser considerado o momento Zero da pandemia em Itália e o facto de ter sido num hospital, cheio de doentes debilitados, explica a virulência e o número de infectados e de mortos bem acima do que está a acontecer nos outros países. Há preocupação em Itália

Já se sabe como funciona o vírus e onde entra na célula o que já fez avançar um tratamento com medicamentos há muito usados no controlo da hipertenção.

O Dr. Filipe Froes da Comissão Nacional mostrou-se muito bem preparado, conhece os colegas italianos que estão no centro da luta que tem contribuído exemplarmente para se conhecer o modo como o vírus actua, onde se acomoda e em que circunstâncias ataca.

A falta de material faz-se já sentir e os ventiladores estão a ser contados ( existem entre 500/600) o que pode não ser suficiente no pico da infecção.

Em Portugal há seis cadeias de infecção activas.

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