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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A irresponsabilidade de dizer que a austeridade acabou

Se acabou então paga. É assim que raciocina quem viu o seus rendimentos diminuírem . Professores, enfermeiros, polícias, juízes, e todos os que pertencem à função pública . Todos os outros, os que ainda pagam o enorme aumento de impostos e não têm sindicatos que os defendam, amoucham .

Não há dinheiro, este foi o argumento de António Costa que deu margem para os seus parceiros do governo ameaçarem. "Mas houve dinheiro ( milhares de milhões) para os bancos." Esquecem-se é de dizer que para os bancos foi uma só vez enquanto para a função pública são Xmilhões no primeiro ano, 2Xmilhões no segundo e ... nXmilhões daqui para a eternidade . Para sempre .

É claro, há muito, que quem deita Portugal para a bancarrota ( já por três vezes em democracia) são os políticos, os banqueiros e os grandes empresários que sugam o Estado até ao tutano. Mas não são só eles. 

" Logo abaixo das nossas lastimáveis elites e da sua vocação para a corrupção, há uma série de corporações poderosas, mais a grande massa dos trabalhadores do Estado e dos reformados, que foi crescendo ao longo do tempo por boas e por más razões. Esse Estado, sem profundas reformas, é insustentável. Ele pode ser alimentado durante alguns anos através do crescimento da economia, mas à primeira mudança de ciclo económico o país vai outra vez ao charco. Não é uma questão de “se”. É uma questão de “quando”.

António Costa, o "habilidoso", tropeçou no virtuosismo e caminha rapidamente para um pedido de ajuda externo.

Basta ouvir as exigências de Jerónimo e Catarina .

Irresponsabilidade é governar sem estabilidade

António Costa agita-se porque os partidos à sua esquerda e seus apoiantes preparam-se para votar contra várias medidas inscritas no orçamento, ficando mais uma vez à mercê do PSD. Vai pedir desculpa o primeiro ministro ?

Irresponsabilidade é formar um governo que não é estável nem credível. Que tem como apoiantes dois partidos da extrema esquerda que têm como objectivo sair da Zona Euro.

O PS, pela mão de José Sócrates, assinou o memorando de ajuda externa ao país em 2011 e, no entanto, a posição do partido foi sempre negar as suas responsabilidades no compromisso internacional negociado. Os seus mais destacados dirigentes, na Assembleia da República, nos sindicatos, na rua, na Aula Magna, com as suas grândoladas nada  mais fizeram que obstar ao cumprimento dos compromissos internacionais.

Irresponsabilidade é derrubar um muro que o PCP nunca quis derrubar e mesmo assim fazer dos comunistas seus parceiros no governo. Irresponsabilidade é chamar para o arco governativo o BE que tem como única razão de ser lutar contra o Tratado Orçamental e a Zona Euro.

O PSD devia vender caro o seu voto para que fique claro que o governo cai se e quando a oposição quiser  mas, não perdendo de vista, que a "solução conjunta" precisa de mais um tempinho de lume brando.