O que temos pela frente é pior do que o tivémos no tempo da Troika.
Este programa visa um objetivo estratégico único: recuperar a economia e tornar Portugal um país muito mais competitivo e no médio/longo prazo um dos países mais competitivos no quadro da zona Euro", apontam.
Para o atingir, os sociais-democratas pretendem aumentar as exportações para 50% do PIB até 2023 e para 60% do PIB até 2030, ter contas externas equilibradas a partir de 2022 e reduzir a dívida pública para valores em torno dos 70%-80% do PIB até ao final da década, com um aumento do investimento privado e público para um total de 20% do PIB até 2023 e 25% do PIB até 2030.
O PSD quer também atrair para Portugal, nos próximos três anos, investimento estrangeiros que permitam criar "quatro a cinco grandes projetos industriais tipo Autoeuropa" e constituir um verdadeiro banco de fomento com um capital de mil milhões de euros.
No capítulo de captação de grandes investimentos estrangeiros, o PSD aponta até as áreas preferenciais que o país deve atrair: farmacêutica, robótica, software, floresta e energias renováveis.
Além da captação de investimento estrangeiro, a capitalização das empresas portuguesa é outra das grandes linhas do programa, com o PSD a defender o reforço da capacidade da Instituição Financeira de Desenvolvimento, defendendo ser essencial "relançar e tornar definitivo o papel crítico do Banco de Fomento", com um capital de mil milhões de euros.
Está é a última oportunidade do país sair desta apagada e vil tristeza. Há 25 anos que percorremos paulatinamente o caminho da pobreza, ultrapassados por todos os outros países. É um desígnio nacional que temos pela frente.
Apoiar as empresas existentes e suportar o seu relançamento com vista a retomar o mercado único europeu . E investimento privado nas 2,5 milhões de Pequenas e Médias Empresas europeias que representam 50% do PIB europeu.
A Europa tem que retomar a cadeia de valor industrial que perdeu para os países asiáticos. Comprar europeu é comprar mais qualidade, dar emprego aos europeus e manter a Europa líder na inovação.
Segundo o documento, a estratégia de saída europeia da crise e o plano de recuperação tem de assegurar que a Europa mantém a sua liderança económica, promover a educação, a formação e a inovação e adotar medidas para as médias empresas.
Para a federação, a recuperação da crise “não será simétrica”, assim “é crucial” ajudar as zonas mais vulneráveis e atingidas, devendo a União Europeia (UE) “trabalhar imediatamente” para restabelecer a livre circulação de bens, serviços e trabalhadores.
A EFB é uma federação com 15 organizações empresariais familiares, que representam um volume de negócios superior a um bilião de euros.
Como seria de esperar os estatistas cá do sítio já vieram exigir investimento público como motor da recuperação económica. Ao invés dos restantes países europeus que estão a fazer chegar dinheiro às empresas e às famílias.
Mesmo admitindo que desta vez o investimento público será produtivo, lançar projectos, concursos públicos e negociações demora dois ou três anos antes de obra chegar ao terreno. Mal de nós se daqui a três anos ainda a recuperação da economia estiver no lamaçal da burocracia estatal.
A ideologia pela mão dos que não comungam do interesse nacional já por aí anda, o que também já fez que gente da economia real tenha vindo a terreiro clamar que não há pior medida nesta crise do que gastar o dinheiro em investimento público.
Entretanto as empresas fecham, o desemprego aumenta e a miséria alastra . Quando estivermos finos e com as pernas a tremer o investimento público chega.
As contas públicas foram estabilizadas graças ao corte no investimento público (despesa pública). Isso paga-se.
Um investimento público que requalifique o país e o torne mais resiliente com as infra-estruturas que precisa. Um investimento público que ajude o investimento privado e não o afaste. Um investimento público que ajude a lançar as bases de uma política de substituição de importações, reforçando a importância da industrialização.
Um investimento público que relance o Investimento Directo Estrangeiro. Um investimento público que mantenha vivos os principais sectores da actividade económica, investindo neles com transparência e deixando a porta aberta para sair quando o mercado normalizar. É a altura da mão visível do Estado salvar o mercado e a economia. É uma orientação diferente, com outras regras e outras prioridades.
Explica parte da nossa falta de crescimento. É que para crescermos 3% ao ano precisamos de 120 mil milhões de euros de investimento por parte das empresas nos próximos 10 anos .
Os bancos não emprestam dinheiro a empresas descapitalizadas porque a sua situação é difícil. Por todas estas razões, o IDE assume uma importância central ao permitir o crescimento acelerado por não pesar nem no crédito nem na dívida.
Depois da vaga de de investimento alemão de que a AutoEuropa é exemplo, não voltou a haver grandes investimentos . E os mais recentes mais não foram do que a passagem para investidores externos do capital de empresas já existentes (EDP,REN,CIMPOR,PT e várias dos sectores da banca e seguros)
Sendo certo que tem havido investimento de expansão de empresas já existentes mas não actividades novas, competitivas a médio e longo prazo .
A nossa pouca atractividade conta-se por não termos um mercado interno comparável ao da Espanha por exemplo, e com custos fiscais e juros mais elevados . E depois há outros factores conhecidos há mais de 20 anos. Taxas de impostos elevadas, regras fiscais em constante mudança, justiça económica lenta e legislação do trabalho rígida, bem como burocracia e dificuldades no licenciamento.
E não há uma adequação de técnicos altamente qualificados às necessidades da procura. Enfim, nenhum destes problemas é fácil de resolver sem um plano de reformas que a extrema esquerda não deixa fazer. Pelo contrário insistem na reversão de medidas que iam no sentido certo.
Neste caminho vamos ter pela frente um futuro poucochinho .
É o presidente do CES Correia de Campos que o diz em plena Assembleia da República. Este número dá bem a ideia dos anos que ainda serão necessários para que a economia se mostre capaz de pagar a dívida. Criar emprego a este nível só com investimento, muito investimento público e privado que não há . Chamar investimento estrangeiro é cada vez mais fundamental. Mas isso faz-se com um estado amigo das empresas, com estabilidade fiscal e com baixa de impostos, tudo o que este governo não faz.
Aliás, a primeira coisa que fez foi rasgar o acordo com o governo anterior sobre a redução da taxa de IRC sobre as empresas. Depois reverteu as privatizações das empresas de transportes que tinham sido entregues ao capital privado extrangeiro. Como se vê só ajudas ao aumento do investimento estrangeiro.
Não é por acaso que as previsões para o crescimento nos próximos anos não sejam superiores a 1,4% em 2016, 1,2 % em 2017 e 1,4 % em 2018. Bem longe, portanto, dos 3%.
O Financial Times falou com Jujtaba Rahman, do grupo de consultoria Eurasia Group, que indicou que o Executivo português "enfrenta a tarefa impossível de concilicar exigências contraditórias entre os parceiros de esquerda e a comunidade de investimento internacional. Algo que, segundo disse Rahman ao jornal, terá um "impacto negativo sobre o ambiente empresarial português durante anos".
As embaixadas de países de onde eram oriundos os grupos compradores, como o México, já se pronunciaram e mostraram-se contra a opção, lembrando que os contratos de subconcessão estão incluídos em entendimentos de maior dimensão.
Não há nada mais importante para Portugal, nesta altura, que o investimento internacional que está a ser tratado com os pés. Sem investimento privado externo não há criação de emprego.
Angolanos, Franceses, Chineses, Brasileiros, Americanos e Espanhóis descobriram Portugal. Os seus investimentos estão a tirar Portugal do buraco. Empresas globais, com dinheiro, sólidas, substituem empresas nacionais anémicas e sem músculo financeiro.
A crise das finanças públicas, a descapitalização dos grupos empresariais e financeiros nacionais (incluindo o desmantelamento do universo Espírito Santo) e a pouco habitual postura laissez faire do Governo de Passos Coelho são três razões que explicam esta torrente de vendas ao exterior. Outras razões: o papel que Portugal pode desempenhar como porta de entrada de capital chinês ou angolano - para citar dois exemplos mais notórios - em paragens europeias, nas quais tipicamente tem mais dificuldade em penetrar.
A curto prazo só há vantagens quanto ao futuro será o que conseguirmos construir. E quanto à perda de centros de decisão nacionais os exemplos que temos não deixam margem para dúvidas. Conversa fiada.
António Costa defende os Vistos Gold como instrumento eficaz para captar investimento estrangeiro e orientá-lo para a reabilitação urbana. No caso da rede associada aos Vistos Gold houve logo quem quisesse deitar fora o menino com a água do banho. Não se fazia a coisa por menos. Lavagem de dinheiro. Claro que há imensos países com esta medida mas nesses serve, cá é que não.
O secretário-geral do PS prometeu hoje apostar na reabilitação urbana e considerou que os Vistos Gold são um instrumento importante para manter uma política estável de captação de investimento estrangeiro.
Depois de assente a poeira a realidade impõe-se. Os Vistos Gold desbloquearam a situação das empresas de imobiliário e, agora, esgotado o stock, chegou a vez da reabilitação urbana.
O crescimento do investimento privado em 2015 vai ser foi robusto (4%) e vai continuar em 2016 (4,4%). Uma das variáveis do crescimento económico mais penalizadas no programa de assistência financeira está agora a evoluir de forma favorável, graças ao novo pacote de fundos comunitários, aos juros mais baixos que as empresas estão a conseguir quando se financiam e ao interesse crescente de investidores estrangeiros.
A AICEP tem registado “bastante interesse por parte de investidores, com projectos que ascendem a alguns milhares de milhões de euros”.
Neste momento, diz, o organismo acompanha “várias dezenas de projectos” de investimento de várias geografias, em sectores como o automóvel, a agro-indústria, os centros de competências ou a aeronáutica. De facto, esta semana trouxe novidades na aviação. A Embraer, que tem duas fábricas de componentes de aviões em Évora, anunciou a intenção de reforçar a produção em Portugal, recorrendo a fundos comunitários, para poder fabricar no Alentejo novos modelos de jactos.