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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Falta investimento produtivo mais uma vez

Sem investimento produtivo vamos continuar a ter uma economia baseada no Turismo e em sectores de baixa proodutividade e baixos salários.

Interessa recordar mais uma vez que os 25 185 milhões de fundos europeus atribuídos a Portugal pela UE no quadro plurianual 2014/2020 – o chamado “Portugal 2020” – não resolveram os graves problemas de falta de investimento de que o país necessitava para se modernizar”, diz o economista, referindo ainda que “o crescimento económico nos últimos anos baseou-se em pouco investimento mas mais trabalhadores, mas com menos produtividade, e em baixos salários de setores de baixa tecnologia como é o turismo. A continuar isto, não sairemos do círculo vicioso de atraso em que o país tem vivido. E não serão megaprojetos como o hidrogénio verde e o TGV , etc., que agora estão na moda, à semelhança da febre de autoestradas e estádios de futebol no passado, que farão sair o país do estado de atraso em que se encontra”,

O que fazer aos 57,9 mil milhões de euros europeus ?

Em dez anos Portugal irá receber 6,4 mil milhões/ano. Saber o que lhes fazer, onde, quando e como é essencial para tirar Portugal desta situação de pobreza.

No que diz respeito aos fundos comunitários para investir a fundo perdido até 2029, Portugal vai ter à disposição 57,9 mil milhões de euros, o que assegura 6,4 mil milhões de euros para investir anualmente sem custos associados.

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Temos empresas rentáveis que estão com a corda na garganta e é fulcral mantê-las à tona, pois se recuperarem serão eixos fundamentais para o crescimento da economia". O consultor considerou que "esta crise vai exponenciar constragimentos históricos que ainda não conseguimos superar, como o mercado interno limitado, as empresas descapitalizadas, a dívida pública, a produtividade baixa, o nível baixo de investimento e a fiscalidade elevada".

E que, para superá-los, "as empresas têm de estar no centro da recuperação económica", o que implica "alterar o perfil da economia", para "qualificar o emprego e minimizar todas as formas precárias de emprego". Nesse sentido, Costa Silva apelou à criação de mais riqueza, de forma a "atrair imigrantes, fixá-los no país e criar condições para o regresso de parte da diáspora que abandonou o país", o que irá "contrariar o envelhecimento".

Envolver as empresas no investimento na Saúde

Só trabalhadores saudáveis e com acesso fácil à Saúde é que são produtivos. Precisamos de mais investimento e de menos ideologia.

As estruturas económicas do país têm feito algum investimento em seguros de saúde, reconhecendo que a produtividade dos seus colaboradores depende das condições de oferta de serviços de saúde. Se o poder administrativo do país fosse menos ideológico e centralizador neste setor, mais pragmático no que respeita à oferta do SNS, poderíamos eventualmente financiar a saúde de forma muito mais eficaz e eficiente ao envolvermos as empresas diretamente neste financiamento, incentivando-as a oferecer um seguro mínimo aos seus colaboradores.

Dessa forma poderíamos continuar a retirar muita procura das urgências dos hospitais públicos, papel já assumido há décadas pela ADSE e que pode ser reforçado por novos players, deixando o SNS focado na especialização em cuidados aos quais só o SNS pode dar resposta. No fundo creio que seria oportuno avaliar uma forma que responsabilizasse toda a sociedade pela saúde que precisamos, pois só com um bom sistema e o envolvimento e reconhecimento da sua importância poderemos desenvolver a economia.

A loucura da TAP

Meter Mil Milhões na TAP uma companhia que já apresentava prejuízos antes da pandemia e que não dá garantia nenhuma que possa apresentar lucros no futuro próximo é uma loucura.

Este montante é o dobro do que se prepara para meter no SNS e metade de todo o reforço da Segurança Social . Isto mostra bem como são irrisórios os apoios sociais previstos face à pandemia.

Acresce que o Estado nem sequer está a pagar aos fornecedores o que deve. Portugal está a gastar a medo face a outros congéneres europeus a começar pela Alemanha que vai dar um cheque de 300 euros por criança. Tal deve-se a este condicionamento do passado que é o elevado endividamento público e o medo do agravamento dos juros.

Bem podem Centeno e Costa dizer que o país está preparado para fazer face à crise.

Mais mortes e mais infecções no SNS por falta de dinheiro

Investimentos no SNS que não foram executados e que levaram a que a pandemia tivesse uma gravidade maior.

Bruxelas lamenta que "a crise de covid-19 demonstrou a fragilidade das estruturas de cuidados de longa duração em Portugal, que registaram taxas de contaminação e mortalidade mais elevadas". A população que mais depende deste tipo de cuidados é especialmente a mais idosa, como se compreende.

Mas, ao mesmo tempo que pede mais investimento, a CE diz que há problemas financeiros que devem ser acautelados. Nesse mesmo trabalho de fevereiro de 2019, os técnicos da Comissão referem que "a sustentabilidade financeira no curto prazo do sistema de saúde continua a ser preocupante" e que "embora as despesas de saúde em Portugal tenham sido inferiores à média da UE, o seu aumento no longo prazo deverá ser um dos maiores da UE".

A CE também sublinhou nessa altura "a necessidade de investir no Serviço Nacional de Saúde continua a ser substancial, tendo em vista a construção de novos centros hospitalares, o reforço dos cuidados de saúde primários e a atualização dos equipamentos médicos" e que "subsistem desigualdades no acesso aos cuidados de saúde".

O condicionamento industrial de Salazar

As vozes que se fazem ouvir contra o turismo, o alojamento local e os "tuk tuk " são a cultura do condicionamento industrial de Salazar que perdura 40 após o 25 de Abril. Amordaçar, acorrentar a liberdade de iniciativa da sociedade civil que só os que têm muito dinheiro e poder conseguem contornar.

Ora, se há alguma certeza é que Portugal nunca sairá da sua apagada e vil tristeza enquanto perdurar este ódio feito bandeira "pública" aos empreendedores. Já não serve dizer que a culpa é do Euro ou dos mercados porque os outros países com os mesmos " constrangimentos e chantagens , no típico linguarejar do PCP e BE, crescem, criam postos de trabalho, e até absorvem a mão de obra portuguesa que aqui não encontra trabalho.

Por outro lado os patrões portugueses, na sua maioria, têm como objectivo enriquecer depressa deixando para segunda preocupação o investimento em novos equipamentos, na inovação e na formação dos seus trabalhadores.

O crescimento da economia é a chave para a resolução de todos os problemas macro-económicos nacionais. Portugal nunca foi capaz de produzir o suficiente para que o seu povo tivesse uma vida digna e é por isso, e não por ser um povo aventureiro, que procurou novos mundos e que continua a emigrar às centenas de milhar.

E, a verdade, é que mais uma vez a economia não cresce , a emigração continua, o SNS soçobra e a educação continua nas mãos de quem a cobriu, ano após ano, de um manto de mediocridade.

Bem pode a extrema esquerda lançar poeira para os olhos e não perder oportunidade de manifestar o seu ódio a quem cria riqueza e postos de trabalho . E o "Babush ", feito primeiro ministro, lá anda pela longínqua Índia a atrair investimento que não consegue captar aqui no ocidente. Como se as condições que Portugal oferece para atrair investimento e empresários fossem más para os ocidentais mas boas para os orientais.

A China anda por cá a comprar empresas públicas "rentistas " que não encontra em mais país nenhum. Ou acham mesmo que os chineses andam por cá por terem "os olhos em bico "?

PS :

Esta lei foi publicada em 1931 pelo decreto lei nº 19354, define que compete ao Ministro do Comércio e Comunicações depois de consultado o Conselho Superior Técnico das Industrias autorizar:

 

A instalação de novos estabelecimentos industriais e a reabertura no caso de paragens por tempo igual ou superior a dois anos.

                                  

A montagem ou substituição de tecnologia nas empresas de que resulte aumento de produção;

A transferência de licenças de exploração, arrendamento ou alienação de estabelecimentos a estrangeiros ou a empresas estrangeiras                              

              

            A lei do Condicionamento Industrial serviu para eliminar a concorrência interna das empresas já existentes em cada ramo , mas ao mesmo tempo , contribuiu para a estagnação tecnológica, a criação de monopólios e a fraca qualidade dos bens e serviços comercializados.

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A despesa na saúde não é despesa é investir nas pessoas

A não ser que a despesa seja no privado está bem de ver. Aí é uma despesa maldita que até pode dar lucro por isso é bem melhor mandar as pessoas para as listas de espera onde morrem sem tratamento.

"A palavra-chave é medir porque se financiarmos o sistema de saúde com base nos benefícios alcançados para o doente, e não apenas no número de interações com os profissionais de saúde, estaremos a diferenciar as opções que trazem mais benefício para os doentes"

Como referiu Filipa Mota e Costa, "o problema dos labirintos não é o de se encontrar a saída, é o tempo que se demora até encontrar essa saída, que no caso do doente significa que devia ser tratado no momento em que mais precisa de ser tratado".

É ter no centro do sistema o doente e não outra razão qualquer ditada por ideologias idiotas.

E a culpa do PIB não crescer é do Euro ?

Se se corta no investimento para fazer crescer a despesa pública pode esperar-se que a economia cresça ? O que está a acontecer é que o aumento do rendimento dos portugueses está a fazer crescer as importações três vezes mais que as exportações logo, o défice externo cresce. E este défice da balança comercial vai ser pago - como sempre - pelos subsídios europeus e pelas remessas dos emigrantes.

O PIB portou-se melhor do que o esperado no primeiro trimestre de 2019 devido à importação dos aviões da TAP .  Conta-me histórias, António...

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Sem poupança não há investimento e sem investimento não há crescimento

Estamos alegremente a empobrecer enquanto o governo anda maldosamente a enganar-nos. Infelizmente estes gráficos não mentem. E a ratoeira em que este governo meteu o país está bem explicado no texto . Há sempre quem não queira ver apesar da experiência recente com Sócrates.

O crescimento é medíocre e está a descer como não pode deixar de ser com o alarve corte no investimento. E a pergunta que já se impõe é : como sair disto ?

Até 2023, as nossas taxas de crescimento andarão na casa dos 1,5%. É difícil imaginar um cenário mais medíocre. 

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