"Unimor-nos numa comunidade permite-nos viver em prosperidade e legar o modelo social europeu aos nossos filhos e netos. E, em geral, a situação actual da Europa até é positiva.
Todos os estados membros da zona euro estão a crescer e a zona euro, como um todo, assiste a um crescimento ininterrupto há 16 trimestres. Tudo isto mostra que as reformas estruturais e uma política orçamental responsável têm os resultados desejados. Portugal é o melhor exemplo disso."
A "velha raposa" abandonou recentemente a linha da Europa federalista que apadrinhou ao longo de décadas . Sempre defendendo a Europa, assumiu em Junho último, à saída de uma reunião em Bruxelas, que as alterações da "União" são neste momento praticamente impossíveis.
Agora, diz, é a altura para fazer uma maior integração a partir de uma base intergovernamental .
"O nosso norte deve ser uma Europa mais unida e mais forte" , afirmou António Costa deixando subentendido que Lisboa apenas contempla como hipóteses futuras o terceiro (maior integração para quem quiser) e quinto (muito maior integração para todos) cenários. As palavras foram proferidas por Costa no encerramento da conferência "O Futuro da Europa em Debate", que decorreu esta sexta-feira, 14 de Julho, em Lisboa, e que foi promovida pela Comissão Europeia com o objectivo de iniciar uma discussão sobre os cinco cenários presentes no Livro Branco que a instituição liderada por Jean-Claude Juncker lançou para discussão pública.
Depois da ameaça colocada ao futuro da integração europeia pelo Brexit e pelo calendário eleitoral de 2017, o líder do PS considera que a recente celebração do 60.º aniversário do Tratado de Roma "foi um ponto de viragem".
A vitória é de quem sempre foi pró UE e pró Zona Euro e, ao invés, a derrota é de quem sempre foi e continua a ser anti UE e anti Zona Euro.
Não ponham a narrativa ao contrário. A UE e a ZE estão bem e recomendam-se têm soluções e caminham para mais integração e não para menos.
A austeridade continua sob a forma de cativações, maus serviços públicos e cortes no investimento . Com os partidos que apoiam o governo a divergir no essencial, a integração europeia, não podia ser de outra forma .
Depois de quatro anos de “austeridade”, Costa esperava ganhar as eleições, e o PCP e o BE ascender ao nível do Syriza. Mas não aconteceu nem uma coisa nem outra. O insucesso das esquerdas portuguesas juntou-as no que é uma simples tentativa de ocupação do Estado, para benefício das suas clientelas. Que mais poderiam fazer em conjunto? PS, PCP e BE reconhecem divergir sobre a “integração europeia”. Mas a “integração europeia” diz respeito ao tipo de regime político e ao modelo de sociedade. Ou seja, PS, PCP e BE estão separados em relação ao que é fundamental. Por isso, não estão em condições de se unir em grandes iniciativas.
E os "outlooks " das agências estão aí para o demonstrar .
Os países mais poderosos não devem tomar decisões pelos outros mas devem liderar, sem exarcebar nacionalismos. A segurança exige mais coesão entre todos. O crescimento da economia exige maior solidariedade e a Política exige maior integração.
Não, o Brexit não é o fim da UE é o que nos dizem Merkel, Holland e Renzi .
Integrar os imigrantes que nos procuram : Numa sociedade integrada, tendencialmente toda a gente vive com toda a gente, não há bairros segregados nem guetos. As escolas são frequentadas por todos. O mesmo se aplica aos hospitais, aos tribunais e aos espaços públicos. Na Europa, os imigrantes têm o dever de respeitar o ethos cívico e democrático que caracteriza actualmente as sociedades deste continente. Estou convencido de que a integração é, para a liberdade individual e a democracia, mas também para o bem-estar dos imigrantes, uma política superior e vantajosa!
Pelo multiculturalismo, tudo é feito, nas sociedades de acolhimento, para que os imigrantes possam manter e cultivar as suas tradições, regras de vida e valores, tanto privados como públicos. Numa sociedade multicultural, os bairros dividem-se, planeada ou espontaneamente, por etnias, as escolas são diferentes para cada grupo, podendo as instituições ter regras diferenciadas. A segregação pode ver-se no urbanismo, na economia doméstica e no emprego. Pode ser reflexo de autodefesa dos grupos minoritários ou da recusa da integração. As burcas e os niqab, a poligamia, a excisão das mulheres, a venda de crianças, as várias formas de escravatura, a proibição de bebidas alcoólicas, a interdição de conduzir automóveis, os casamentos contratados de crianças, as regras do poder conjugal, paternal e marital, assim como do poder político do sacerdote, são alguns dos exemplos de tradições que fazem parte das culturas não ocidentais. Creio que a fragmentação social, para não dizer apartheid, levada a cabo pelo multiculturalismo pode destruir os sistemas democráticos.