Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Alegrem-se, vamos todos ser aumentados

Para além das taxas e taxinhas que todos os dias nos caiem no regaço ( hoje o IMI das casas recuperadas) temos uma geral de aumento dos preços.

Isto apesar da inflação andar abaixo dos 2% que o BCE tem como objectivo mas isso também não interessa nada, não é verdade ? Feitas as contas lá se vai uma parte considerável dos aumentos poucochinhos dos salários e das pensões.

Aumentos em produtos de primeira necessidade mas o que está a dar é Marcelo no hospital e a golpada do financiamento dos partidos. Ah, o aumento do salário mínimo não tem nada a ver com isto ( com a produtividade ) e a carga fiscal sobre as empresas também não.

Se bem me lembro as associações patronais avisaram mas pronto, ficamos assim, até porque sem fazer contas quem é que está contra a subida do salário mínimo ?

 

ALEGREM-SE! AFINAL TODOS VAMOS TER AUMENTOS!
Luz……………………………. 2,5%
PÃO ………………………….. 5/10%
TRANSPORTES……………… 2,5%
AZEITE………………………… 20%
LEITE…………………………… 5%
COMBUSTIVEIS (estimado)……3%
PORTAGENS…………………….1,4%
TABACO………………………… 1,4%
IUC……………………………….. 1,4%

FIQUEMOS POR AQUI…..

Recuperação da Zona Euro está a ganhar força

BCE revê em alta o crescimento da economia e a inflação mas avisa que ainda são necessários estímulos. Confirma que vai reduzir as compras de dívida a partir de Janeiro mas cautelosamente.

"O passo rápido de expansão económica e a melhoria significativa nas perspectivas de crescimento" que beneficia do momento cíclico da economia e resultará em melhorias no mercado de trabalho "dão espaço para mais confiança de que a inflação vai convergir em direcção ao nosso objectivo de inflação", definido como um valor próximo, mas a inferior a 2%, afirmou em Frankfurt, reflectindo em parte a revisão em alta das previsões de crescimento na região, que colocam o PIB da Zona Euro a aumentar mais de 2% por ano tanto em 2017, como em 2018.

Portugal vai à boleia mas diverge crescendo menos que a média europeia.

 

Inflação, deflação , estagflação e desinflação

Estamos, enfim, a iniciar um ciclo de inflação controlada à volta dos 2% como quer o BCE e que para obter tal resultado inundou o mercado de liquidez com o seu programa de compra de dívida pública ?

Se 2017 marca realmente uma inversão geral de uma década de deflação, é razoável esperar que a maioria dos principais bancos centrais não esteja inclinada a reagir de forma exagerada se, após uma década ou mais (mais tempo para o Japão) de decepções, a inflação ultrapassar a meta. Além disso, a visão de que metas de inflação mais elevadas (talvez 4%) podem ser desejáveis (porque dariam mais margem aos bancos centrais para baixarem as taxas de juro na sequência de uma recessão futura) ganhou adeptos entre alguns grupos políticos e académicos.

Naturalmente, pode haver ainda outro factor a motivar a tolerância dos maiores bancos centrais em relação a uma inflação mais elevada. Mas os seus líderes podem não estar dispostos a reconhecê-lo abertamente: como já argumentei noutro lugar, uma dose constante de inflação, ainda que moderada, ajudará a corroer as montanhas de dívida pública e privada que as economias avançadas têm acumulado nos últimos 15 anos.

Taxa de juros da dívida acima dos 4%

Uma escalada imparável, embora o Presidente da República tente aliviar a pressão dizendo que não está preocupado.

Entretanto a Alemanha, com uma inflação de 1,7%, pressiona o BCE para terminar com a compra de dívida o que, de imediato, fará crescer ainda mais as taxas de juro da dívida portuguesa. Nada de novo.

Em Espanha, os juros da dívida a dez anos sobem 9,3 pontos base para 1,526%, enquanto em Itália o agravamento é de 10,6 pontos para 1,976%. Por cá sobem para 4,014%.

A trajectória da taxa a 10 anos vem em crescendo e não vai terminar por aqui. É o custo de termos um governo apoiado por dois partidos anti - União Europeia e da economia crescer debilmente .

taxa4.png

 

 

Economia muito diferente e muito melhor

Com os problemas demográficos que temos, com o nível de bem estar assegurado pelo estado social e com os custos inerentes,  os países europeus dificilmente crescerão mais que 2%. E com uma inflação de 2%. É a melhor situação a que poderemos aspirar. Resta-nos retomar a indústria e a agricultura, manter a tecnologia e a inovação e, principalmente, distribuir melhor.

É isto que o conselho de finanças públicas...nos vem dizer na análise conhecida hoje. "O Conselho de Finanças Públicas admite um crescimento económico acima de 2% anualmente a partir de 2016, se o Estado devolver a totalidade dos cortes salariais à função pública e se acabar com a sobretaxa em sede de IRS.

Na “ausência de novas medidas de política”, o Conselho de Finanças Públicas (CFP) aponta para um crescimento até mais elevado do que o previsto pelo Governo: 1,6% este ano, 2,3% e 2,4% em 2016 e em 2017, respectivamente, ficando nos 2,2% nos dois anos seguintes." E tudo isto com saldos externos positivos coisa nunca vista cá no burgo.

Recorde-se que nos últimos quinze anos raramente crescemos acima dos 1%, apesar do muito dinheiro. Convinha, pois, não estragar.

Travado o declínio da inflação na Zona Euro

Este ano vamos ficar pelos 0%, em 2016 por 1,5% e em 2017 chegados aos 2% objectivo central do BCE para a inflação.  Nessa altura o Banco Central Europeu pode começar a retirar os incentivos que nestes anos andou a semear para ajudar à retoma da economia.

Em 2017, dizem as novas projeções, a inflação da zona euro já estará "próxima, mas abaixo de 2%", como diz o mandato do banco central, o que pode ser o BCE a sinalizar que daqui a dois anos, segundo os seus modelos, estará preparado para começar a retirar estímulos à economia e, até, para subir as taxas de juro.

Depois da guerra já se começam a limpar armas

O dinheiro do BCE vai enfim chegar à economia ?

Um vasto programa de dívida hipotecária aos bancos por parte do BCE pode não chegar à economia. Os balanços bancários vão ficar mais folgados para apoiar a economia mas ainda não é o programa de compra de dívida directamente aos privados. A ideia, para já, é fazer subir a inflação aos 2%.

O BCE "vai comprar uma vasta carteira de dívida titularizada", declarou Draghi na conferência de imprensa que se seguiu à reunião mensal do banco. Draghi referiu que o pacote de compra de ativos do BCE inclui também créditos hipotecários em euros emitidos por instituições financeiras da zona euro. O presidente do BCE não precisou o montante deste programa de compra de ativos, que deverá ser lançado a partir de outubro.

Entretanto a taxa directora baixou para o,o5% que está agora ao nível da taxa directora da Reserva Federal Americana. Ao mesmo tempo baixou a taxa de remuneração dos depósitos dos bancos de -1% para -2 % com vista a desincentivar o  parqueamento de dinheiro no banco central. Devagar, devagarinho, as medidas não convencionais estão a ser implementadas na Zona Euro. Não estraguem.

O BCE vai estimular a inflação na Zona Euro

Comprando activos ( dívida pública) e remunerar o dinheiro em depósito dos outros bancos europeus a taxas negativas. A ideia é empurrar as taxas de juros para baixo e estimular a concessão de crédito à economia.

“A informação recente indica que a recuperação moderada da economia está a progredir de acordo com as nossas expectativas”, afirmou Draghi. Isto apesar de factores ligados à “geopolítica e desenvolvimentos nos mercados financeiros globais levarem a que os riscos para a economia da Zona Euro pendam, predominantemente, para o lado o negativo."

Instrumentos que os países, sejam eles quais forem, nunca terão à sua disposição individualmente. Não se combatem incêndios com mangueiras de jardim nem com baldes de plástico.

Não há monstro nenhum

Por cá agita-se o monstro da deflação. Para meter meter medo. Inflação, desinflação e deflação são propositadamente confundidos no debate público. O que temos cá por casa  no "5 dias" - "O monstro da deflação" - apresentado cientificamente como uma previsão acertada de há um ano, é uma confusão de conceitos que dá que pensar. Pelo contrário, quem estuda os assuntos e os apresenta como uma contribuição válida para a discussão, e não como um desejo partidário ou ideológico não pode ser mais claro : "  "A deflação é um inimigo mortal para o estado sobreendividado e para os parasitas que o parasitam", entre eles "as empresas e sectores que levam uma vida parasitária às custas do resto da economia". "há que separar a "desinflação benigna" em curso da "má deflação" cujo fantasma está afastado do conjunto da zona euro. A desinflação é uma boa notícia para o rendimento disponível e mesmo a deflação no caso das economias periféricas sob resgate da troika é inevitável.

...que se faz uma confusão deliberada em torno da meta de estabilidade dos preços abaixo ou próximo de 2%. Essa meta, sublinha, é de médio prazo, e não deve ser usada para uma "reacção mecânica" no curto prazo. "Com a retoma económica a estabilizar-se na zona euro e com os principais indicadores a apontarem para cima, o cenário mais provável no médio prazo é de estabilidade de preços e de uma subida modesta nos próximos dois anos. Não é precisa mais nenhuma acção do BCE. Seria de impacto questionável e levaria a uma política monetária excessivamente frouxa por demasiado tempo". Como se vê não há monstro nenhum.