As viaturas movidas a gasóleo e a gasolina têm o fim do seu ciclo de vida útil cada vez mais perto. É uma questão de preço e de limar a tecnologia necessária.
A última geração de carros que circulam em Portugal já são híbridos. Automaticamente passam do motor eléctrico para o motor de combustão conforme a velocidade ou a potência exigida segundo a situação o que quer dizer que dentro das cidades circulam movidos a electricidade a maior parte do tempo.
Os transportes públicos e as empresas públicas também já estão a reconverter as suas frotas .
Mas os sinais mais fortes são notícias destas que há cinco anos eram impensáveis :
Experiências com gases tóxicos em macacos e pessoas. "É injustificável"
E as investigações sobre a fraude nos filtros para diminuir as emissões de gases tóxicos a atingir grandes marcas mundiais são outro sinal que a indústria automóvel está em mudança radical.
O The New York Times revelou na sexta-feira que os construtores alemães tinham encomendado um estudo para defender o diesel, depois de revelações de que os gases libertados pelos escapes dos automóveis eram cancerígenos. Esse estudo que terá sido realizado em macacos, terá sido financiado pelo EUGT, grupo europeu de pesquisas sobre o ambiente e saúde nos transportes criado pelos três construtores automóveis e extinto em 2017. Desconhece-se se a Volkswagen, a Merceds e a BMW tinham conhecimento do método usado nas experiências, realziadas em 2014.
No domingo, um jornal alemão, o Stuttgarter Zeitung, acrescentou que também foram realizados testes em humanos, nomeadamente com dióxido de nitrogénio.
Acertou as contas, recebeu uma ajuda de 85 mil milhões da troika e agora a economia cresce puxada pela indústria, pela construção civil e pelas exportações. Com o consumo interno a acompanhar.
Os irlandeses viveram nos últimos anos com duras medidas de austeridade depois de a situação do país ter levado, em 2010, a um programa de resgate no valor de 85 mil milhões de euros assinado com a União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI). Em 2013 o governo aliviou a austeridade já depois da saída da Comissão Europeia e do FMI
Mesmo assim o obreiro deste trabalho extraordinário, embora ganhando as eleições, não tem condições para formar governo por não ter alcançado a maioria absoluta.
Em política não há, lá como cá, reconhecimento. Preferimos sonhar com um estado que nos dá tudo sem sacrifícios.
Lá fora aproveitam o pouco sol que têm. Nós por cá aproveitamos mas é se for deitados na praia, porque desenvolver a indústria de painéis de sol não é com a gente.
Parece que se o governo não arranjar uns "muros" burocráticos para dificultar, temos aí empresários interessados em investir mil milhões de euros numa plataforma de painéis solares.
“O panorama solar no nosso país é ainda muito desolador no nosso país”, sublinhou, no mesmo encontro, António Sá da Costa. “Temos mais do dobro da insolação dos países da Europa, mas só possuímos 450 megawatts instalados. A Grã-Bretanha tem 20 vezes mais potência instalada, nove mil megawatts, já para não falar na Alemanha, que superou os 40 mil megawatts, 100 vezes mais. E ambos com metade da insolação que Portugal.
Temos que olhar para o solar de outra forma. O desenvolvimento que aí se adivinha não pode ser só a instalação de centrais, mas que consiga dinamizar o tecido empresarial e industrial”. Um alerta que tem como referência o percurso da energia eólica em Portugal, responsável pela existência de um ‘cluster’ industrial que contribuiu com cerca de 300 milhões de euros para a balança de exportações nacional e a criação de 400 mil postos de trabalho.
Com o aumento de escala a nível mundial, a tecnologia fotovoltaica viu o seu custo cair cerca de 70%, desde 2010. Há cinco anos representava o triplo da eólica.
Na Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGGE), Miguel Barreto, entrou com um pedido, neste organismo, para licenciar cerca de 1.000 megawatts de projectos fotovoltaicos. Uma carteira que corresponde a quase metade das centrais solares fotovoltaicas a aguardar aprovação na DGGE e que representa, a preços de mercado, um investimento potencial superior a mil milhões de euros. Em causa estão várias dezenas de unidades de produção, com potências superiores a 10 megawatts, as quais equivalem à actual central de ciclo combinado a gás natural da Tapado do Outeiro ou a duas centrais hidroeléctricas do Alqueva.
Tudo à espera de licenciamento por parte do estado não vá os painéis fotovoltaicos fazerem sombra
Todos os países que deixaram cair a indústria abaixo dos 20% de contribuição para o PIB estão agora em graves dificuldades. Abaixo dos 20% há sempre problemas de emprego, de actividade, de exportação, portanto faz sentido investir na electrificação da linha ferroviária, sendo mais importante do que investir em auto-estradas de zonas remotas do país.
Proteger a indústria automóvel é estratégico para o país, atrás de quem estão fornecedores de peças e todo um sistema económico que funciona a montante da fábrica. E do que produzimos exportamos 93%. Mas o custo da energia é superior em 40% aos outros países europeus que produzem automóveis. Estamos a falar da fábrica PSA de Mangualde que corre riscos se a electrificação da linha férrea até ao porto de Vigo não for feita .
Exportações a crescer já não a dois dígitos ( a base de que se parte já é mais alta). O final do ano passado revelou uma dinâmica maior das exportações portuguesas de bens. O crescimento homólogo de 4,9% em Dezembro foi o terceiro maior do ano, depois de Outubro ter sido o melhor mês de 2014 (9,2%). No entanto, não evitaram que, para o total do ano, as vendas ao exterior tenham registado uma variação de apenas 1,9%.
Bruxelas antecipa notícias mais optimistas para a economia portuguesa em 2015, com uma previsão de crescimento de 1,6%. Mas a sua estimativa de défice orçamental para este ano continua muito afastada daquela que o governo prevê.
A Comissão Europeia reviu as suas estimativas para a Zona Euro, melhorando as previsões para a taxa de desemprego, mas revendo em forte baixa as estimativas para a inflação. "Os dados estão num nível consistente com um crescimento de 0,3% do PIB no primeiro trimestre,(2015) e o programa de alívio quantitativo do BCE deverá conduzir a um crescimento ainda mais forte nos próximos meses".
Por último e o mais importante :A taxa de criação de emprego "é mais um sinal do crescente optimismo entre os empregadores em relação a este ano"
Foram criados 96 000 novos postos de trabalho e destes, 90 000 vieram da indústria do comércio e do estado. As indústrias transformadoras foram a principal fonte de criação de emprego no terceiro trimestre deste ano. Sozinho, esse sector foi responsável por quase 40% dos postos de trabalho líquidos criados .
A boa nova é que a indústria transformadora está a crescer com inovação e novos produtos. Reforçar a componente de produção e transformação de bens e serviços transaccionáveis é um dos objectivos essenciais das reformas. Que este sector seja o responsável pela criação de grande parte dos novos postos de trabalho é ouro sobre azul. Agricultura, mar, minérios, floresta e novas tecnologias são a chave para uma economia exportadora e para a satisfação do consumo interno limitando as importações. Passar a viver da riqueza criada e não de empréstimos.