Há cada vez mais cientistas, universidades e farmacêuticas a afirmar que a imunidade vai chegar lá para Outubro bem antes da vacina.
Paralelamente a DGS vai dizendo que não faltarão vacinas e que pondera que a vacinação seja obrigatória. Parece razoável que a DGS esteja a jogar à defesa não vá o pessoal começar ( se é que ainda não começou) a abrir e fazer asneiras.
Mas que dizer das escolas ? Os alunos não são um grupo de risco ( é uma evidência), o espaço e os vários factores que podem contribuir para a transmissão podem ser anulados ou no mínimo suavizados. E numa escola a gozar de autonomia os instrumentos e acções a tomar são mais que muitos.
Mas a posição do Ministério é ambígua, insiste na centralização da decisão contra a opinião dos Directores das escolas e do que é razoável. Centralização que a DGS também parece comungar.
Ora se os modelos matemáticos forem confirmados pelos factos ( imunidade antes da vacina e a andar pelos 10% da população infectada, já em Outubro, sem segunda vaga e a manter-se uma mortalidade baixa ) estamos a prejudicar gravemente a educação dos alunos.
É grave e não é fácil para quem tem que tomar decisões mas não daria, hoje, como adquirida a decisão. Preparar para uma segunda vaga, sim, mas não ir mais além porque o medo nos colhe.
Devo confessar que, anos passados, pensei dedicar a minha vida a política. Era advogado e sabia a lei, com una certa profundidade. O meu desejo era dedicar a minha vida a defender criminosos ou Direito Penal, e assim fiz. Salvei muitos da cadeia. No entanto, reparei que a parte mais importante da legislatura era a constituição que divide o país entre os que entregam a sua soberania a outros, que agem por eles. O país é gerido por essa lei fundamental, que o divide entre judicial, executivo e legisladores. A confiança do povo é entregue a um grupo de cidadãos que fazem da sua vida um eterno mandar. Temos falado, desde Novembro de este ano que acaba, apenas de um caso, que cansa já. O escândalo não está nos crimes e enriquecimento hipotético. O perigo está no poder que possuem, nos impostos que mandam pagar, na obrigação de pagar às finanças parte do que ganhamos, a manipulação dos salários e o seu saber da lei e de como contorna-la. O escândalo é depositar a nossa soberania em pessoas em que confiamos, mas não sabemos o uso que farão do poder, que a constituição protege com direito a imunidade. A imunidade é o que garante que trabalhem para o povo, mas sem o povo que é ouvido mas não protegido. Hoje estamos em frente de uma fraude não provado. A imunidade protege as ações desleais. Acreditava na frase de Lincoln que o o governo é do povo, para o povo e com o povo. Ideia que o levou a ser assassinado, como o caso do mártir internacional Salvador Allende no Chile ou John Kennedy nos Estados Unidos de América, baleado ele e, mais tarde o seu irmão Robert Kennedy, quando corria para as presidenciais dos Estados Unidos. Ou Martin Luther King, quem defendia os direitos dos afro-americanos e foi silenciado por una bala no meio de um discurso público. O escândalo é que o poder divide entre os imunes à lei, e todos nós que devemos prestar contas das nossas atividades às finanças primeiros, no parlamento depois, e perante os juízes, eventualmente, que lançam uma pesada mão sobre as atividades políticas. O caso Marquês, como é denominado o de Sócrates, até cansa não só de ouvir, bem como oculta outros possíveis latrocínios ocultos pela imunidade. O caso Marquês, já farta. É preciso expurgar outros para saberes porquê entram pobres ao poder e enriquecem em quanto exercem o poder político e governam sem o povo. O escândalo está em exercer poder sem prestar contas, apenas a sua ideologia e a Procuradoria-Geral de uma república. Ainda bem que não segui a carreira da política e mantive-me como um simples cidadão, dedicado à ciência. O escândalo do governo de um povo é a imunidade dos que exercem poder. É o que o caso Marquês me leva a pensar. Escrito após o estudo deste caso com minucia e interesse para que o governo seja como Allende e Lincoln diziam: do povo, com o povo e para o povo. Como Marx ensinou e muitos imunes praticam, especialmente a esquerda do governates. Raúl Iturra 7 de Dezembro de 2014 lautaro@netcabo.pt