Milhares de trabalhadores sem emprego no Reino Unido candidatam-se a preencher a falta de imigrantes asiáticos que no actual contexto não podem entrar no país.
Cá em Portugal a questão já foi colocada pelos empresários agrícolas que enfrentam o mesmo problema. Com generalizado escândalo, como é óbvio.
Considerando o impacto da covid-19, o grupo de lobby estima um défice de cerca de 80 mil trabalhadores e instou os cidadãos do Reino Unido - que normalmente representam menos de 1% dessa mão de obra - a candidatarem-se a estes empregos.
As inscrições para vagas aumentaram 83% no último mês, de acordo com o site de empregos Totaljobs.
"O enorme aumento da procura por empregos na apanha de frutas mostra a rapidez com que os candidatos respondem aos anúncios no ambiente atual", disse Pawel Adrjan, chefe de pesquisa para a região EMEA no Indeed. "Isso mostra com que urgência muitas pessoas precisam de um emprego nesta altura."
Mas isto serve para os ingleses pobres, não para os portugueses ricos .
Não quero ofender ninguém mas a conversa dos traficantes é mais ou menos a mesma.Levo-te sem problemas mas se houver problemas estão lá os europeus que te salvam.
Os maus, são afinal os que salvam, a esperança. No meio do mar, salvam, e depois recebem de braços abertos os desgraçados que fogem de paraísos miseráveis.O bom diabo.
"Como é que, havendo consenso sobre a necessidade de salvar as pessoas no Mediterrâneo, não se chega a uma proposta consensual para ser votada por todos?", questionou, finalmente o centrista. "Não se chega porque não é útil para o combate político que muitos partidos querem fazer."
O centrista lembra que também "a esquerda votou contra as propostas, com o mesmo propósito, apresentada pelos deputados da direita". "Com a diferença de que os deputados da direita não vieram chamar "assassinos" aos deputados da esquerda", atirou.
A esquerda com propósitos de posicionamento político apresenta propostas platónicas e de forte componente ideológica para vir depois tirar dividendos.
A Europa é o refúgio de paz e prosperidade que todos procuram.
Nem o romantismo da estrema esquerda que acha que é possível a Europa receber todos os que a procuram sem restrições nem o ódio da extrema direita que não se importa que morram no mar.
A entrada de imigrantes na Europa caiu de forma significativa no ano passado porque se criaram tampões do outro lado das fronteiras europeias .
O tema da imigração regressou em força à Europa. Porque há agora mais imigrantes a morrer no Mediterrâneo? Não. Porque estão a chegar cada vez em maior número à Europa? Não, são muito menos agora. A razão é política e prende-se com a chegada da extrema-direita ao poder em Itália. Essa foi a gota de água que provocou um novo sobressalto na Europa.
Por vezes, parece que levantar a mínima dúvida ao direito de toda a humanidade desembarcar na Europa é necessariamente um sinal de racismo ou xenofobia. No entanto, não é preciso ser racista ou xenófobo para ter dúvidas sobre as causas e as consequências do afluxo descontrolado de pessoas à Europa nos últimos anos.
Enquanto houver este desnível de bem estar entre a Europa e os países que lhe estão próximos a imigração permanecerá. O mesmo se diga com os USA .
Não só sob o ponto de vista humanitário mas também económico. Frequentemente os países que mais recebem imigração são os países mais ricos que ganham em participação económica e na demografia.
Portugal tem uma grande parte do território pouco povoado para onde poderá orientar os imigrantes e criar oportunidades de emprego na agricultura e na floresta . Mas são precisas politicas activas de emprego por parte do estado por forma a não deixar ao Deus dará os refugiados.
Após o investimento em infra-estruturas, Corina Cretu ( Comissária europeia) defendeu a necessidade de, no novo programa comunitário Portugal 2020, se apostar "mais na inovação, investigação, desenvolvimento, energia e na agenda digital".
A prioridade deve passar pela criação de emprego, principalmente para os mais jovens, de forma a reduzir as assimetrias entre as várias regiões da Europa, apontou a comissária responsável pelas políticas de coesão na União Europeia.
O que se discute não é a imigração europeia. É salvar as milhares de pessoas que morrem afogadas. E para salvar pessoas de morrerem afogadas não pode haver cortes nos meios de salvação. São coisas diferentes.
Diz-se que mais meios de salvamento são um incentivo para que mais pessoas tentem a aventura. Pode ser mas não há como contornar a questão. Deixar que homens, mulheres e crianças morram é que não é solução nenhuma.
Só depois é que temos um problema de imigração que exige ser enfrentado. Pode a Europa acomodar e sustentar ou, na melhor das hipóteses, dar trabalho a este exército de famintos que procuram liberdade e segurança? O problema na Líbia é da exclusiva responsabilidade dos países europeus do sul ? Como resolver na origem o problema ?
Mas deixar morrer pessoas porque Bruxelas cortou no orçamento é que não. É uma vergonha.
Desde Janeiro que mais de 100 000 pessoas (homens, mulheres e crianças) tentaram entrar na UE fugindo à miséria. Milhares deles morreram afogados. É uma tragédia humanitária difícil de resolver. Por um lado, fechar completamente as fronteiras e manter leis demasiado restritivas, não impedem a tentativa desesperada. Por outro, abrir completamente as fronteiras, é dar esperança a milhares de seres humanos que os países europeus não podem cumprir. É necessário que a UE, no seu conjunto, faça uma gestão global por forma a acolher os imigrantes de que necessita. Ou tem trabalho para lhes oferecer ou então, a solução não passa por os amontoar nos bairros periféricos das grandes cidades. Vivendo de subsídios . Faz-se tarde como se vê nas frequentes manifestações de jovens violentos no seu desespero. E é preciso que se separe o trigo do joio. Deixando à porta da nossa vida extremistas religiosos e políticos que nos querem impor o seu modo de vida. Da qual fugiram de resto.
Pode ser, sob o ponto de vista democrático e civilizacional uma menos valia mas, estava na cara que estes países, onde reina o bem estar e a ordem, seriam procurados por milhões de pobres e desempregados a ponto de terem que tomar medidas limitativas à imigração. A seguir à Suíça outros países tomarão medidas paralelas a esta ou iguais. O Reino Unido há muito que anda a ameaçar. A França debate-se com enormes problemas religiosos e culturais.
No Mediterrâneo milhares de desgraçados procuram, arriscando a vida, chegar ao continente europeu e aumentar o exército de dependentes do estado social.
Quando a economia está a crescer estes problemas não se notam mas, à primeira quebra, esquecem-se os contributos positivos que os imigrantes trazem com eles. Fazer os trabalhos que os locais não querem fazer e rejuvenescer a população. Com implicações imediatas na economia e na sustentação da segurança social. Mas não é assim quando a economia não cresce.
Também aqui a "mão invisivel" não chega para regular os mercados. No caso a oferta e a procura de trabalho.
E, no entanto, cá andam no país à pesca à linha dos jovens portugueses talentosos . Os países que cá dentro por aí andam "pendem desavergonhadamente para o perfil de estados de regimes extremos"? Fazem tábua rasa de principios civilizacionais? Estou só a perguntar.
Estou certo que os pequenos não percebem o que é um imigrante. Um imigrante não tem Pátria, não tem Nação O trabalho falta-lhe e tem que sair do seu país, para vender, o que é teu de seu: a força de trabalho. O mais novo não sabe o que é vender a força de trabalho, nem tem consciência do que é trabalho: a transformação de matéria-prima em mercadorias para vender. Se é muito pequeno, ajuda aos pais, paciência, na paciência de estar o dia inteiro ao ar livre com chuva ou com frio e, por amor aos seus progenitores, cala o frio e a fome que tem e ajuda a mãe a transportar pesos. O mais difícil talvez seja, falar uma língua que não conhecia ao nascer, mas que rapidamente aprende e ajuda os seus pais a traduzir e entender. E, em breve, o mais novo é o senhor da casa: entende de preços, pode debater com os vizinhos e não se zangam por serem todos de países diferentes. Os pequenos, rapidamente conseguem falar três ou quatro línguas, porque não entendem que as portas vão estar fechadas.
Não há acolhimento especial para um imigrante. Deve dar explicações e ter os seus papéis como a lei manda. Imigrante é a diferença entre os que nasceram na pátria que é a sua e todos aqueles que precisam sair da sua, ou porque foi invadida, ou porque a mais valia, como diz Marcel Mauss não existe, ou simplesmente por se estar se estar a tratar de organizar Convénios, acolher, fixar prazos de estadia no solo alheio, aí então todos são amigos, não há sotaque e a permanência existe apenas enquanto há trabalho e lucro.
A imigração, em Séculos passados, era a invasão dos europeus para terras desconhecidas, apropriadas em conjunto com as pessoas e entregar trabalho escravo, ate serem liberados pelos chamados Filipes, o filho e netos de Carlos de Habsburgo da Áustria.
A imigração neste Século, é a passagem por curto tempo por um território emprestado. E a saída, também ela é breve, ao juntar moeda para sobreviver no seu território. O problema é com as crianças: habituam-se ao sítio que os acolhe e já não querem sair.
A imigração é a guerra entre a pobreza, a escravidão e o artesanato. Os já que já estão formados e em altos cargos, nem precisam de dar explicações. São também eles proprietários. E, no mundo das crianças, elas as imigrantes, passam a ser proprietários do País que o tinha acolhido pobres, escravos e sem idioma para ser usado. Como nos tempos das Antigas Colónia, quando Portugal se apoderou do que havia no Continente Indiano, a par da Espanha sobre que é hoje a América Latina, Manila, Tailândia. Luta de servidão a patrão.
É a época que vivemos e não podia deixar de comentar neste dia denominado da Hispanidade, o dia que Colón chegou às Índias Orientais, esse 12 de Outubro de 1492, o dia da vergonha devido a uma imigração prolongada e soberana, com ideias exportadas de um Continente “culto”, para outro como um México, um Panamá, um Cuzco, as ideias Quíchuas e a habilidade de navegação desse Brasil de hoje.