Interessa acima de tudo o bem estar dos doentes
Pode atrasar-se uma boa e justa ideia mas mais tarde ela vai ser compreendida, aceite e implementada. É o caso do acesso universal da população aos serviços de saúde sejam eles públicos ou privados. E o estado será regulador e financiador mas não prestador único de serviços. Seja na saúde seja na educação é isso que acontecerá. Basta analisar a questão pelo lado dos interessados. Os doentes ou as famílias.
O actual ministro da saúde, um homem com experiência no sector público e no sector privado, é assim que coloca a questão e abre a possibilidade de os doentes oncológicos serem operados nos hospitais privados desde que o prazo de tratamento considerado razoável tenha sido ultrapassado.
Não tenhamos medo das palavras. Para defender o monopólio da prestação de cuidados médicos pelos hospitais públicos deixam-se morrer doentes. Não vale a pena procurar porque não há refugio para esta terrível realidade.