Há vinte anos que se fala na construção do Hospital Oriental de Lisboa que iria substituir os 6/7 velhos hospitais centrais de Lisboa.
Mas a situação financeira do Estado não deixou margem para avançar com o projecto e a extrema esquerda também está contra o projecto. Os terrenos são muito valiosos e iriam dar lugar a negócios imobiliários . Ora para a extrema esquerda isto é o diabo.
E assim foram passando os anos. Mas o sector privado da Saúde tem seguido o seu caminho e aproveitado as oportunidades que o mercado oferece. Ao vazio do Estado os privados responderam com projectos.
E aí está, ali para os lados de Belém nos últimos anos já nasceram a Fundação Gulbenkian ( hospital e instituto de investigação ) e o Hospital da CUF TEJO . Ambos amplos, bonitos e modernos .
É, bem claro, que se não houvessem oportunidades de mercado ( necessidades assistênciais da população ) os privados não teriam investido . E não, não estão à espera dos doentes do sector público . Ninguém investe milhões de Euros à espera da (má) vontade de terceiros .
Fundação Champallimaud
Hospital da CUF TEJO
Este último o Hospital Oriental de Lisboa continua no papel. Com um bocado de sorte daqui a 5 anos temos hospital .
Os hospitais centrais de Lisboa vão ser substituídos por um novo hospital.
É uma estrutura com seis hospitais. Temos três urgências a funcionar: São José, Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa. Imagine-se tudo isto concentrado. Em termos de produção, aumentaria no mínimo 25%. Até a gestão de recursos humanos seria diferente” .
Oito empresas chegaram a apresentar já propostas no concurso público internacional para a construção e manutenção do futuro Hospital de Lisboa Oriental.
O concurso público internacional em curso visa a conceção e construção do Hospital de Lisboa Oriental, em regime de Parceria Público-Privada nesta parte da construção e não na gestão clínica.
O valor dos terrenos assim libertos até dava para pagar o novo hospital mas o aperto orçamental tem que rapar tudo.
São vários os hospitais que se queixam de falta de condições para exercerem com qualidade os cuidados que prestam aos doentes. O lixo que se varre para debaixo do tapete acaba sempre por aparecer. Mas o custo é alto. Listas de espera, urgências sem médicos e enfermeiros, serviços fechados...
O dinheiro que se andou a distribuir pelas clientelas falta ao Serviço Nacional de Saúde e á Educação onde centenas de escolas não têm professores. Milhares de alunos sem aulas.
Cerca de 500 milhões de euros investidos pelos privados num hospital que vai substituir os seis hospitais centrais de Lisboa.
Esta decisão para o PCP e BE não é igual a engolir um sapo é engolir uma vaca voadora. Por razões ideológicas porque por razões económicas e de excelência as PPPs na saúde têm-se revelado meritórias e boas para o Estado, privados e doentes.
Note-se que a existência de PPPs não colide, pelo contrário até reforça, o desiderato constitucional de um Serviço Nacional de Saúde de acesso universal. Por força de uma narrativa puramente ideológica, criou-se a ideia de que um sistema de acesso livre e universal tem de ser prestado apenas pelo sector público, quando assim não tem de ser. O Estado, enquanto financiador, e garantida a prestação, não tem que limitar essa prestação ao sector público, podendo estendê-la também ao sector privado, à imagem do que acontece na maior parte dos países europeus. Em boa verdade, é isso que faz com a ADSE ou com o SIGIC.
Os velhos hospitais do centro de Lisboa são um enorme peso no orçamento do Serviço Nacional de Saúde . Milhões que se gastam na manutenção e adaptação de edifícios que não foram construídos para serem hospitais e que oferecem serviços hospitalares iguais . Pertíssimo uns dos outros.
Mas por cá não estamos com meias medidas. A estes hospitais obsoletos juntamos um novo que a boa prática aconselha a substituir os antigos.
Mas o que já está no centro do problema é o destino a dar aos terrenos que ficarão livres com o encerramento desses velhos hospitais . Entre a preocupação de preservar a memória histórica da medicina e a construção de hotéis e de habitação de luxo, entalam-se os serviços hospitalares a prestar aos doentes e exige-se mais dinheiro . À portuguesa curta.
Pela voz de respeitados médicos, é frequente o lamento que vários hospitais se dedicam às mesmas práticas quando é óbvio que o país não tem massa crítica para dispersar exigentes conhecimentos médicos e dinheiro.
Foi assim com as autoestradas em paralelo e que agora não têm carros, com as rotundas, com a festa escolar a construir novas escolas para se encerrarem boas escolas já em funcionamento.
Os países pobres é assim que fazem. Não poupam é tudo à grande e depois logo se vê quem paga.
Já aí anda o projecto de concepção/construção do novo hospital Oriental de Lisboa. Mais uma PPP na saúde, desta vez com a parte privada ligada à infraestrutura e a gestão a instituições estatais. O contrário da primeira experiência com o Hospital Amadora/Sintra. Propriedade do Estado e gestão privada.
De acordo com as linhas gerais do projecto, apresentadas na passada terça-feira, o lançamento do concurso público internacional para a PPP terá lugar no "início do segundo semestre" deste ano (ou seja, a partir do corrente mês de Julho), estando previsto que as obras estejam em curso no início de 2020, com a abertura a ser apontada para 2023, ou seja, dentro de seis anos.
"O risco privado está essencialmente associado à construção da infra-estrutura hospitalar e à sua manutenção, de forma a assegurar a sua disponibilidade para a prestação os serviços clínicos integrados no SNS, que ficará a cargo de entidades públicas", acrescentam os técnicos.
O hospital Oriental de Lisboa vai substituir os actuais hospitais dos Capuchos, São José, Santa Marta, Curry Cabral, Dona Estefânia e ainda a Maternidade Alfredo da Costa. Em entrevista à Lusa, no final de Junho, o ministro da Saúde adiantava que "uma parte do São José ficará como hospital de proximidade, para servir aquela população mais idosa e que beneficiará muito de estar nos bairros antigos à volta" deste hospital.
Parece que vai ser em 2017 que arranca o novo hospital oriental de Lisboa que vai substituir os velhos hospitais centrais de Lisboa ( S. José, Capuchos, Santa Marta, Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa ) . A crise não deixou que fosse construído mais cedo mas os milhões gastos e perdidos em falta de eficácia em velhos edifícios convertidos em hospitais aconselha a sua rápida construção.
Novos conceitos e novas tecnologias podem ser desenvolvidos no novo hospital. As camas dos actuais hospitais ( 2 200) serão substituídas por cerca de 800. Mas a redimensão está ainda em cima da mesa.
A PGR pode vir a acusar por negligência os médicos e enfermeiros bem como a administração do Hospital de S. José. O hospital nem sequer contactou os outros hospitais em Lisboa - públicos e privados - que podiam operar o doente. Quem não percebe o que é o direito de escolha das famílias está agora confrontado com um exemplo que não garante refúgio. Seja ideológico ou outro.
Apesar de nem sempre ter equipas de escala ao fim de semana na especialidade de neurocirurgia, Santa Maria, por prática, contacta os médicos que voluntariamente vão trabalhar. Ou, em alternativa, este hospital funciona em rede com outras unidades, já que existem profissionais habilitados no Garcia de Orta e no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. No privado, o Hospital da Luz tem também pelo menos dois médicos preparados para lidar com aneurismas rotos (precisamente o que foi diagnosticado a David Duarte). Em Santa Maria já foram realizadas, neste ano, cerca de 40 intervenções a aneurismas - procedimento específico, mas que por norma é realizado em menos de 24 horas.
O doente só pode escolher o hospital desde que seja público e que seja da zona da residência. Não pode escolher o hospital certo e muito menos se for privado. Na educação também é assim. Não interessam as pessoas, interessa a ideologia e a cegueira partidária. Agora é vê-los chorarem lágrimas de crocodilo. À esquerda !
O Porto já está a colher os frutos de racionalizar e, com isso, optimizar a oferta hospitalar . Bem ao contrário de Lisboa onde nos querem fazer crer que é possível ter uma dezena de hospitais pertíssimo uns dos outros. Com meios humanos e recursos técnicos dispersos e subutilizados.
O novo Hospital de Lisboa Oriental vai substituir os seis hospitais que compõem o Centro Hospitalar de Lisboa Central - São José, Capuchos, Santa Marta, Estefânia, Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa.
" No Porto : O Hospital Joaquim Urbano, o Maria Pia, que nós fechámos, e a maternidade - que é agora o Centro Materno Infantil, estando a sofrer uma intervenção de modo a serem lá colocadas todas as valências da mulher e da criança. No próximo ano, em maio ou junho, fechará o Joaquim Urbano, passando os doentes a serem internados no Hospital de Santo António.
E faz sentido esta fusão? Hoje em dia, com o avanço tecnológico, as especialidades médicas isoladas não são boas - nem para as instituições, nem para os doentes. Mais vale estarem integradas num hospital diferenciado. Os profissionais e doentes têm acesso a todo o tipo de novos tecnologias sem andarem a passear de hospital para hospital. Outra mais-valia da concentração de serviços é o esmagamento de custos, já que as grandes despesas na área da saúde são as estruturas.
Estamos todos à espera que se construa um novo hospital para se fecharem os hospitais centrais de Lisboa. Mesmo com o novo hospital ( 500 milhões de euros) há quem diga que não devemos encerrar hospitais. Mas quem tem experiência diferente em países ricos ( USA e Brasil) diz que não é necessário construir um novo hospital. Os doentes podem ser distribuídos pelos hospitais existentes em Lisboa e arredores.
Nós por cá vamos vivendo à "tripa forra" e vamos chorando por que não há dinheiro para os pobres e para as pensões. "Grupo Amil adquiriu hospitais da Caixa Geral de Depósitos (CGD) há um ano e apesar das dívidas e prejuízos do passado, a situação financeira já se encontra "estável". E como é que agora, com um novo gestor, o hospital de Cascais consegue estar a endireitar contas? "Fizemos algumas mudanças de gestão e aproveitámos recursos humanos", explicou José Magalhães. Enquanto que antes este hospital tinha uma administração que se tinha de preocupar com a gestão, agora "a gestão está centralizada", o que traz vantagens por exemplo na altura de fazer aquisições pois o grupo tem uma "mão mais pesada" e consegue negociar melhores preços. E a eu a lembrar-me da "ópera bufa" que se montou à volta do encerramento da Maternidade Alfredo da Costa .