Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Reduzir o horário no SNS é a melhor forma de encaminhar doentes para o sector privado

Os trabalhadores do SNS exigiram a redução do horário de 40 horas para 35 horas e o governo para agradar à extrema esquerda fez de conta que não percebia que com essa medida aprofundava a já débil situação do sector. As listas de espera, as greves e a degradação dos serviços estão aí para evidenciar a cegueira ideológica.

Os (i)responsáveis dizem agora que a culpa é das cativações de Centeno e da intransigência de Costa. E eles que com a sua cegueira ideológica vão destruindo o SNS não têm culpa nenhuma é bem de ver. Felizmente que o privado é uma opção .

A ideia de reduzir o tempo de trabalho nessa dimensão sem aumento substancial da despesa e sem degradação dos serviços públicos foi uma das mais improváveis fábulas políticas desde há muito tempo. O SNS foi a principal vítima dessa imprudente fantasia política, até porque favoreceu a acumulação de funções no setor privado.
 

Professores com média de bons salários e menos horas de trabalho

Desta vez é a OCDE 

"Ao contrário de quase todos os outros países da OCDE, os professores portugueses, do pré-escolar ao ensino secundário, ganham mais do que outros trabalhadores com educação terciária [ensino superior]", diz o relatório, precisando que esta diferença "varia de 35% a mais no 3.º ciclo para 50% a mais no pré-escolar". Os diretores também são referidos, com a OCDE a concluir que estes "ganham o dobro do que os trabalhadores com o ensino superior ganham em média".

Refira-se que o relatório não afirma que os professores portugueses ganham mais do que os seus colegas de outros países. De resto, a mesma organização já produziu documentos que concluem precisamente o contrário, sobretudo quando se trata dos primeiros anos de profissão. O que a OCDE está a dizer é que, considerando a realidade nacional, os salários dos professores podem ser considerados acima da média.

PS : professores explicam 25% da despesa com progressões

A Lei está do lado da administração na AutoEuropa

A administração da empresa já fez saber aos trabalhadores que vai avançar com o novo horário mesmo sem acordo com a Comissão de Trabalhadores e os sindicatos.

E a razão é simples. A lei assim o permite.

Do ponto de vista legal, a empresa pode introduzir a laboração contínua (três turnos diários incluindo fins-de-semana) nos termos em que está prevista no contrato coletivo do trabalho para o setor que se aplica à Autoeuropa.

Na mensagem remetida aos trabalhadores, a empresa lembra que “desde 2015,  que a laboração contínua foi considerada no acordo laboral e com pagamento normal aos sábados.

"Será tomada uma decisão que cumpra com a lei, mantenha o emprego, assegure o crescimento da fábrica e o programa de produção. Em paralelo, a empresa vai manter abertos os canais de comunicação com as partes envolvidas”, diz a newsletter assinada pelos três principais gestores da fábrica da Palmela: diretor-geral Miguel Sanches, diretor de finanças e tecnologias, Steffen Schudt-Pialat e diretor de recursos humanos, Jürgen Haase."

AutoEuropa avança para novo horário mesmo sem acordo

A fábrica de Palmela ganhou a produção do novo modelo na base de um plano de produção. E nessa base fez investimentos superiores a 600 milhões. Não se podem mudar as regras a meio do jogo até porque a anterior Comissão de Trabalhadores conhecia e negociou o plano de produção.

É muito preocupante esta decisão da administração porque mostra que o Grupo está disposto a usar meios que tem ao seu dispor. Pessoal nacional interessado em trabalho bem remunerado há muito e a nível internacional há muitos trabalhadores do Grupo experientes dispostos a passarem por cá uma temporada. Como aconteceu com 400 trabalhadores portugueses que em época de pouco trabalho aceitaram ir trabalhar para outras fábricas Volkwagen. 

O presidente da República já manifestou publicamente a sua preocupação e o ministro da economia acompanha de perto as negociações. Dá para perceber o que está em jogo que a curto prazo pode ser um prejuízo controlado mas a longo prazo pode ser um prejuízo com dimensão nacional.

A CGTP não vai ser a interlocutora da administração da fábrica como nunca conseguiu ser durante os mais de vinte anos que a fábrica produz em solo português.

De uma forma ou outra, mesmo com uma decisão negociada, nesta altura já são os trabalhadores os mais prejudicados. O Grupo alemão entregará no futuro novo modelo à fábrica de Palmela ?

"A fábrica da Volkswagen vai anunciar os novos horários até dia 15 de Dezembro. O objectivo é arrancar com a produção aos fins-de-semana a partir do início de ano de forma a produzir 240 mil automóveis em 2018. Administração mantém porta aberta para acordo."

 

E podem trabalhar na privada com horário parcial na pública?

A questão essencial é a do título, porque a redução de horário com a consequente redução de vencimento é uma medida inteligente. Atrevo-me a dizer que vai ser uma medida amplamente aceite nos países desenvolvidos no futuro.

Não há trabalho para todos, já a senhora Merkell disse aos seus compatriotas no discurso da nação. Temos que nos preparar para viver com mais qualidade de vida e com menos dinheiro. Ter tempo para a família, para ler, para criar os filhos.

Uma pergunta estúpida aos funcionários públicos

Jorge Fiel : Na esperança de obter uma resposta inteligente, deixo aqui uma pergunta estúpida aos funcionários públicos que recusam a semana de trabalho de 40 horas.

Vocês não podem ser despedidos, ganham mais e têm mais férias e melhor assistência na saúde do que os outros trabalhadores. São pouco produtivos (64,5 para uma média europeia de 100 e 107,9 dos espanhóis). Têm um patrão falido que anda de mão estendida, em Bruxelas, Washington e Berlim, a pedir dinheiro emprestado para vos pagar os salários. Por que é que teimam em querer trabalhar menos que os outros, num sinal incrível de falta de respeito pelo milhão de portugueses desempregados?

Os professores insistem em ter tratamento especial

Os funcionários públicos estão a ser empurrados para se igualarem aos trabalhadores privados. Querem manter os benefícios e, por isso, fazem manifestações com os sindicalistas muito activos. É, claro, que a festa acabou. Não há dinheiro.

Os professores, vá lá saber-se porque razão, insistem em ter um tratamento especial de corrida. As medidas aplicam-se a todos mas não a eles. Desta vez é a mobilidade, o horário zero e as zonas geográficas onde podem ser colocados. Indignados, dizem que foram enganados . Não sei se foram, o que sei é que não podem ter tratamento especial. E, eles, também sabem .

Combater o desemprego reduzindo as horas de trabalho

Os Alemães sabem e é por isso que vivem bem e resolvem os problemas a tempo e horas. "Um grupo de 100 académicos e políticos alemães estão a pedir um horário de 30 horas semanais sem um corte nos salários, noticia hoje o jornal alemão Tageszeitung, citado pela CNBC. Os peticionários argumentam que uma semana de trabalho mais curta é a melhor forma de lidar com o aumento da taxa de desemprego no país, contribuindo também para o aumento da produtividade dos trabalhadores.

Basta ver e copiar, não temos que inventar nada.