Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Catarina Martins : contra o Ocidente contra Portugal

É um ódio que não se entende. Sempre, mas sempre contra a terra que a viu nascer . Tal como os "heróis soviéticos" nascidos em Portugal .

Se Catarina Martins quer exibir complexos de culpa póstumos, achando que assim se mostrará maior aos olhos dos outros, comece por assumir os crimes abomináveis dos regimes comunistas, que ponderada a paternidade marxista-leninista da UDP e trotskista do PSR, defenderam e ainda nos anos 70 quiseram para Portugal. Da URSS à República Popular da China, passando pelo Camboja, Coreia do Norte e Cuba, não lhe faltarão exemplos de homicídios em massa, detenções por delitos de opinião, tortura, campos de trabalho forçados e lavagens ao cérebro. Sem surpresa, a esquerda-net guarda o texto laudatório de Hugo Chávez, digno de quem gravita num universo paralelo, que diz que "enquanto na Europa a democracia está a falhar, na Venezuela a democracia participativa tornou-se num sinal de identidade".

O herói Português de 2008 a 2013

Lembro-me de há vinte anos em visita a fábricas de móveis em Itália, os seus dirigentes me diziam, face à absurda bagunça em que estava mergulhada a vida política do país. "Nós (empresários) pagamos mas eles (políticos) não chateiam". Por cá tem sido pior. Empresários, empresas e famílias pagam mas continuam a suportar uma classe política que mais do que chatear, impede, dificulta e é totalmente irresponsável.

Mas a verdade é que apesar de tudo isso Portugal e a Europa sairam da recessão. Os Portugueses (empresas e famílias) decidiram tomar o destino nas suas mãos e fazer o que os políticos não conseguem fazer. Produzir riqueza.

Portugal tem cerca de 1100 empresas que dão emprego a mais de 3,5 milhões de pessoas e, que, no total geram 400 mil milhões de euros de negócios. Confrontados por um mercado , na frente interna, cada vez mais pequeno. Assediados por um programa que obrigou a constantes mudanças de estratégia. Sobrecarregados por brutais aumentos de impostos. Sem acesso ao crédito ou então com acesso mas em condições duríssimas de financiamento. Foram obrigados a reduzir postos de trabalho ou a fechar e a reconverter a actividade. Tiveram que inventar novos mercados e novas formas de receitas. Mesmo na exportação tiveram que sair do seu mercado natural a União Europeia. Contra tudo e contra todos. O resultado mostra quanto devemos a estes homens e mulheres corajosos que não têm medo de arriscar e não tiveram medo de enfrentar esta crise.

Entretanto,  o outro país, o estado e a administração pública, fazem greves reinvindicando sempre mais dinheiro e mais mordomias. Como se o resto do país tivesse a obrigação de lhes encher a barriga. (a partir de dois textos do Expresso)

AS HEROÍNAS DO CHILE - PARTE ll - Prof Raul Iturra

 

Dona Paula foi ao campo de batalha e lutou ao lado do seu filho e dos seus inquilinos. Não parecia ser digno de uma mulher da sua classe, mas relata o historiador chileno Jaime Eyzaguirre em vários dos seus textos, especialmente em Ideario y ruta de la emancipación chilena (1957), 29a. Ed., (2007), Editorial Universitária, ISBN 956-11-1904-8, que em tempo de guerra todo o braço, treinado ou não, é mais uma força que defende o que lhe pertence, ou aprisionando os inimigos, ou matando-os ou mandando-os para a fronteira mais próxima e perigosa, como eram Argentina, Peru, Bolívia, onde eram fuzilados. Uma Senhora que defende o que é seu, passa a ser uma Dama e infunde terror entre os inimigos, que fugiam dela como do diabo.

Os soldados do exército chileno tinham as suas companheiras ou camaradas, que lutavam com eles, heroínas que ninguém se lembra quando se fala da história do Chile. Denominadas as cantineras ou camaradas, por estarem sempre a abastecer de água, vinho e erotismo o seu soldado, companheiro de armas e amante ou namorado. Se é Paula Jaraquemada todos se lembram dela por ser uma Dama de luta; mas, das proletárias, apenas o escritor historiador Jorge Inostroza, se lembra de as mencionar no seu famoso livro Adiós al Séptimo de Linha, em que narra a guerra do Pacífico, uma das duas que envolveu o Chile com o Peru e a Bolívia nos anos 30 e nos 70. As duas ganhadas pelos batalhões chilenos que levavam as suas cantineras com eles, que colaboraram com afinco nesse triunfo. Na data da tomada do Morro de Arica, na primeira guerra contra a confederação Peruana-Boliviana, ai estavam elas à sua espera para adoçar as suas vidas. Inostroza faz o texto, de sete volumes, mais leve, ao relatar que muitos jornaleiros, convertidos em soldados – entre a Independência e a guerra, pouco tempo houve para reorganizar as forças amadas e as cantineras eram consideradas parte do exército. Havia maridos que levavam as suas mulheres por não quererem ser traídos na sua ausência, sempre prolongada. É preciso lembrar que as cantineras eram jornaleiras: da mesma maneira com que procuravam trabalho pelos sítios por onde as levava o vento, assim também era a guerra um resguardo para a sua fome, a sua solidão e o dinheiro que ganhavam, era enviado à família que tomava conta dos seus filhos, nascidos no casamento ou com um afuerino qualquer ou migrante parcial, sempre em procura de trabalho, denominados também em Portugal ratinhos, caramelos, galegos que vinham procurar o sustento, como migrantes parciais. Sempre ficava uma lembrança, um filho qualquer nascido de uma mulher afuerina ou ratinha, dos momentos livres de trabalho. O entretenimento, quer no Chile, quer em Portugal, era o erotismo ou a satisfação da libido. A fonte destes acertos, além de romances como o meu muito querido livro de Eduardo Barrios, 1969: Gran Senhor y Rajadiablos, Nascimento; La Quintrala, de Magdalena Petit, 1939, Zig-Zag, e de Ciro Alegria, 1983: El mundo es ancho y ajeno, Alianza Editorial, e os impossíveis de comentar pela sua excelência narrativa, baseada em factos pesquisados como a Crónica de una muerte anunciada, de Gabriel García Márquez, Bruguera, 1982, e esses detalhados livros sobre a vida de uma heroína, que lutou com corpo e alma na conquista do Chile, de Isabel Allende 2006, Areté: Inés del alma mia (versão lusa Ai, Mama Inês, Difel, 2006). Textos que narram o papel da mulher durante a guerra e essa procura da satisfação da libido, como comentam Freud em 1923, Além do princípio do Prazer, ou Le moi et le ça, Payot, livro acessível em http://www.uqac.uquebec.ca/zone30/Classiques_des_sciences_sociales/index.html, resultantes da psicanálise aos seus pacientes, académicos intelectuais e vários operários, que analisava por curiosidade, como método comparativo.

 

Mulheres cantineiras, guerra do Pacífico

 

São heroínas, como é possível apreciar pela imagem. Cansadas, tresloucadas, acompanhavam os seus homens, na guerra como no trabalho.

Dona Javiera Carrera não era cantineira. Foi uma mulher aristocrata que ambicionava o poder para a família. Há o ditado que diz: Por detrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher

Francisca Javiera Eudócia Rudecinda Carmeno chamada também Dolores de la Carrera y Verdugo, nasceu a 1 de Março de 1781 na cidade de Santiago. Foi a primogénita do casal formado por Ignacio Carrera y Cuevas e Dona Francisca de Paula Verdugo Fernández de Valdivieso y Herrera[4], pertenciam à aristocracia colonial.Recebera a educação tradicional ensinada, normalmente, aos homens da sua condição social. Destacou-se pela sua especial inteligência (nota: as referências não as apago por serem hiperligações que orientam para outra ligação).

Casou com Manuel de la Lastra y Sotta em 1796, tiveram dois filhos, ficando viúva aos dezanove anos de idade.

Em 1800 casou em segundas núpcias com Pedro Díaz de Valdés , advogado espanhol chegado a Santiago como regedor e assessor da Capitania Geral. Tiveram cinco filhos.

Os bem conhecidos factos de 1810, a libertação da coroa de Espanha, não a colocaram à margem, pelo contrário, convertendo-se no motor patriótico da sua família, passando a ser uma figura bem conhecida para os patriotas e entre o povo que ansiava a liberdade. Assistia a todas as comemorações, quer realistas quer as de raiz militar criolla. A sua acção foi tão significativa, que entre os revolucionários se usava a frase "viva la Panchita" como contra-senha. Ajudava a levantar os espíritos em momentos de derrota, transformando-se na heroína da Pátria Vieja. Bonita e de forte carácter, escondia soldados na sua casa, e estava encarregada de receber, de noite e de madrugada, as carretas conduzidas pelos "huasos" carregadas de armas para serem distribuídas na cidade.

Era apaixonada, dominante e astuta nos seus movimentos. Apoiou os seus irmãos José Miguel, Juan José e Luís, sendo a ambição da sua vida conseguir que fossem patriotas e não aristocratas realistas, jogadores e mulherengos. Maria Graham descreve a Javiera com estas palavras "la hermana de José Miguel aspiraba a hacer de él un Napoleón, arrancándolo a la aturdida y borrascosa vida de joven calavera y dirigiéndolo hacia las metas del poder y la gloria". Inteligente e ambiciosa, foi a ideóloga dos planos de luta para libertar o Chile. Era uma mulher que não sabia perdoar desacatos, preguiça e falta de interesse pela Pátria, para o que suava a sua natural sagacidade e habilidade.

Diz a tradição que a bandeira pátria teria sido bordada por ela, sendo presenteada e içada pela primeira vez a 4 de Júlio de 1812, na presença do cônsul estado-unidenseJoel Roberts Poinsett, no aniversário da independência desse país.

A sua personalidade e conduta avivaram ódios e amores, recebeu como alcunha a "jaiba" (sapateira em luso português), nome vulgar que se dá a vários caranguejos do mar. A relação que manteve com Bernardo O'Higgins foi sempre crítica: denominava-o "el huacho Riquelme", referindo-se à sua condição de filho ilegítimo.Nunca pensou que tinha sido reconhecido pelo seu pai, o Vice-Rei do Peru, Ambrósio O´Higgins e pela sua mãe, após o matrimónio desta de forma aristocrática. Não dissimulou o rancor que sentia por José de San Martín, Toríbio de Luzuriaga, Juan Martín de Pueyrredón, Tomás Godoy Cruz, pelos Larraín, e a Lógia Lautaro, considerava que todos eles eram os promotores da queda política, social e económica da sua família.

Em 1814, momento em que a Espanha reconquisto Chile, Javiera abandona o seu esposo e filhos para se auto-exiliar e seguir os passos dos seus três irmãos.Com eles, foi morar nas Províncias Unidas del Río de la Plata, viveu em Mendonça, para, mais tarde, se mudar para Buenos Aires. Foi recebida pelo Padre Bartolomé Tollo, antigo amigo da família.

A sua vida em Buenos Aires foi-lhe difícil, surgem problemas de saúde e desastres financeiros. Iniciou uma relação sentimental com o capitão David Jewett.

Dirigiu a chamada “conspiración de 1817” contra O'Higgins, que lhe causou o fuzilamento dos seus irmãos Luís e Juan José em 1818, em Mendonça.

José Miguel volta dos Estados Unidos, vê-se envolvido nas disputas internas dos caudilhos das Províncias Unidas del Río de la Plata, Javiera Carrera é desterrada para Luján e, depois, para São José de Flores, localidades nas imediações de Buenos Aires, até ser internada num convento da capital.

Libertada, em 1819, refugia-se num barco português ancorado no porto de Buenos Aires e parte para Montevideu. Recebe a notícia, em 1821 do fuzilamento de José Miguel, em Mendonça, por causa das montoneras por ele organizadas na Argentina. A sua saúde fica em perigo "se enflaqueció su cuerpo hasta parecer un esqueleto, se le amorató el rostro, se le rompieron los labios, perdió el cabello...".Fonte:Encina, Francisco Antonio; Leopoldo Castedo. «La primera dictadura». Resumen de la Historia de Chile, III (13ª edición), Santiago de Chile: Zig-Zag. p. 527.

Nega-se a voltar para o Chile enquanto governasse Bernardo O'Higgins: considerava-o o principal culpado, gritando para quem quisesse ouvir, que não regressaria enquanto "ese asesino gobierne mi pátria". Em 1824, depois da abdicação do Director Supremo, Javiera Carrera, embarca em Valparaíso, depois de dez anos de ausência.

Assim fica esta pinga amores, libertária e amante da sua família. Quem foi emblema da liberdade do Chile, a patriota, o santo-e-senha da Pátria, Manteve-se em retiro até aos seus últimos dias na sua hacienda de El Monte, concentrando-se na vida doméstica e em obras de caridade. Repatriou o corpo dos seus irmãos em 1828 na presidência de Francisco António Pinto. Fonte:Las mujeres en la Independencia de Chile. Javiera Carrera

Faleceu na sua hacienda de Santiago, a 20 de Agosto de 1862. Desde 1952, o seu corpo repousa junto aos dos seus irmãos na Catedral de Santiago do Chile.

 

 

 

Javiera Carrera, cerca de 1850 (Daguerrotipo de W. Helsby.).

 

Os Carrera foram patriotas ousados e firmes, lutaram pela liberdade do país, mesmo sendo os seus hábitos aristocratas são pessoas de que se fala imenso, são venerados como libertadores do Chile. Os tempos eram contraditórios. Era uma República em formação, havia ideias monárquicas, patriotas e criollas. Apenas com o castigo da ditadura, é que a República passou a ser um país calmo, especialmente sob a Presidência de outra heroína, Michelle Bachelet. Quase duzentos anos depois da sua independência, devida aos heróis nomeados, especialmente essa inteligente e patriota cabeça de grupo, Javiera Carrera, ainda amada, conhecida e reconhecida pelo povo, que a venera.

 

O´Higgins, San Martín, Jaraquenada, Manuel Rodríguez, os Irmãos Carrera, Allende, Salvador e a sua mulher Tencha, Aylwin, Lagos e Bachelet, e as heroínas anónimas, libertaram o Chile em quatro períodos diferentes. Merecem o nosso respeito e saber das suas vidas como pessoas que facilitam a nossa serenidade, paz e liberdade, com o PIB mais alto da América Latina.

Raúl Iturra,

10-11 de Julho de 2011

Revisto e reescrito a 15 de Dezembro de 2013, dia de eleições no Chile em que se presenta mais uma vez, Michele Bachelet como Presidente do Chile.

lautaro@netcabo.pt

 

 

HEROÍNAS DO CHILE - I parte - Prof Raul Iturra

 

 

Pintura a óleo de Bejamin Subercaseaux

http://www.youtube.com/watch?v=QGllTdirq-M&feature=related

Dança Chilena: La resfalosa (palavra popular) ou resbalosa dicionário da Real Academia de la Lengua Española) Doña Javiera Carrera (aristocrata criolla: filha de espanhóis, nascida no Chile), com os seus irmãos, lutou pela independência do Chile)

Doña Javiera Carrera – Cantada pelo Coro del Colégio Nacional Avi

 

AS HEROÍNAS DO CHILE

Durante a Primeira Grande Guerra da Europa as mulheres começaram a aparecer nos campos de batalha, como enfermeiras. A britânica Florence Nightingale, solicitou licença ao seu Governo para levar um grupo de aguerridas mulheres para curar os feridos no campo de combate da Crimeia. Nascida em Florença, a 12 de Maio de 1820, esta enfermeirabritânica ficou famosa por ser pioneira no tratamento a feridos de guerra, durante a Guerra da Criméia, vindo a falecer em Londres, 13 de Agosto de 1910. Conhecida na história pelo apelido de "A dama da lâmpada", pelo fato de se servir deste instrumento para auxiliar na iluminação aos feridos durante a noite, contribuiu também para o desenvolvimento da Enfermagem ao utilizar o Modelo biomédico, baseado na medicina praticada pelos médicos. Outras das inovações que introduziu na sua área de actividade foi a Estatística, sendo pioneira na utilização de métodos de representação visual de informações, como por exemplo o gráfico sectorial (habitualmente conhecido como gráfico do tipo "pizza") criado inicialmente por William Playfair. Fonte: Página da BBC sobre história da medicina.

Mas, antes dela e do seu grupo de enfermeiras, outras mulheres lutaram no campo de batalha para conquistar a independência da sua terra colonizada pela coroa do Reino da Espanha. Entre todas, a primeira em quem penso, encontra-se a Dama Criolla Dona Javiera Carrera, irmã do primeiro Presidente do Chile, José Miguel Carrera. Membros de uma família aristocrata, que ambicionava o poder (tanto como os seus bens e posses), e do coronel José Luís Carrera. Família subversiva, adicta ao poder, tinha no seu seio José Miguel, mais tarde Presidente do Chile, que importou o conceito desde outras Repúblicas europeias e das colónias libertas da Espanha, na hoje América Latina. A sua presidência começou em 1811, após um golpe palaciano que derrotara o Governador da Junta provisional do Governo do Chile, Juan Martínez de Rozas, primeiro, e, depois, José Santiago Portales e Pedro José Prado Jaraquemada.

Filho de uma família aristocrática, que servira as armas do Rey de España contra o exército de Napoleão, chegou ao Chile em Júlio de 1811. Depois de sucessivos golpes de Estado, a 15 de Novembro fez-se nomear presidente da Junta Provisional de Governo, e a 2 de Dezembro, após dissolução do Congresso Nacional, assumiu plenos poderes. O seu governo, abertamente separatista em relação ao aparato estatal de España, foi confrontado com a invasão que Virrey Abascal mandou realizar desde Talcahuano, desencadeando assim a Guerra por la Independência de Chile. Com sucessivos fracassos, coroados no Desastre de Rancagua, Carrera viu-se obrigado a retirar-se do Chile juntamente com os militarescidadãos que partiram temporariamente para Mendonça, com o objectivo de reorganizar a luta para a libertação da Pátria, país ao qual Carrera nunca mais voltaria, apesar das várias tentativas para conseguir recuperar o poder, contando, para isso, com o apoio de mapuche, corsários, oficiais napoleónicos e estado-unidenses, incluindo o próprio presidente dos Estados Unidos, James Madison. Estes factos inspiraram, mais tarde, o poetachileno e premio Nobel, Pablo Neruda, nomeando-o o Príncipe de los Caminos, no seu texto de 1973, Confieso que he vivido, publicado pela editorial Planeta, Madrid, e no seu Canto general, México, Talleres Gráficos de la Nación, 1950.

A sua vida de militar a partir de 1815, foi decaindo progressivamente, até que, em 1821, depois de ser preso como montonero, foi fuzilado na Cidade de Mendonça . Carrera e a sua família eram descendentes de vascos. Fonte: Diego Barros Arana, Historia General de Chile, Vol. VIII, Capítulo X: Revolución del 15 de noviembre; elevación de Don José Miguel Carrera; disolución del Congreso Nacional (noviembre - diciembre de 1811). Foi Presidente de la Junta de Gobierno
de
23 de Júlio a 2 de Outubro de 1814. A seguir, fugiu, após a reconquista do Chile pelas tropas da Coroa de Espanha, lideradas pelo general Mariano Osório. A guerra independentista não teve quartel. As tropas chilenas organizavam-se em Mendonça, enquanto no Chile as guerrilhas, lideradas por Manuel Rodríguez (amigo de José Miguel e colegas de estudos na Real Universidade de San Felipe, ambos graduados em Direito, sendo Manuel Rodríguez Deputado por Santiago), a pedido do seu amigo José Miguel, matava invasores conjuntamente com a aristocrata proprietária da Hacienda de Maipo, da seguinte maneira - abro aqui um parêntesis para introduzir Paula Jaraquemada Alquizar ( Santiago Junho de 1768 - † falecida a 7 de Setembro de 1851), filha de Domingo de Jaraquemada e Cecília de Alquizar, pois foi uma das personagens femininas mais importantes na luta pela independência de Chile -: mal teve notícia da batalha de Cancha Rayada, ocorrida a 19 de Março de 1818, organizou os peões da sua hacienda de Paine (Maipo), enviando-os sob o mando do seu próprio filho, para se porem às ordens do general José de San Martín, a quem disponibilizou, também, cavalos, alimentos e apetrechos, paralelamente transformou a sua hacienda num hospital para soldados feridos em combate, instalando ai o general San Martín o seu quartel-general, quartel geral de patriotas em retirada.

Doña Paula era conhecida pelo seu carácter decidido e altivo. Houve uma ocasião, após as tropa independentistas abandonarem a sua hacienda, em que um pelotão realista fez uma incursão à sua propriedade procurando alimentos, solicitando-lhe as chaves da adega para retirar vitualhas, Dona Paula negou-se, e o oficial, que comandava o pelotão, ameaçou-a de morte, perante isto, dona Paula dirigiu-se aos fuzis, desafiando os soldados a cumprir as ordens. Surpreendido, o oficial recuou na ordem de fuzilamento, mas ameaçou queimar a casa, o que levou Doña Paula a lançar um braseiro aos pés dos soldados, dizendo-lhes: "¡Allí tenéis fuego!". Os realistas abandonaram a hacienda estupefactos.