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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A Europa que eu quero e a Europa que vamos conseguindo ter

Esta não é a Europa que eu quero, mas é a Europa que existe. E, ao contrário de muitos amigos, não vou desfiar os seus defeitos que são inúmeros mas pugnar pelas suas qualidades que são fundamentais.

E deixem-me respirar e sublinhar este momento de condenação de Orbán e das suas cercas de arame farpado contra os imigrantes. É preciso muito mais, não duvido, mas neste mundo global, este pequeno continente que, apesar de tudo ( pesem as investidas politicamente correctas) trouxe a civilização ao planeta - do fim da servidão ao fim da escravatura ; da liberdade política ao voto universal ; da liberdade de expressão à igualdade de direitos - pode ter uma força económica, militar e política considerável se estiver unido.

Mas, acima de tudo, terá de ser ímpar a sua força moral.

PS - Henrique Monteiro - Expresso

 

Uma homenagem aos esforços do governo anterior

Henrique Monteiro

Porque, se formos ver com alguma calma, a ação deste Governo, apesar da sua popularidade e do clima de otimismo e confiança que provocou, é, em si mesmo, uma homenagem aos esforços do Governo anterior.

Para o demonstrar sem grande esforço basta ver que, para repor salários e pensões (de molde a que agradou, mas não entusiasmou os beneficiados), mantendo os compromissos europeus sobre a trajetória da dívida, o Governo do PS deixou degradar inúmeros serviços públicos. O que seria dos grandes defensores do SNS ao verem o que se passa hoje, caso o Governo fosse de direita? Ou o que se passa na Educação? Ou no aeroporto? Ou na CP? Ou nas Forças Armadas e a trapalhada de Tancos? Ou em tantos outros sectores em que o PSD ou não se faz ouvir ou não consegue fazer-se ouvir? A degradação destes serviços (e de muitos outros) é uma continuação da austeridade que poderia ser mitigada caso fosse dividida por todos. Ao privilegiar sectores como os da Função Pública, onde se situa a grande base de apoio eleitoral dos partidos que sustentam o Governo, prejudicou todos os outros. Apesar de serem, principalmente, esses ‘todos os outros’ que têm feito, com o seu esforço, o país andar para a frente.

Henrique Monteiro : Eu vi e sei que honestidade e decência não são conceitos muito aprofundados na consciência de Sócrates

Henrique Monteiro enquanto director do "Expresso" conheceu muito bem a forma de actuar de José Sócrates. Por isso sabe o que é para o ex-primeiro ministro "um jornalismo sério e honesto".

Vem isto a propósito do Editorial e da primeira página do Público de ontem onde se relata como se levou a cabo "a maior destruição de valor de uma empresa de referência, a PT".

Podemos dizer que Henrique Monteiro está muito marcado por Sócrates, o que admite, mas Monteiro diz que nunca conheceu alguém com uma relação com os jornalistas tão ordinária, em que não pedia antes exigia - aos berros e com ameaças- que não se publicasse um artigo sobre si .

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Seguro não percebe que o 2º resgate lhe cairá no regaço

Henrique Monteiro , diz que se Seguro visse para além do umbigo não perderia esta oportunidade política. Antecipava-se à Troika e ao Presidente e apresentava as condições que considera necessárias para tirar o país da situação. Condições, evidentemente, que pudessem ser aceites pela Troika.

Se o país, saísse da situação, Seguro seria considerado o "nosso herói" e ganharia com facilidade em 2015 as legislativas. Não o fazendo, antes ameaçando, Seguro com um bocado de azar vai governar com o 2º resgate no regaço. Vai ser obrigado a implementar medidas muito mais duras que as actuais. Como se viu e vê na Grécia.

Opondo-se, da forma que o está a fazer, Seguro corre o risco de ser o perdedor maior se o país sair da situação apesar dele. E em 2015 nem sequer será o candidato a primeiro ministro pelo PS.

"Mas Portugal tem, até essas eleições (que serão em maio) um problema descomunal: pode vir a sofrer um segundo resgate. Isso significaria um perdão parcial da dívida, um desastre para a banca nacional, condições externas impostas de forma muito mais dura e um prolongamento da tutela do país. Ou seja, o preço a pagar por Seguro será o de ir para o Governo em 2015 com uma situação pior do que a atual e obrigado a tomar medidas tão ou mais gravosas."


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/um-seguro-pouco-seguro=f833403#ixzz2gZacU2PY

Chamem-me o que quiserem

Henrique Monteiro : estive em muitos locais, dormi em muitos lados, em palhotas de campos de refugiados, em cima de camionetas, em hotéis que pareciam palácios e noutros que pareciam prostíbulos. Por isso relativizo tantas vezes o que entre nós se chama pobreza extrema ou desprezo pela vida; por isso tantas vezes me congratulo por, à nossa relativa pobreza, ter vindo a corresponder o aumento do bem-estar, da dignidade e da possibilidade da decência na maioria destes países.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-meu-mandela-o-meu-madiba=f817120#ixzz2XgyT3xTZ

O programa de Sócrates na RTP é mais comício...

Apanhou uma abada do Marcelo nas audiências . Aquilo tem de tudo. Palhaços, contorcionistas e leões ferozes...

(...) e as despesas com o serviço da dívida (ou seja com os credores do país) - e é neste ponto que todos aqueles que acham que os Governos anteriores (nomeadamente o de Sócrates) não contribuíram para a crise devem refletir; o serviço da dívida é quase igual ao que se gasta na Saúde.

Sócrates não diz como se reduz o déficite

Henrique Monteiro : Sócrates foi - como se dizia dos futebolistas - igual a si próprio. Parem a austeridade! exclama, não explicando como reduz o défice a que ele também se comprometeu no memorando da troika. Vitimiza-se, interrompe, coloca um ar superior enche a boca de si mesmo e fala muito da narrativa. O termo narrativa é interessante, porque parece introduzir uma relativização da verdade - como se várias narrativas coexistissem, sem que houvesse verdade e mentira. Mas há verdade e mentira e isso, como se aprende na Filosofia, não depende da vontade de Sócrates.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/socrates-e-a-miseria-da-filosofia=f796791#ixzz2P4MWib1G

Muitos sucumbem aos extremos

Henrique Monteiro (Expresso) : De um lado estão os que querem acreditar que todos os que ficam para trás são fracos ou incapazes ; do outro os que entendem que todos devemos ser iguais, sem olhar ao esforço, mérito, inteligência...mas entre os que ficam para trás há os que sucumbem por terem azar ou por serem doentes, os que se esforçam sem resultados; e que entre os que vão à frente há os que pisam os outros, os que usam a inteligência para enganar meio mundo.

Como explicar que o caminho feito, apesar de tudo, é muito  melhor do que hoje nos parece? ( Portugal, para quem viveu e conheceu antes do 25 de Abril é um caso excepcional de sucesso). Como pedir a alguém , neste clima crispado, que não escolha um lado, mas persista em encontrar o que há de melhor em todos? Que apesar do que perdemos nestes dias, vivemos várias vezes melhor do que qualquer geração anterior? Como aceitar estas provações e imperfeições do sistema e saber que nunca nenhum sistema há-de ser perfeito?