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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O "avanço" das 35 horas destruiu o SNS

São estes avanços que andam para trás em vez de andarem para a frente. Como se reduzir de 40h para 35 h não implicasse mais pessoal, mais organização e mais dinheiro.

Médicos e enfermeiros exaustos e doentes em filas de espera eis o resultado. Entretanto no sector privado a paz social é a base de cada vez maior procura. Não há médicos e enfermeiros em greve e não há listas de doentes em espera.

Percebe-se bem porque os estatistas temem o sector privado. À medida que os portugueses tiverem melhor nível de vida maior será a procura do serviço hospitalar privado. E chegará o momento em que por cá se fará como na maioria dos países europeus. O doente escolhe e o estado  financia. É o direito e a liberdade de escolha. 

Coordenar a oferta pública e a oferta privada entre si para optimizar a capacidade instalada a bem do doente é que é o verdadeiro "avanço". O resto são ideologias com resultados maus e estúpidos que os doentes sofrem em listas de espera.

 

A esquerda está muito indignada com as actuais greves.

Os sindicatos que promoveram as actuais greves escapam aos sindicatos das holdings da CGTP e da UGT. Quem gosta de perder o monopólio seja ele qual for ?

Esta greve ( enfermeiros) escapa ao controlo ou tutela indirecta das estruturas sindicais historicamente dominadoras das lutas laborais. Foi convocada por dois sindicatos recém criados, que não estão associados às “holdings” sindicais CGTP e UGT e que não foram ao “beija mão” dessas estruturas para avançar com o protesto. Quando se fala do suposto carácter “inorgânico” deste protesto é disto que se está a falar. Ele é liderado por organizações sindicais formalmente tão legítimas como as restantes. Não está é enquadrado nas organizações que detêm a tutela quase exclusiva da prática do sindicalismo. E isso, naturalmente, incomoda os incumbentes, que não gostam que venha alguém de fora intrometer-se na sua actividade. Ninguém gosta de perder o seu monopólio.

E o maior dos pesadelos. A bastonária é assumidamente de direita. Temos o caldo  entornado.

 

Até a paz social prometida é uma quimera

A paz social seria uma das consequências boas da geringonça mas nem isso é verdade. Após as reversões de tostões a extrema esquerda voltou ao seu ADN. Exigir mais e sempre para aqueles que já têm.

Os funcionários do Estado não desistem apesar de a comparação com os privados lhes ser favorável. Os que pagam isto tudo não fazem greve . Mas como está a acontecer em França pode ser que também fiquem fartos de pagar impostos mais e sempre e encham as ruas de protestos.

Mas enquanto as greves dos funcionários do Estado são formatados pelos sindicatos e outras organizações mais ou menos partidárias as revoltas dos trabalhadores privados são bem mais perigosas. Não são formatadas, não são controladas pelos partidos e a sua espontaneidade não permite saber até onde podem ir.

A sociedade civil dá mostras que está a chegar ao limite da paciência . Aquela de ir buscar dinheiro onde o há é capaz de não ser uma boa ideia, até porque não se percebe bem que quem já paga 50% do que ganha ou perto disso seja o tal que ainda tem dinheiro.

Em 200 dias úteis os enfermeiros estiveram em greve 100 dias

Acrescentece-lhe a redução do horário de 40 horas para 35 horas. Dá nisto :

cirurgias.jpg

"No meu caso, o planeamento é feito mês a mês, tenho 12 doentes com cancro que tiveram cirurgias adiadas por causa da greve dos enfermeiros de setembro e três delas voltam a ter operações canceladas por causa destas greves de outubro. Portanto, vão ter de esperar pelo menos dois meses." Esperas que furam os tempos máximos de resposta garantidos nesta área, que preveem que os doentes oncológicos muito prioritários têm de ter resposta em 15 dias, os prioritários em 45 dias e mesmo os casos normais têm de ser operados até 60 dias.

 

O governo vai ceder perante os milhares de votos que os professores representam

António Costa, inadvertidamente ou não, disse a verdade. Não há dinheiro e, por isso, não pode cumprir o prometido aos professores na contagem do tempo de serviço.

Mas o nó é apertado porque os milhões são mesmo muitos milhões e das duas uma. Ou o governo vai cortar ainda mais na Saúde e noutros serviços do estado ou terá que aumentar impostos. O que não fará de certeza é aumentar o défice ou a dívida. E as taxas de juro a subir também deixaram de dar margem de poupança.

O PCP não quer a discussão na Assembleia onde a geringonça teria que funcionar ao lado do governo, quer que a discussão se faça entre governo e sindicatos, diga-se na rua, com manifestações e greves. E na Assembleia a discussão lançaria o governo nos braços do PSD.

Não está fácil, é o inicio do período na legislatura que Costa tem que mostrar que sabe governar com problemas sérios. E a economia no exterior e cá dentro está a arrefecer mas o calor do verão está a chegar  O primeiro ministro no ano passado foi para férias e este ano já fez saber que vai fazer um périplo pelos países de língua portuguesa.

Quer dizer que, como é seu timbre, estará longe quando o país e a Educação estiverem a arder.

 

 

 

Não está no acordo de governo avançam os sindicatos

Esgotadas as medidas que constam no acordo de apoio parlamentar é a vez dos sindicatos avançarem. Costa está a apreciar o seu próprio veneno.

O governo reafirma que chegou ao limite da margem de negociação e que o exigido pelos sindicatos ( no caso dos professores) é incomportável financeiramente. Mas os sindicatos avançam para greve. 

Contrariando um dos principais argumentos dos sindicatos, que consideram que o Governo se comprometeu a recuperar "todo" o tempo de serviço, o Executivo sustenta que está a dar cumprimento ao entendimento assinado na madrugada de Novembro.

"Esta proposta vai ao encontro do compromisso assinado em Novembro, que pressupunha ser objecto de acordo comum em todas as suas dimensões, de conciliar a contagem do tempo de progressão entre 2011 e 2017 com a sustentabilidade orçamental que é, também, um dos pressupostos da Lei do Orçamento do Estado aprovada na Assembleia da República."

Mas como os sindicatos afectos ao PCP não assinaram os acordos nem aprovaram o orçamento avançam para a segunda fase da estratégia definida pelos órgãos partidários.

Prosseguir a luta na rua para vergar o PS .

 

Um país à parte em greve

O governo e a função pública em circuito fechado o resto do país trabalha e não precisa do governo para nada. O programa de festas :

O Negócios fez um ponto de situação sobre as negociações entre governo e professores, médicos, enfermeiros, justiça e polícias.

Apesar das reversões de salários e pensões, ou por isso mesmo, é agora a fase das reivindicações sindicais. Generosos, os sindicatos admitem um escalonamento mas, é claro, o que reivindicam é despesa permanente, paga-se com mais impostos já que a economia cresce poucochinho e vai definhar nos próximos dois anos.

 

O contribuinte privado paga .

 

 

A ponte não faz greves

Rui Mendes Ferreira

15 h ·
 

Pensamento do dia:

A ponte não faz greves, não reclama, não é cliente do regime.

Segundo a revista Visão, há já 6 meses que foi entregue ao governo, um relatório do LNEC, a alertar para a perigosa situação em que se encontra a ponte 25 de Abril, onde até mencionam o risco iminente de colapso da estrutura.

E há 6 meses que o ministro da respectiva tutela, Pedro Marques, informou o ministro das finanças, da extrema necessidade de autorização e alocação das verbas necessárias para poder executar as reparações necessárias.

Também há já seis meses, que o ministro das Finanças, Mário Centeno, tem retido a autorização e as verbas e mantido o mais absoluto silêncio sobre esta matéria.

E há 6 meses, que o ministro Pedro Marques, tem andado a engolir em seco, a recusa do ministro das Finanças, e também ele se tem remetido ao mais absoluto silêncio sobre a situação em que se encontra a ponte 25 de Abril, e sobre a recusa do ministro das finança em autorizar a sua reparação..

E há 6 meses que da parte de todo o governo, e respectivos serviços públicos, que detêm as várias responsabilidades nesta matéria. Nunca se ouviu uma única palavra. Todos no mais absoluto, e abjecto silêncio.

Foi preciso a revista Visão colocar este assunto na capa da sua última publicação, e terem previamente informado o ministro de que o iriam fazer, para que em menos de 24 horas, o governo desse andamento, a algo que durante 6 meses manteve na prateleira e escondido das centenas de milhares de utentes que atravessam semanalmente aquela ponte

Por outras palavras, os actuais governantes, só se mexeram, porque alguém atacou o único ponto onde lhes dói: o risco da sua popularidade.

Já quanto ao risco dos utilizadores da ponte, claramente ficou demonstrado, que ao longo de 6 meses, nunca foi uma preocupação nem uma prioridade do governo.

Mas desenganem-se se pensam que este é um caso isolado. Não é, nem pode ser de forma nenhuma, face à opção política escolhida pelo actual governo.

Cortar nas despesas da manutenção e investimento das estruturas públicas, para poder conseguir dessa forma, as verbas necessárias, para satisfazer a voracidade das suas clientelas da máquina estatal, a prazo, o resultado só pode ser este.

E face à continua adopção desta via de governação, isto é só um começo. Muitas mais pontes, muitos mais edifícios e estruturas e serviços públicos, irão começar a apresentar sintomas de colapso, e irão ser mantidas nas gavetas, até onde lhes for possível: até mais algum jornalista denunciar, ou até acontecer alguma tragédia. Com a actual política, não poderá haver outra via.

Não há milagres. a manta é curta e por isso tem que ser gerida com equilíbrio. E cortar quase a zeros, nos gastos de manutenção, para poder manter as clientelas do eleitorado que sustenta o actual governo, não é uma gestão equilibrada , e como tal, não pode nunca gerar nada de bom a não ser cada vez mais casos como o da ponte 25 de Abril, pois tudo indica que não aprendemos nada com entre os Rios. Tal como não aprendemos nada, com anos a fio de repetidas tragédias com os incêndios.

Mas as pontes, não reclamam, não votam, não fazem greves, não fazem parte da clientela do governo. e os utentes, das pontes, só irão reclamar quando elas caem, e mesmo assim, só os familiares dos que lá morrerem é que tendem a não esquecer, nos dias das eleições.

E se na ponte de Entre os Rios, ainda tivemos um ministro que se demitiu, assumindo as responsabilidades políticas, mas nunca a cíveis nem criminais, já com o actual governo, será uma perda de tempo ficarem à espera de verem alguns dos seus membros a apresentarem voluntariamente a demissão ou a assumirem quaisquer responsabilidades.

O mais provável, e virem dizer que a culpa foi do Passos Coelho, e até mesmo do Salazar, esse grande fascista, que não tinha nada que ter mandado construir a ponte.

O que vale é que, agora, se alguma ponte ou edifício cair, temos algo que antes não tínhamos: um presidente que prontamente lá estará a distribuir uns afectos e uns abraços.

Mas como é assim que o povo quer, é assim que o povo tem. Democracia é isto.

Havia uma alternativa : as greves contra gente pobre e doente

O governo abriu a caixa de Pandora e agora não consegue segurar os espíritos que de lá saem. Fez crer que nadava em dinheiro, que o país está melhor, que tem folga orçamental. Andou a distribuir dinheiro que não tem pelas clientelas políticas do PCP e do BE e agora tem à perna os sindicatos dos professores (A UGT e a CGTP algo que só se viu no tempo de Maria de Lurdes Rodrigues ) bem como os sindicatos dos médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico .

Num país pobre, com dificuldades, contra gente pobre e doente como diz o ministro da Saúde.

E vão morrendo pessoas idosas e isoladas no interior ( por falta de meios do Estado) e utentes de um hospital central em Lisboa (por falta de meios do Estado - faltam mil milhões de euros no SNS)

Adalberto Campos Fernandes criticou o decretar de greves por tempo indeterminado no setor da saúde “e quando se entende que a greve é algo que se pode usar à custa daqueles que mais precisam apenas e só porque o nosso interesse pessoal tem de falar mais alto que o preço de país pobre e de gente pobre e de gente doente”.

O ministro deu o retrato fiel de uma "solução conjunta" que apenas se interessa em beneficiar quem lhes dá o voto e que trilha um caminho de empobrecimento. Apesar das condições externas positivas em que nos encontramos apenas oito países entre 28 estão atrás de nós e em 2018 só teremos cinco países atrás de nós . Enquanto o governo distribui dinheiro por quem tem emprego seguro o país continua a divergir em relação à média da Europa.

Havia uma alternativa : a da desigualdade às mãos dos comunistas, a da mediocridade económica e a das greves contra gente pobre, velha e doente .

Votar de braço no ar como no PREC

Sem voto secreto dá nisto . 75% votam a favor mas depois só aderem 41% . Temos o PREC e as suas boas práticas de volta.

Esta diferença é a dimensão do medo . Uma votação controlada pelos sindicatos populistas e que cumprem uma missão política e uma participação individual segundo o querer livre de cada um.

Os sindicalistas exultaram com a marcação da reunião para 7 de Setembro julgando que participariam nas negociações. Nada mais errado . A empresa já fez saber que não larga mão do trabalho ao sábado e que só negoceia com a Comissão de Trabalhadores .

Os sindicatos pressionam para que as negociações sejam marcadas para já, assim tentando marcar a agenda mas a administração só o fará depois de 3 de Outubro já com nova Comissão de Trabalhadores eleita.

Este bloqueio no setor automóvel “vem colocar na ordem do dia a necessidade de rever a lei da greve quanto às condições que devem legitimar a sua convocação e quanto à necessidade das decisões serem tomadas por voto secreto”.

Entretanto, o governo tão lesto a atacar a ALTICE/PT desapareceu em combate. Faço ideia do que se passará entre governo e a administração da empresa e entre o PS, BE e PCP no plano orçamental.

António Costa perdeu o pio não pode nem deve desagradar à mais importante empresa do país mas também não pode desagradar aos seus parceiros na geringonça.

A geringonça foi desenhada para corresponder a uma situação de curto prazo, sem uma estratégia de médio e longo prazo. O PS quer cumprir os ditames da União Europeia, PCP e BE querem exactamente o contrário . E, com a economia a crescer em todo o espaço europeu, não há como não cumprir o Tratado Orçamental inimigo de estimação dos dois partidos da extrema esquerda.

Para além de tudo isso, há uma guerra particular entre PCP e BE com vista ao controlo dos operários que nos últimos 20 anos tem sido reserva do BE e que permitiu paz laboral, elevada produtividade e uma significativa importância na economia nacional.

Mas para o PCP/CGTP nada disso é importante